Diversidade e Formação Humana Integral: uma relação convergente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26442

Palavras-chave:

Diversidade; Formação Humana Integral; Identidade; Diferença.

Resumo

O propósito central deste artigo é investigar quais os aspectos gerais estão relacionados à educação na (e para) a diversidade e como essas questões se relacionam e convergem com as postulações de uma Formação Humana Integral, tendo como contexto a Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Ao demonstrarmos essas convergências propomo-nos a responder a seguinte indagação: Seria, de fato, o estudo da diversidade uma questão preponderante para o processo de formação humana em sua integralidade? Para tanto, foi realizada uma análise bibliográfica acerca da temática, com enfoque nos conceitos e contextualizações da diversidade, identidade e diferença, destacando como essas concepções estão permeadas pelas relações de poder existentes na sociedade e influem em suas construções sociais. Como direcionamento argumentativo, o artigo destaca alguns aspectos relacionados às diversidades de gênero, étnico-racial e sexual. Ao final da pesquisa foi possível reconhecer a real convergência entre o estudo histórico crítico da diversidade com as concepções da Formação Humana Integral, uma vez que a diversidade se encontra no escopo das relações sociais onde a vida é produzida, sendo que é justamente a análise crítica da totalidade das relações sociais um dos compromissos da Formação Humana Integral. Ademais, ao oferecer um estudo aprofundado das questões inerentes à diversidade, é possível compreender a gênese histórica de fenômenos como o racismo, o machismo e a homofobia e vislumbrar alternativas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Referências

Abramowicz, A., Rodrigues, T. C., & Cruz, A. C. J. d. (2011). A diferença e a diversidade na educação. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, (2), 85-97. https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/38/20

Butler, J. (2021). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (21a ed.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Ciavatta, M. (2005). A formação integrada: A escola e o trabalho como lugares de memória e identidade. Revista Trabalho Necessário, (3). https://doi.org/10.22409/tn.3i3.p6122

Cunha, L. L. N. (2020). A antipolítica de gênero Bolsonaro e suas dinâmicas de violência. Revista de Estudios Brasileños (v. 7, n. 14, p. 49-61). https://doi.org/10.14201/reb20207144961

Creswell, J. W. (2010). Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (3a ed). Porto Alegre: Artmed.

Durkheim, E. 2016). Educação e Sociologia (1a ed.). São Paulo: EDIPRO.

Facchini, R. (2010). Movimento homossexual no Brasil: recompondo um histórico. Cadernos AEL (v. 10, n. 18/19). https://www.al.sp.gov.br/repositorio/bibliotecaDigital/20788_arquivo.pdf

Facchini, R., Carmo, I. N., & Lima, S. P. (2020). Movimentos feminista, negro e LGBTI no brasil: sujeitos, teias e enquadramentos. Educ. Soc. (v. 41). https://doi.org/10.1590/ES.230408

Feres Júnior, J., Campos, L.A., Daflon, V.T., & Venturini, A.C. O conceito de ação afirmativa. In: Ação afirmativa: conceito, história e debates [online]. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2018, pp. 13-25. Sociedade e política collection. ISBN: 978-65-990364-7-7. https://doi.org/10.7476/9786599036477.0003.

Foucault, M. (2008). Segurança, território, população: Curso dado no Collége de France (2a ed.).

Foucault, M. (2019). História da Sexualidade 1 (9a ed.). São Paulo: Paz e Terra.

Gomes, N. L. (2008). A questão racial na escola: desafios colocados pela implementação da Lei 10.639/03. In: V. M. Candau, & A. F. Moreira (Orgs). Multiculturalismo: Diferenças Culturais e Práticas Pedagógicas (2a ed). Petrópolis: Vozes.

