Bundle de prevenção da Síndrome Pós-Cuidados Intensivos: construção de uma tecnologia em um hospital oncológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26772

Palavras-chave:

Unidades de Terapia Intensiva; Cuidados Críticos; Síndrome; Enfermagem.

Resumo

Objetivo: descrever a construção de um bundle para prevenção da Síndrome Pós-Cuidados Intensivos em pacientes sobreviventes de internação em Unidade Terapia Intensiva. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa metodológica, descritiva, com abordagem quantitativa. Para o primeiro momento foi feita a coleta de dados (pesquisa de campo), realizada através da análise de prontuários de pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva. O segundo momento frealizou-se uma revisão integrativa de literatura nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, que avaliou 7 estudos que falam da temática. Resultados: No total, foram analisados 21 prontuários de pacientes propensos a apresentar Síndrome Pós Cuidados Intensivos. Obteve-se como resultados que propicima a síndrome: os cuidados preventivos de fisioterapia respiratória, pausa na sedação e avaliação da possibilidade de extubação; os sinais e sintomas de curto prazo; na esfera física, a alteração mais observada foi paresia; na esfera cognitiva foram alterações no sono e vigília e, na esfera psicológica, foi a ansiedade. Já diante da análise epidemiológica dos pacientes envolvidos, o sexo feminino foi o mais prevalente; a faixa etária correspondeu a 50-59 anos; a classe de diagnósticos mais prevalente, como motivo de internação, foi o pós-operatório de cirurgia geral e o tempo de permanência em dias que foi igual a 11-15 dias. Todos descreveram, como etapas do bundle de prevenção, o pacote “ABCDE”. Conclusão: Por fim, foi elaborado o bundle para ser aplicado na prática. Este consta com as três esferas já citadas e com cuidados como: exercícios no leito, ajuste de sedação e avaliaçao da dor.

Referências

Araujo Neto, J. D. D., Silva, I. S. P. D., Zanin, L. E., Andrade, A. D. P., & Moraes, K. M. (2016). Profissionais de saúde da unidade de terapia intensiva: percepção dos fatores restritivos da atuação multiprofissional. Rev. bras. promoç. saúde (Impr.), 43-50.

Barcellos, R. D. A., & Chatkin, J. M. (2020). Impacto de uma lista de verificação multiprofissional nos tempos de ventilação mecânica invasiva e de permanência em UTI. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 46.

Beltrami, F. G., Nguyen, X. L., Pichereau, C., Maury, E., Fleury, B., & Fagondes, S. (2015). Sono na unidade de terapia intensiva. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 41, 539-546.

Braz, I. F. L., Gomes, R. A. D., Azevedo, M. S. D., Alves, F. D. C. M., Seabra, D. S., Lima, F. P., & Pereira, J. D. S. (2018). Análise da percepção do câncer por idosos. Einstein (São Paulo), 16.

Balbino, C. M., Silvino, Z. R., Santos, J. S. dos, Joaquim, F. L., Souza, C. J. de, Santos, L. M. dos, & Izu, M. (2020). Os motivos que impedem a adesão masculina aos programas de atenção a saúde do homem. Research, Society and Development, 9(7), e389974230.

Carvalho, A. C. B. de, Souza, I. C. da C., Fernandes, J. P. C., Melo, R. L. F., Silva Neto, J. M. D., Queiroz, J. C. de, Oliveira, C. J. de L., & Vieira, A. N. (2020). Perfil dos pacientes admitidos em UTI por agravos neurológicos. Research, Society and Development, 9(7), e210974100.

de Enfermagem, C. F. (2004). Resolução COFEN nº 293/2004. Fixa e estabelece parâmetros para o dimensionar o quantitativo mínimo dos diferentes níveis de formação dos profissionais de enfermagem para a cobertura assistencial nas instituições de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF).

