Desafios e benefícios do uso da aprendizagem baseada em problemas na educação a distância: uma revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26275Palavras-chave:
Aprendizagem Baseada em Problemas; Educação a Distância; Ensino; Metodologia de Ensino.Resumo
As alterações proporcionadas pelo avanço tecnológico levaram à necessidade de desenvolvimento de novas formas de transmissão de informações e ensino, com o grande destaque para a Educação à Distância (EaD). A isso se somam inovadoras metodologias de ensino que buscam romper o padrão tradicional de educação que tem papéis fixos de professor e aluno, tais como a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), recurso que propõe uma nova forma de ensinar através da solução de quesitos práticos pelos alunos. Dessa forma, o presente artigo objetivou responder à seguinte pergunta norteadora: “como a Aprendizagem Baseada em Problemas vêm sendo aplicada no âmbito da educação a distância e quais são os benefícios e desafios de seu uso?”. Para isso, foi efetuada revisão integrativa de literatura acadêmica relacionada as experiências com a ABP em diferentes áreas e graus de escolaridade. Ao final, foi possível identificar que o uso desta ferramenta metodológica de ensino na EaD gerou benefícios e manifestos no contexto de sua aplicabilidade, tais como: melhor gestão de tempo; desempenho do discente; aulas mais dinâmicas; aumento da participação e atenção dos alunos; análise mais críticas em solucionar e apresentar hipóteses para as atividades propostas; melhor compreensão do conteúdo; maior flexibilidade no eixo colaborativo de ensino. Por outro lado, também se reconheceram dificuldades, a exemplo de: limitações de recursos; carência de domínio técnico, habilidades e manuseio de ferramentas tecnológicas por parte dos participantes e resistência do uso da metodologia.
Referências
Ercole, F. F., Melo, L. S. D., & Alcoforado, C. L. G. C. (2014). Revisão integrativa versus revisão sistemática. Revista Mineira de Enfermagem, 18(1), 9-12.
de Almeida, V. O., Silva, H. T. H., & Bonamigo, A. W. (2018). Aprendizagem Baseada em Problemas na Educação a Distância e as Influências para Educação em Saúde: Uma Revisão Integrativa. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, 17(1).
de Almeida, C. R. S., Camargo, M. N., & Camargo, L. B. (2016). Educação popular e aprendizagem baseada em problemas na ead: uma aplicação no curso de ciências sociais EaD/UNIMONTES. Revista Multitexto, 4(2), 20-26.
de Souza, P. R., & de Andrade, M. D. C. F. (2016). Modelos de rotação do ensino híbrido: estações de trabalho e sala de aula invertida. Revista E-Tech: Tecnologias para Competitividade Industrial-ISSN-1983-1838, 9(1), 03-16.
Borochovicius, E., & Tortella, J. (2014). Aprendizagem Baseada em Problemas: um metodo de ensino-aprendizagem e suas práticas educativas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 22(83), 263-294. Recuperado de https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/ensaio/article/view/287
Botelho, L. L. R., de Almeida Cunha, C. C., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, 5(11), 121-136.
Bozic, N., & Williams, H. (2011). Online problem-based and enquiry-based learning in the training of educational psychologists. Educational Psychology in Practice, 27(4), 353-364.
Chigona, A. (2018). Digital fluency: necessary competence for teaching and learning in connected classrooms. The African Journal of Information Systems, 10(4), 7.
Diehl, L. A., Gomes, C. P., Sary, G. D. V., Rocha, H. C. G. D., Camargo, L. M. A., & Gordan, P. A. (2012). Educação à distância em nefrologia na Amazônia: processos e resultados. Revista Brasileira de Educação Médica, 36, 550-556.
Gentili, P. (1996). Neoliberalismo e educação: manual do usuário. Escola SA: quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília: CNTE, 9-49.
Gil, A. C. (2009). Didática do ensino superior. Atlas.
Hargreaves, A. (2003). O Ensino na Sociedade do Conhecimento: a educação na era da insegurança. Porto: Porto Editora.
de Jong, N., Verstegen, D. M. L., Tan, F. E. S., & O’connor, S. J. (2013). A comparison of classroom and online asynchronous problem-based learning for students undertaking statistics training as part of a Public Health Masters degree. Advances in Health Sciences Education, 18(2), 245-264.
Meirieu, P. (1999). Aprender... sim, mas como?. Artmed.
Mezzari, A. (2011). O uso da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) como reforço ao ensino presencial utilizando o ambiente de aprendizagem Moodle. Revista brasileira de educação médica, 35, 114-121.
MOORE, M. K., & a Distância, G. E. (2007). uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning.
Morán, J. (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção mídias contemporâneas. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, 2(1), 15-33.
Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Penso Editora.
Mugnol, M. (2009). A educação a distância no Brasil: conceitos e fundamentos. Revista Diálogo Educacional, 9(27), 335-349.
OLIVEIRA, E. D. S. (2010). Ação docente na educação a distância: competências do professor invisível. Tecnologia educacional, 39(190), 15-26.
Oliveira, M. D. D. R. D. (2013). Aprendizagem baseada em problemas/projetos em ambiente online na perspectiva de educadores e educandos da Ciência dos Alimentos.
Paiva, M. R. F., Parente, J. R. F., Brandão, I. R., & Queiroz, A. H. B. (2016). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE-Revista de Políticas Públicas, 15(2).
Portela, N. M., Costa, J. M. B. D. S., & Magalhães, G. S. D. G. (2020). A experiência com o uso do e-learning na aprendizagem baseada em problemas de um curso de medicina.
Ribeiro, L. R. D. C. (2005). A aprendizagem baseada em problemas (PBL): uma implementação na educação em engenharia na voz dos atores.
Richardt, C. D. C. L. T. (2021). Aprendizagem baseada em problemas (ABP): proposta de aplicação prática para o ensino de português na educação a distância.
Santos, C. P., Costa, C. M., Bezerra, I. S. Q., da Silva Assunção, L. R., Westphalen, F. H., & Fernandes, Â. (2016). Estratégias criativas no processo ensino-aprendizagem da Radiologia Odontológica. Revista da ABENO, 16(4), 40-50.
Seufert, S., & Meier, C. (2016). From eLearning to digital transformation: A framework and implications for L&D. International Journal of Corporate Learning (iJAC), 9(2), 27-33.
Souza, M. T. D., Silva, M. D. D., & Carvalho, R. D. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), 8, 102-106.
Takata, Y., Stein, G. H., Endo, K., Arai, A., Kohsaka, S., Kitano, Y., ... & Terasawa, H. (2013). Content analysis of medical students’ seminars: a unique method of analyzing clinical thinking. BMC medical education, 13(1), 1-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juan Magalhães Paiva; Sannya Fernanda Nunes Rodrigues; João Batista Bottentuit Junior; Daniel Formiga; Karla Cristina dos Santos Ferreira Ataide Lima; Carlos Guilherme Moraes Cerqueira; Karla Patrícia Bernardes Ferreira Lima; Juliane Silva Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.