Atividade antimicrobiana de extratos vegetais de especiarias do norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26047Palavras-chave:
Extratos vegetais; Alternativa terapêutica; Antimicrobianos.Resumo
A utilização das plantas para fins medicinais é uma prática milenar, nas últimas décadas o uso destas cresceu devido a composição química das espécies vegetais. No Brasil é possível encontrar uma grande diversidade de espécies, em que à sua maioria se encontram na floresta amazônica, uma das maiores fontes de matéria prima, com plantas medicinais com propriedades fitoterápicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar extratos vegetais de especiarias da região norte frente as bactérias de Staphylococcus aureus (ATCC 33591) e Escherichia coli (ATCC 25922), avaliando a atividade antimicrobiana, identificando a sua composição química e rendimento dos extratos obtidos a partir da matéria vegetal. As amostras utilizadas foram de chicória (Eryngium foetidum L.), coentro (Coriandrum sativum L.) e jambú (Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen), adquiridos no mercado municipal de Santarém, no estado do Pará. Os extratos foram obtidos através do método de extração sólido-líquido, realizando-se a identificação fitoquímica por meio de testes com reagentes específicos. Na pesquisa de antimicrobianos, utilizou-se a difusão em disco. O rendimento dos extratos variaram de acordo com o reagente utilizado. O extrato de chicória apresentou rendimento de 0.76%, 46.29%, 55.02% e 9.5%, o coentro 60.5 %, 48.97%, 3.73% e 18.54% e o jambú 2.56%, 16.66%, 5.08% e 6.92% para os solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e etanol, respetivamente. O ensaio antimicrobiano frente as cepas S. aureus, obtiveram halos de inibição de 10 a 11 mm para chicória, 7 a 10 mm para coentro e 8 a 14 mm para jambú. A bactéria E.coli não foi sensível aos extratos testados. Conclui-se que os extratos dos vegetais testados foram eficazes frente ao Staphylococcus aureus, tornando uma alternativa terapêutica para infecções provocadas por esta bactéria.
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