Hall, S. (2003). A questão multicultural. In: L. Sovik (Org). Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Hall, S. (2003). Significação, Representação, Ideologia: Althusser e os debates pós-estruturalistas. In: L. Sovik (Org). Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. IBGE: Estudos e Pesquisas – Informação Demográfica e Socioeconômica (n. 41). Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf

Louro, G. L. (2014). Gênero, sexualidade e educação (16a ed.). Petrópolis: Vozes.

Melo, R. S. (2017). Dominação de gênero e esfera pública na teoria crítica feminista. Revista Ideação (v. 1, n. 36, pp. 166-182). https://doi.org/10.13102/ideac.v1i36.3153

Miguel, L. F. (2021). O mito da “ideologia de gênero” no discurso da extrema direita brasileira. Cadernos Pagu [online] (n. 62). https://doi.org/10.1590/18094449202100620016

Moreira, A. F.B., & Câmara, M. J. (2003). Reflexões sobre currículo e identidade: implicações para a prática pedagógica. In: L. Sovik (Org). Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Moura, D. H. (2013). Ensino médio integrado: subsunção aos interesses do capital ou travessia para a formação humana integral? Educação e Pesquisa, (v. 39, n. 3, pp. 705-720). https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/62525/65322

Piovesan, F. (2008). Ações afirmativas no Brasil: desafios e perspectivas. Rev. Estud. Fem (v. 16, n. 3, pp. 887-896). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000300010

Palla, A. (2019, outubro). Transfeminismo e construção revolucionária. Margem Esquerda, (33), 38-44.

Prado, M. A., Nogueira, P. H. Q., & Martins, D. A. (2013). Escola e política do armário na produção e reprodução das hierarquias sexuais no Brasil. In: A. Rodrigues & M. A. S. C. Barreto. Currículos, gêneros e sexualidades: experiências misturadas e compartilhadas. Vitória, ES: Edufes.

Ramos, M. (2008, maio). Concepção de ensino médio integrado. O Desafio de Construção do Ensino Médio Integrado no Estado do Pará, Pará, Belém, Brasil. Recuperado de http://forumeja.org.br/go/sites/forumeja.org.br.go/files/concepcao_do_ensino_medio_integrado5.pdf)

Reis, T. (2015). Homofobia no ambiente educacional: o silêncio está gritando (1st ed.). Curitiba: Appris.

Rodrigues, T., & Abramowicz, A. (2013). O debate contemporâneo sobre a diversidade e a diferença nas políticas e pesquisas em educação. Educ. Pesq, 3(1), (pp. 15-30). https://doi.org/doi.org/10.1590/S1517-97022013000100002

Santos, B. de S. (2013). Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. In: B. de S. Santos & M. Chauí (Orgs). Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez.

Scott, P., Lewis, L., & Quadros, M. (2009). Diversidade, diferença, desigualdade e educação. In: P. Scott, L. Lewis & M. T. Quadros (Orgs.). Gênero, diversidade e desigualdades na educação: interpretações e reflexões para a formação docente. Recuperado de https://www.ufpe.br/documents/1016303/1020379/gnero+diversidade+e+desigualdade+na+educa_o.pdf

Silvério, V. R. (2005). A (re)configuração do nacional e a questão da diversidade. In. A. Abramowicz & V. Silvério (Orgs.). Afirmando diferenças: Montando o quebra-cabeça da diversidade na escola. Campinas: Papirus.

Sousa, J. M. (2015). A questão racial e a desigualdade: A discussão do racismo enquanto escolha pedagógica. In: A. A. Pereira & W. Costa (Orgs.). Educação e diversidade em diferentes contextos (1a ed). Rio de Janeiro: Pallas.

Woodward, K. (2014). Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: T. T. da Silva (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais (15a ed). Petrópolis, RS: Vozes.

Downloads

Publicado

13/02/2022

Como Citar

SILVA, L. B. da; SOUSA, A. de A. Diversidade e Formação Humana Integral: uma relação convergente. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e7111326442, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26442. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26442. Acesso em: 14 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais