Abordagem geral frente ao processo de transexualização: uma revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25707Palavras-chave:
Transexualização; Sexualidade; IST’s; Preconceito; Hormonioterapia.Resumo
Introdução: O processo de transexualização é definido como: transformar-se para ser aceita/o socialmente e evitar o sofrimento gerado por um corpo que não se habita. De acordo com o filósofo alemão Hans Jonas, a vida é uma unidade formada por corpo e alma, permitindo a liberdade de escolha. Com isso, não há como promover o conceito de saúde sem um pleno estado de bem-estar físico, mental e social. Objetivo: analisar o processo de transexualização envolvendo os aspectos biopsicossociais. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com artigos selecionados nas bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), EbscoHost, Google Scholar, Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) Resultados: De acordo com a revisão realizada, constatou-se que os aspectos mais relevantes para a discussão do processo de transexualização são as práticas cirúrgicas de redesignação sexual, além das alterações corporais advindas através da hormonioterapia e importância de entender o indivíduo em seu aspecto biopsicossocial, verificando as dificuldades enfrentadas durante esse período transicional. Ademais, é importante salientar que a hormonioterapia pode acarretar alguns riscos, sendo o mais prevalente o aumento dos índices de tromboembolismo venoso. Conclusão: De acordo com a revisão realizada, o processo de transexualização é algo que deve ser desmitificado pela sociedade hodierna, com isso, intervenções são necessárias para que exista vivência plena do processo transexualizador. Além disso, é de suma importância medidas socioeducativas que tratem a sexualidade das pessoas trans, auxiliando na prevenção das IST’s.
Referências
Carmo, G. M., et al. (2020). Análise do risco de trombose em transexuais devido a terapia hormonal. Brazilian Journal of Development, 6 (9), 71580-71592.
Costa, C. M. A., et al. (2015). Capacidades Básicas das Mulheres Transexuais: Estratégia de Avaliação da Efetividade do Processo Transexualizador no Brasil//Basic Capabilities for Transsexual Women: Strategies for the Evaluation of the Brazilian" Processo Transexualizador". DIVERSITATES International Journal, 7(1), 1-9.
Costa, T. L. A. C., et al. (2021). Influência da hormonioterapia na incidência de câncer em transexuais. Brazilian Journal of Development, 7 (6), 56017-56039.
Gianna, M. C., et al. (2018). Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais. Boletim do Instituto de Saúde, 19 (2), 98-104.
Kulkamp, A. D. S. (2019). Subsídios para a promoção do acesso à hormonioterapia no município de Florianópolis/SC: um enfoque para homens trans. Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Santa Catarina, 1-78.
Leite, A. F. S. (2018). Hormônios e magia: atravessamentos entre a hormonioterapia e as experiências de vida de mulheres trans. Anais da Conferência Internacional Estudos Queer da Universidade Federal de Sergipe, 1-9.
Lima Filho, J. P. D. (2018). Processo transexualizador: a história de vida de pessoas transexuais no SUS. Dissertação de bacharelado: Universidade Federal do Pernambuco, 1-57.
Lionço, T. (2009). Atenção integral à saúde e diversidade sexual no Processo Transexualizador do SUS: avanços, impasses, desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19, 43-63.
Mattos, M. H., et al. (2020). Prevenção em IST/HIV nos itinerários terapêuticos de homens trans. In II Congresso de Saúde Coletiva da UFPR.
Nogueira, J. R. (2020). Histórias do processo transexualizador: o lugar da família e a construção dos novos corpos. Phys. Rev., 47 (7), 777-780.
Reis, P. R., et al. (2019). Reflexões sobre o corpo transexualizado na assistência em saúde na perspectiva da biologia filosófica de Hans Jonas. Anais da IX Jornada Internacional de Políticas Públicas da UFMA.
Rocon, P. C., et al. (2017). (Trans) formações corporais: reflexões sobre saúde e beleza. Saúde e Sociedade, 26, 521-532.
Silva, A. L. D. (2013). Processo de transexualização: uma análise inter e intrageracional de histórias de vida. Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Alfenas, 1-67.
Souza, L. H. D. S., & Bernardes, A. G. (2020). Processo transexualizador do SUS e psicologia: modos de governar populações e suas negociações. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 72(1), 105-124.
Vargas, J. C. M. (2017). Transmulheres e sua relação com a família: desafios durante o processo de transexualização. Dissertação de Mestrado: Universidade do Planalto Catarinense, 1-98.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ana Paula Ferreira Araújo; Aline Paiva Costa; Bárbara Queiroz de Figueiredo; Francisca Rafaela Pereira de Anorin Castro Rosa; Isadora de Olivera Gonçalves; Júlia de Oliveira Alves; Maria Jacilene de Araújo Gomes; Murilo Henrique da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
