Trabalho-Educação no Estado-finanças
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25609Palavras-chave:
Estado-finanças; Capital portador de juros; Trabalho-educação.Resumo
O artigo tem como objetivo refletir algumas proposições da dinâmica do Estado-finanças com base na premissa indissociável do sistema capitalista: “Trabalho-Educação”. Fundamenta-se, para tanto, no pressuposto de que o Estado-finaças faz parte do desenvolvimento histórico e social do modo de produzir capitalista, sendo produto das relações humanas sobre a natureza. Assim, as contradições do sistema financeiro evidenciam disfunções no processo socioeconômico e, como consequência, os efeitos do avanço tecnológico e o retrocesso das circuntâncias laborais na finança globalizada são mistificados e a Teoria do Capital Humano para a educação se torna o subsídio da configuração do modus operandi do capital portador de juros por meio de orientações e diretrizes dos organismos internacionais que assentem para uma concepção empreendedora a partir de soluções privadas, no âmbito da gestão e dos processos educativos. É por isso que a formação educativa com base em competências socioecmocionais se alinha a “nova” investida dos empreendedores educacionais, haja vista que essa é capaz de resignar os indivíduos para as condições do trabalho assalariado cada vez mais flexível e precarizado.
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