Interdisciplinaridade e deficiência intelectual na educação especial: uma revisão sistemática integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26687

Palavras-chave:

Interdisciplinaridade; Deficiência intelectual; Formação de professores; Educação especial; Revisão sistemática integrativa.

Resumo

O crescente número de alunos com deficiência intelectual matriculados nas escolas regulares desafia os profissionais da educação quanto à adequação do currículo escolar e da escola, para que estes estudantes tenham condições de desenvolver suas funções intelectuais e adaptativas, de acordo com suas necessidades individuais. A presente pesquisa pretendeu realizar uma Revisão Sistemática Integrativa de artigos sobre Educação Especial, com foco na Deficiência Intelectual, Interdisciplinaridade, e Formação de Professores. A associação dos dois termos, interdisciplinaridade e deficiência intelectual, são os eixos norteadores desta revisão sistemática integrativa. Este estudo analisou, em um primeiro momento, artigos do ano de 1980 a 2021, na Biblioteca Virtual do Portal de Periódicos CAPES, utilizando os seguintes descritores: Deficiência Intelectual, Interdisciplinaridade e Formação de Professores. Um total de 275 artigos foram encontrados, onde de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 16 artigos foram selecionados para leitura na íntegra. O resultado leva a concluir que o trabalho interdisciplinar, apesar de ser reconhecido por vários teóricos como uma ferramenta metodológica que poderia colaborar para uma aprendizagem significativa dos alunos da educação especial, ainda precisa ser reconhecida como elemento facilitador da aprendizagem entre os profissionais da educação. O trabalho interdisciplinar não se efetiva na prática, é necessário que os educadores se apropriem desta metodologia principalmente na educação especial.

Biografia do Autor

Débora Barbosa de Carvalho, Universidade Federal Fluminense

Mestre em Diversidade e Inclusão - UFF. Professora Orientadora Educacional.  Secretaria Estadual de Educação - SEEDUC- Rio de Janeiro - Brasil.

Referências

Anache, A. A. & Resende, D. A. R. (2016). Caracterização da avaliação da aprendizagem nas salas de recursos multifuncionais para alunos com deficiência intelectual. Revista Brasileira de Educação, 21(66), 569-591.

Batista, M. W. & Enumo, S. R. F. (2004). Inclusão Escolar e Deficiência Mental. Estudos de Psicologia, 9(1), 101-111.

Beyer, L. E. (2001). The Value of Critical Perspectives in Teacher Education. Journal of Teacher Education, 52(2), 151-163.

Beyer, H. O. (2006). Da Integração Escolar à Educação Inclusiva: implicações pedagógicas. Mediação.

Bezerra, G. F. & Araújo, D. A. C. (2011). De volta à teoria da curvatura da vara: a deficiência intelectual na escola inclusiva (Back to the stick's curvature theory: intellectual disabilities in inclusive school). Educar em Revista online, 27(2), 277-302.

Boden, D., Borrego, M., & Newswander, L. K. (2011). Student socialization in interdisciplinary doctoral education. Higler Education, 62, 741-755.

Camas, N. P. V., Lambach, M., & Souza, F. R. A. (2021). Interdisciplinaridade e Alfabetização Científica: um ensaio sobre os dois lados da mesma moeda. Ensino Em Re-Vista, 28, 1-23.

Cate, I. M. P., Markova, M., & Krischler, M. (2018). Promoting Inclusive Education: The Role of Teachers’ Competence and Attitudes. Insights into Learning Disabilities, 15(1), 49-63.

De Vroey, A., Struyf, E., & Petry, K. (2016). Secondary schools included: a literature review. International Journal of Inclusive Education, 20(2), 109-135.

Fazenda, I. C. A. (1994). Interdisciplinaridade: História, teoria e pesquisa. Campinas: Papirus.

Fazenda, I. C. A. (1998). Didática e Interdisciplinaridade. Papirus.

Fazenda, I. C. A. (2003). Interdisciplinaridade: qual o sentido? Paulus.

Fazenda, I. C. A. (2008). Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade na formação de professores. Revista do Centro de Educação e Letras, 10(1), 93-103.

Fernandes, A. M. M. (2018). Interdisciplinaridade no ensino e aprendizagem: novas perspectivas e desafios na atualidade. Id on Line: Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 12(40), 101-115.

Ferreira, M. C. C. (2007). O desenvolvimento profissional do docente e a inclusão escolar de alunos com deficiência mental. ABPEE/FAPESP.

Fonseca, V. (1995). Educação Especial. Artes Médicas.

Gadotti, M. (2004). Pensamento Pedagógico Brasileiro. Ática.

Galvão, T. F.& Pereira, M. G. (2014). Revisões sistemáticas da literatura: passos para sua elaboração. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 23(1), 183-184.

Garritty, C., Gartlehner, G., Kamel, C., King, V.J., Nussbaumer-Streit, B., Stevens, A., Hamel, C., & Affengruber, L. (2020). Cochrane Rapid Reviews, Interim Guidance from the Cochrane Rapid Reviews Methods Group, (1), 1-2.

Glat, R. & Nogueira, M. L. L. (2003). Políticas Educacionais e a Formação de Professores para a Educação Inclusiva no Brasil. Comunicações, 10(1), 134-141.

Gómez, J. A. C. & Vale, R. F. (2015). Cuando el proyecto se hace método: nuevas perspectivas para la investigación socioeducativa en red. Pedagogia Social Revista Interuniversitaria, 26, 139-172.

Goodley, D. & Runswick-Cole, K. (2016). Becoming dishuman: thinking about the human through disability. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 37(1), 1-15.

Hardin, D. E. & McNelis, S. J. (1996). The Resource Center: Hub of Inclusive Activities. Handbook of Children with Special Health Care Needs. New York: Springer.

Heredero, E. S. (2010). The inclusive school strategies to deal with it: the curricular adaptations. Acta Scientiarum Education, 32 (2), 193-208.

Heron, E.& Jorgensen, C. M. (1995). Addressing Learning Differences Right from the Start: the Inclusive School. Educational Leadership, 52(4), 56-58.

Ivey C. K. & Reed E. (2011). An Examination of Learning Formats on Interdisciplinary Teamwork Knowledge, Skills, and Dispositions. Interdisciplinary Journal of Teaching and Learning, 1 (1), 43-55.

Japiassú, H. (1976). Interdisciplinaridade e patologia do saber. Imago.

Kupfer, M. C. M., & Petri, R. (2000). “Por que ensinar a quem não aprende?”. Estilos da Clínica. Revista sobre a infância com problemas, (9), 109-117.

Macedo, L. (2004). Ensaios Pedagógicos: como construir uma escola para todos? Artmed.

Mantoan, M. T. E. (2003). Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? Moderna.

Mantoan, M. T. E. (2005). Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças. Moderna.

Mattos, S. M. N. & Oliveira, K. F. (2021). Práticas docentes inovadoras e insurgentes: interdisciplinaridade e contextualização como possíveis caminhos. Ensino em Re-Vista, 28, 1-20.

Murca, J. G. (2019). Educação Inclusiva do deficiente intelectual: leitura e escrita. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 03(04), 137-149.

Nacinovic, R.C. P. & Rodrigues, M. G. A. (2020). Interdisciplinaridade e espaços dialógicos na educação inclusiva: encontros possíveis entre educação e saúde. Imagens da Educação, 10(2), 92-103.

Neves, L. R., Rahme, M. M. F., & Ferreira, C. M. R. J. (2019). Política de educação especial e os desafios de uma perspectiva inclusiva. Porto Alegre: Educação e Realidade.

Nóvoa, A. (2019). Os professores e sua formação num tempo de metamorfose da escola. Educação e Realidade.

Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tetzlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: An updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ Open, 372(71), 1-9, http://dx.doi.org/10.1136/bmj.n71.

Pletsch, M. D., Araujo, D. F., & Costa, M. F. L. (2017). Experiences of Continuing Teachers Education: Possibilities for Effective Inclusion of Students with Intellectual Disabilities. Periferia, 9(1), 290.

Rodrigues, S. M. (2012). Educação inclusiva e formação docente. Diversa.

Sampaio, R. F., & Mancini, M.C. (2007). Systematic review studies: a guide for careful synthesis of the scientific evidence. Revista brasileira de fisioterapia, 11(1), 83-89.

Santomé, J. T. (1998). Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Editora Artes Médicas Sul Ltda.

Sassaki, R. K. (1997). Inclusão: construindo uma sociedade para todos. WVA.

Sassaki, R. K. (2002). Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Revista Nacional de Reabilitação, 5(24), 6-9.

Skills, T. K., Ivey, C. K., & Reed, E. (2011). An Examination of Learning Formats on Interdisciplinary. Journal of Teaching and Learning, 1(1), 43-55.

Stobäus, C.D. & Mosqueira, J. J. M. (2004). Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva.: EDIPUCRS.

Udvari-Solner, A. & Thousand, J. S. (1996). Creating a responsive curriculum for inclusive schools. Remedial and Special Education, 17(3), 182-192.

Vilela, E. M. & Mendes, I. J. M. (2003). Interdisciplinaridade e saúde: estudo bibliográfico. Revista Latino-Americana, 11(4), 525-531.

Whittemore, R. & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546–553.

Žiljak, O. (2012). Learning Outcomes and Inclusive Education of students with Intellectual Disabilities. Revija Socijalnu Politiku, 23(23), 81-92.

Žiljak, O (2013). Ishodiučenja i inkluzivnaedukacijaučenikasintelektualnimteškoćama. Agencijazastrukovnoobrazovanje i obrazovanjeodraslih. Primljeno: Svibanj.

Downloads

Publicado

04/03/2022

Como Citar

CARVALHO, D. B. de .; GOMES, S. A. O. . Interdisciplinaridade e deficiência intelectual na educação especial: uma revisão sistemática integrativa . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e48111326687, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26687. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26687. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão