Ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de Odontologia: análise da composição curricular das instituições públicas do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26830Palavras-chave:
Ensino; Capacitação; Língua de sinais; Odontologia.Resumo
Objetivos: Avaliar o componente curricular voltado ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nos cursos de Odontologia de instituições de ensino superior públicas no Brasil. Métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional, transversal, documental e com abordagem quantitativa, onde a coleta de dados foi realizada através de um formulário, preenchido de acordo com informações presentes no plano pedagógico de cada instituição. A busca dos dados foi por meio do endereço eletrônico do Ministério da Educação, sendo incluídos todos os cursos de Odontologia das instituições públicas do Brasil. O formulário foi preenchido com informações sobre presença da disciplina, caráter optativo ou obrigatório, nomenclatura, carga horária, semestre no qual é ofertada, integração disciplinar e se a disciplina era teórica ou prática. Resultados: Após a coleta dos dados, observou-se que as instituições públicas das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul foram aquelas em que a disciplina de Libras foi mais prevalente, com 100%, 89,5% e 75% respectivamente. Em relação às instituições de ensino superior públicas do Norte e Sudeste, apenas 50% e 42,1%, respectivamente, ofereceram esse ensino. A maioria das disciplinas sobre Libras, quando presentes, foram estritamente teóricas. Com relação as demais características analisadas (nomenclatura, quantidade de horas, caráter optativo ou obrigatório, semestre no qual é ofertada) foi possível observar uma variação por instituição. Conclusão: Pôde-se concluir uma especificidade na oferta da disciplina conforme o plano pedagógico de cada curso e uma diferença entre as regiões do país.
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