Avaliação do risco de óbito intra-hospitalar em cirurgia de revascularização miocárdia isolada através do ERPO
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25828Palavras-chave:
Doença cardiovascular; Cirurgia de revascularização do miocárdio; Escore de risco pré-operatório.Resumo
A doença cardiovascular é a principal causa de morte no Brasil. O risco de óbito intra-hospitalar após cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) pode ser avaliado pela identificação de fatores pré-operatórios e quantificado por meio de escores. Esta investigação analisou a mortalidade na fase hospitalar após CRM isolada, para desenvolver um escore de risco pré-operatório (PRS) para óbito intra-hospitalar pós-operatório. Este estudo observacional, retrospectivo, unicêntrico examinou comorbidades e exames complementares de 9.826 pacientes submetidos à CRM isolada entre 1º de janeiro de 1999 e 31 de dezembro de 2017 e foram analisados para identificar sua correlação com óbito intra-hospitalar pós-operatório. Um total de 9.826 pacientes foi dividido em grupo de construção (7.860; 80%) e grupo de validação (1.966; 20%). A média de idade dos pacientes foi de 62,43 anos sendo a maioria homens (70,2%). Quinze fatores independentemente relacionados foram identificados para a mortalidade hospitalar. O modelo logístico final foi calculado no grupo de construção com uma estatística C de 0,745 (intervalo de confiança de 95% [IC], 0,720–0,770). No grupo de validação, o escore foi testado obtendo-se uma área sob a curva operacional do receptor de 0,716 (95% [IC], 0,666–0,767). A morte ocorreu em 489 pacientes (5%). O risco de óbito variou de 1,2% nos considerados de baixo risco (PRS <85) a 16,3% nos considerados de altíssimo risco (PRS >211). O escore PRS discriminou satisfatoriamente os pacientes que apresentaram risco baixo, intermediário, alto e muito alto de óbito no pós-operatório, podendo servir como ferramenta auxiliar no pré-operatório para as equipes cirúrgicas.
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