A trajetória de pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista na busca do diagnóstico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26451

Palavras-chave:

Diagnóstico; Transtorno do Espectro Autista; Crianças; Trajetória familiar.

Resumo

Frente ao aumento nos diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista em crianças e adolescentes, a nível mundial, faz-se necessário um estudo, a fim, de entender de que forma tais diagnósticos são realizados. Desta forma, o presente estudo objetivou investigar a idade na realização do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em pacientes de uma clínica privada, de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, bem como, quais foram os profissionais envolvidos nesse processo. Participaram 9 país, sendo 7 mães e 2 pais, com idades entre 29 e 62 anos, todos possuíam união estável, somente um dos entrevistados não possuía ensino médio completo. Trata-se de um estudo qualitativo, com delineamento de estudos de casos múltiplos. Os resultados foram organizados em categorias referentes a idade das crianças no momento do diagnóstico. Importante destacar que a maioria dos pais entrevistados observaram comportamentos atípicos em seus filhos antes dos 3 anos de idade, sendo o comprometimento e o atraso no desenvolvimento da comunicação e da linguagem o sintoma mais precocemente observado pelos mesmos, seguido pelos comprometimentos no comportamento social.

Referências

Al-Qabandi, M., Gorter, J. W. & Rosenbaum, P. (2011). Early autism detection: are we ready for routine screening? Pediatrics. 128(1):e211–217. https://doi.org/10.1542/peds.2010-1881

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais.

Backes, B., Zanon, R. B. & Bosa, C. A. (2017). Características Sintomatológicas de Crianças com Autismo e Regressão da Linguagem Oral. Psicologia: Teoria e Pesquisa [online], 33:1–10. https://doi.org/10.1590/0102.3772e3343.

Baghdadli, A., Pascal, C., Grisi, S. & Aussilloux, C. (2003) Risk factors for self-injurious behaviours among 222 young children with autistic disorders. Journal of Intellectual Disability Research, 47(8):622–627. https://doi.org/10.1046/j.1365-2788.2003.00507.x

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70

Bradford, K. (2010). Supporting Families Dealing With Autism And Asperger’s Disorders. Journal of Family Psy chotherapy, 21(2):149–156. https://doi.org/10.1080/08975353.2010.483660

Braga, M., Rita & Ávila, L. A. (2004). Detecção dos transtornos invasivos na criança: perspectiva das mães. Revista Latino-Americana de Enfermagem [online], 12(6):884–889. https://doi.org/10.1590/S0104-11692004000600006

Chamak, B. & Bonniau, B. (2013). Changes in the diagnosis of autism: How parents and professionals act and react in France. Culture, Medicine, and Psychiatry 1–22. https://doi.org/10.1007/s11013-013-9323-1

Daniels, A. M. & Mandell, D. S. (2014). Explicando as diferenças de idade no diagnóstico do transtorno do espectro do autismo: uma revisão crítica. Autismo: o jornal internacional de pesquisa e prática, 18(5):583–597. https://doi.org/10.1177/1362361313480277

De Stefano, F. (2007). Vaccines and autism: evidence does not support a causal association. Clinical pharmacology Therapeutics, 82(6):756–759. https://doi.org/10.1038/sj.clpt.6100407

Durval, R. (2011). As esquizofrenias Segundo Eugen Bleuler e Algumas Concepções do Século XXI. Revista de Psiquiatria de Lisboa, 25(número especial).

Favero, M. A. & Santos, M. A. (2010). Itinerário Terapêutico percorrido por mães de crianças com transtorno autistico. Psicologia: reflexão e crítica, 23(2):208–221. https://doi.org/10.1590/S0102-79722010000200003

Fombonne, E. (2009). Epidemiology of pervasive developmental disorders. Pediatric Research, 65(6), 591–598. https://doi.org/10.1203/pdr.0b013e31819e7203

Fountain, C., King, M. D. & Bearman, P. S. (2011). Age of diagnosis for autism: individual and community factors across 10 birth cohorts. Journal of Epidemiology and Community Health, 65(6), 503–510. doi: 10.1136/jech.2009.104588

Gadia, C. (2006). Aprendizagem e autismo: transtornos da aprendizagem: abordagem neuropsicológica e multidisciplinar. Artmed

Gadia, C. A., Tuchman, R. & Rotta, N. T. (2004). Autismo e doenças invasivas de desenvolvimento. Jornal de Pediatria [online]. 80(2 suppl):83–94. https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000300011

Goin-Kochel, R. P., Mackintosh, V. H., & Myers, B. J. (2006). How Many Doctors Does It Take to Diagnose an Autism Spectrum Disorder? Autism, 10(5):439–51. https://doi.org/10.1177/1362361306066601

Howlin, P., Magiati, I, Charman, T. & MacLean Jr., W. E. (2009). Systematic Review of Early Intensive Behavioral Interventions for Children With Autism. American Journal on Intellectual and Developmental Disabilities, 114(1):23–41. doi: https://doi.org/10.1352/2009.114:23-41

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Perfil dos municípios Brasileiros: Censo 2010. Ibge. https://censo2010.ibge.gov.br/

Joseph, L., Soorya, L., & Thurm, A. (2016). Transtorno do espectro autista. Hogrefe

Klin, A. & Mercadante, M. T. (2006). Autismo e transtornos invasivos do desenvolvimento. Brazilian Journal of Psychiatry [online]. 28(suppl 1):s1-s2. https://doi.org/10.1590/S1516-44462006000500001

Maia Filho, A. L. M., Nogueira, L. A. N. M, Silva, K. C. D. O., & Santiago, R. F. (2016). A importância da família no cuidado da criança autista. Saúde em Foco, 3(1), 66–83. http://www4.unifsa.com.br/revista/index.php/saudeemfoco/article/view/719/1000

Noterdaeme, M. & Hutzelmeyer-Nickels, A. (2010). Early symptoms and recognition of pervasive developmental disorders in Germany. Autism,14(6):575–588. https://doi.org/10.1177%2F1362361310371951

Noterdaeme, M., & Hutzelmeyer-Nickels, A. (2010). Early symptoms and recognition of pervasive developmental disorders in Germany. Autism, 14(6), 575–588. https://doi.org/10.1177%2F1362361310371951

Passos, V. S. (2007). A construção social da expectativa de mães com crianças com paralisia cerebral grave frente a escolarização. [Dissertação de mestrado em educação, história, política e sociedade. Pontifícia Universidade Católica]. https://tede2.pucsp.br/handle/handle/10620

Paula, C. S, Ribeiro, S. H., Fombonne, E. & Mercadante, M. T. (2011). Prevalence of Pervasive Developmental Disorder in Brazil: a pilot study. Journal of autism and developmental disorders. 41(12), 1738–1742. https://doi.org/10.1007/s10803-011-1200-6

Petersen, C. S & Wainer, R. (2011). Terapias Cognitivo-Comportamentais para crianças e adolescentes. Artmed

Posar, A. & Visconti, P. (2017). Autism in 2016: the need for answers. Jornal de pediatria, 93(2), 111–119. http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2016.09.002

Reichow, B. (2011) Development, Procedures, and Application of the Evaluative Method for Determining Evidence-Based Practices in Autism. In Reichow, B., Doehring, P., Cicchetti, D., Volkmar, F. (eds). Evidence-Based Practices and Treatments for Children with Autism. Springer. https://doi.org/10.1007/978-1-4419-6975-0_2

Schmidt, C., Dell'Aglio, D. D. & Bosa, C. A. (2007). Estratégias de coping de mães de portadores de autismo: lidando com dificuldades e com a emoção. Psicologia: reflexão e crítica, 20(1):124–131. https://www.scielo.br/j/prc/a/DTtdLRxCpyZwwCbTZmVCPnb/?format=pdf&lang=pt

Silva, A. B. B., Gaiato, M. B. & Reveles. L. T. (2012). Mundo Singular: entenda o autismo. Objetiva

Silva, D. C. R, Ferreira, J. B, Miranda, V. C., & Morais, K. C. S. (2017). Percepção de mães com filhos diagnosticados com autismo. Revista Pesquisa em Fisioterapia. 7(3):377-83. doi:10.17267/2238-2704rpf.v7i3.1506

Spence, S. J. & Schneider, M. T. (2009). The Role of Epilepsy and Epileptiform EEGs in Autism Spectrum Disorders. Pediatric Research, 65(6):599–606. https://dx.doi.org/10.1203%2F01.pdr.0000352115.41382.65

Stake, R. E. Case studies. In Denzin, N. K., Lincoln, Y. S. (ed.). (2000). Handbook of qualitative research. (pp. 435–454). Sage.

Taylor, B. (2006). Vaccines and the changing epidemiology of autism. Child: care, health and development, 32(5):511–519. https://doi.org/10.1111/j.1365-2214.2006.00655.x

Teixeira, G. Manual do Autismo. (2017). BestSaller (4. ed).

Tuchman, R. & Rapin, I. (2009). Autismo: abordagem neurobiológica. Artmed

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução de Daniel Grassi. Bookman. (2. ed.)

Downloads

Publicado

22/03/2022

Como Citar

ROMANZINI, A. V.; KORTMANN, G. M. L. . A trajetória de pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista na busca do diagnóstico . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e40511426451, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.26451. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26451. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde