Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde em aldeias indígenas maranhenses
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26352Palavras-chave:
Resíduos de serviço de saúde; Gerenciamento; Aldeias indígenas.Resumo
O estudo teve como objetivo avaliar o gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) em Terras Indígenas no Maranhão. A metodologia do estudo consistiu em acompanhar “in loco”, no período de janeiro a dezembro de 2018, o atendimento à saúde indígena e os procedimentos do gerenciamento dos RSS gerados nas aldeias maranhenses. Inicialmente, foi realizada uma segregação e classificação desses resíduos de acordo com a RDC nº 222/2018 da ANVISA. Em seguida quantificaram-se os RSS, por classe, e identificou-se o tratamento, destinação e disposição final que são dados aos mesmos. Os resultados apontaram que, grande parte dos RSS gerados se se enquadram no Grupo A, com um quantitativo total de 1.314 kg. Quanto ao tratamento os resíduos classificados nos grupos A1, B e E, todos são encaminhados para incineração. Ressalta-se que, a destinação e a disposição final estão corretas quando existe Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) implantadas nas aldeias. Entretanto, os RSS gerados nas aldeias que não possuem essas unidades, apresentam a etapa de segregação limitada e problemática, o que implica em um tratamento e disposição ambientalmente comprometida. A elaboração e implantação de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) distintos, para as unidades e aldeias, e um programa de educação permanente especializado para as equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSIs) parece ser uma alternativa viável para melhorar o processo de gestão de RSS nessas aldeias que não possuem UBSI, mas que recebem atendimento de saúde em suas ocas.
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