Daniels, L. M., Johnson, A. B., Cornelius, P. J., Bowron, C., Lehnertz, A., Moore, M., & Bauer, P. R. (2018). Improving quality of life in patients at risk for post–intensive care syndrome. Mayo Clinic Proceedings: Innovations, Quality & Outcomes, 2(4), 359-369.

Fonseca, G. M., Freitas, K. S., da Silva Filho, A. M., Portela, P. P., Fontoura, E. G., & Oliveira, M. A. N. (2019). Ansiedade e depressão em familiares de pessoas internadas em terapia intensiva. Revista Psicologia-Teoria e Prática, 21(1).

Guimarães, H. P., Assunção, M. S. C., Carvalho, F. B., Japiassú, A. M., Veras, K. N., Nácul, F. E., & Reis, H. J. L. (2014). Manual de medicina intensiva. São Paulo: Atheneu, 127-33.

Godoy, M. D. P., Costa, H. L. L. S., Neto, A. E. S., Serejo, A. L. D. C., Souza, L. C. D., Kalil, M. R., & Orsini, M. (2015). Fraqueza muscular adquirida na UTI (ICU-AW): efeitos sistêmicos da eletroestimulação neuromuscular. Revista Brasileira de Neurologia, 51(4), 110-3.

Gonçalves, C. V., Camargo, V. P., Cagol, J. M., Miranda, B., & Mendoza-Sassi, R. A. (2017). O conhecimento de mulheres sobre os métodos para prevenção secundária do câncer de mama. Ciência & Saúde Coletiva, 22, 4073-4082.

IBGE, I. I. (2019). Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua. Rio de Janeiro: IBGE-Coordenação de Trabalho e Rendimento.

Inoue, S., Hatakeyama, J., Kondo, Y., Hifumi, T., Sakuramoto, H., Kawasaki, T., & Nishida, O. (2019). Post‐intensive care syndrome: its pathophysiology, prevention, and future directions. Acute medicine & surgery, 6(3), 233-246.

Levorato, C. D., Mello, L. M. D., Silva, A. S. D., & Nunes, A. A. (2014). Fatores associados à procura por serviços de saúde numa perspectiva relacional de gênero. Ciência & saúde coletiva, 19, 1263-1274.

Lima, C. de S., & Aguiar, R. S. (2020). Acesso dos homens aos serviços de atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(4), e157943027.

Melo, E. M., de Oliveira, T. M. M., Marques, A. M., Ferreira, A. M. M., Silveira, F. M. M., & Lima, V. F. (2016). Caracterização dos pacientes em uso de drogas vasoativas internados em unidade de terapia intensiva Patients’ characterization in use of vasoactive drugs hospitalized in intensive care unit. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 8(3), 4898-4904.

Morais, A. M., da Penha, D. N., Costa, D. G., Schweling, V. B. A. F., Spadari, J. A. A., & Gardenghi, G. (2020). Exercício como mobilização precoce em pacientes com uso de drogas vasoativas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 19(4), 301-311.

Nietsche, E. A., de Lima, M. G. R., Rodrigues, M. D. G. S., Teixeira, J. A., de Oliveira, B. N. B., Motta, C. A., & de Farias, M. K. F. (2012). Tecnologias inovadoras do cuidado em enfermagem. Revista de Enfermagem da UFSM, 2(1), 182-189.

Pereira, S., Cavaco, S., Fernandes, J., Moreira, I., Almeida, E., Seabra-Pereira, F., & Cardoso, T. (2018). Desfechos psicológicos em longo prazo após alta da terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 30, 28-34.

Polit, D. F., & Beck, C. T. (2011). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática da enfermagem. Artmed Editora.

Pulak, L. M., & Jensen, L. (2016). Sleep in the intensive care unit: a review. Journal of Intensive Care Medicine, 31(1), 14-23.

Rawal, G., Yadav, S., & Kumar, R. (2017). Post-intensive care syndrome: an overview. Journal of translational internal medicine, 5(2), 90-92.

Reis, M. M. R., Lima, E. D. F. A., Crozeta, K., Casagrande, R. I., Leite, F. M. C., & Primo, C. C. (2020). Avaliação do tempo de permanência hospitalar em cirurgia cardíaca em um hospital universitário. Rev. Pesqui.(Univ. Fed. Estado Rio J., Online), 667-675.

Robinson, C. C., Rosa, R. G., Kochhann, R., Schneider, D., Sganzerla, D., Dietrich, C., & Teixeira, C. (2019). Qualidade de vida pós-unidades de terapia intensiva: protocolo de estudo de coorte multicêntrico para avaliação de desfechos em longo prazo em sobreviventes de internação em unidades de terapia intensiva brasileiras. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 30, 405-413.

Rodrigues, M. A., de Paula, R. C. C., & Santana, R. F. (2017). Divergências entre legislações do dimensionamento de enfermagem em unidades de terapia intensiva. Enfermagem em Foco, 8(1), 12-16.

Santos, Z. M. S. A., Frota, M. A., & Martins, A. B. T. (2016). Tecnologias em saúde: da abordagem teórica a construção e aplicação no cenário do cuidado. Fortaleza: EdUECE.

Silva Júnior, J. M., Chaves, R. C. D. F., Corrêa, T. D., Assunção, M. S. C. D., Katayama, H. T., Bosso, F. E., & Lobo, S. M. A. (2020). Epidemiologia e desfecho dos pacientes de alto risco cirúrgico admitidos em unidades de terapia intensiva no Brasil. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 32, 17-27.

Silva Jr, J. M. S., Katayama, H. T., Lopes, F. M. V., Toledo, D. O., Amendola, C. P., dos Santos Oliveira, F., & Malbouisson, L. M. S. (2021). Indicação de cuidados pós-operatórios imediatos em unidade de terapia intensiva sob a perspectiva de anestesistas, cirurgiões e intensivistas: questionário transversal. Brazilian Journal of Anesthesiology, 71(5), 5-10.

Stam, H.; Stucki, G.; & Bickenbach, J. (2020). Covid-19 e a síndrome pós-terapia intensiva: um apelo à ação. J Rehabil Med, 52(4).

Teixeira, E. (2010). Tecnologias em Enfermagem: produções e tendências para a educação em saúde com a comunidade. Revista Eletrônica de Enfermagem, 12(4), 598-600.

Tulio, K. D. S. C., Stramandinoli-Zanicotti, R. T., Dirschnabel, A. J., Schussel, J. L., Wasilewski, J. H. S., Krelling, A., & Sassi, L. M. (2018). Alterações no perfil da microbiota bucal durante permanência na UTI: colonização por patógenos respiratórios potenciais. Arch. Health Invest, 351-357.

Wang, S., Allen, D., Kheir, Y. N., Campbell, N., & Khan, B. (2018). Aging and post–intensive care syndrome: a critical need for geriatric psychiatry. The American Journal of Geriatric Psychiatry, 26(2), 212-221.

Wang, S., Allen, D., Perkins, A., Monahan, P., Khan, S., Lasiter, S., & Khan, B. (2019). Validation of a new clinical tool for post–intensive care syndrome. American Journal of Critical Care, 28(1), 10-18.

Yende, S., Austin, S., Rhodes, A., Finfer, S., Opal, S., Thompson, T., & Angus, D. C. (2016). Long-term quality of life among survivors of severe sepsis: analyses of two international trials. Critical care medicine, 44(8), 1461.

Downloads

Publicado

01/03/2022

Como Citar

TEIXEIRA, V. R. S. .; LIMA, F. C. de; D’ANNIBALE, V. L. A. .; OLIVERIA, L. G. de .; SIMOR, A. Bundle de prevenção da Síndrome Pós-Cuidados Intensivos: construção de uma tecnologia em um hospital oncológico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e40411326772, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26772. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26772. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde