Avaliação de dietas proteicas de baixo custo e fácil preparo utilizando levedura de cerveja, levedura de cana-de-açúcar e proteína texturizada de soja para Apis mellifera africanizada em apiários de Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26836Palavras-chave:
Abelhas melíferas; Alimentos; Áreas de reprodução; Área de alimentos; Varroa destructor.Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar diferentes dietas para Apis mellifera em três regiões de Santa Catarina, Brasil. As abelhas receberam as dietas semanalmente, durante 60 dias. Os tratamentos utilizados e os teores de proteína bruta correspondentes foram: D1 – xarope de açúcar; D2 – ração comercial (24,4%); D3 – levedura de cana + açúcar comercial (17,0%); D4 – levedura de cerveja + açúcar comercial (14,9%); D5 – levedura de cana + proteína texturizada de soja + açúcar comercial (20,9%). Os parâmetros avaliados foram: mensuração das áreas de reprodução (zangão, aberta, fechada e total), mensuração das áreas de depósito de alimentos (mel e pólen) e porcentagem de infestação por Varroa destructor. Ao final do estudo, foi realizada uma análise físico-química do mel. Diferenças significativas foram observadas ao comparar as rações proteicas com o grupo controle negativo nas variáveis de áreas de cria aberta, criação total (região da Serra) e infestação por Varroa destructor (região oeste e serra de Santa Catarina). Não foram detectadas alterações nos méis em relação às normas vigentes, demonstrando que o fornecimento das dietas, nas condições do estudo, é seguro para a manutenção dos padrões de identidade e qualidade do produto final.
Referências
Al-Tikrity, W. S., Hillmann, R. C., Benton, A.W., & Charke-Júnior, W.W. (1971). A new instrument for brood measurement in a honeybee colony. American Bee Journal, 111, 20-26.
AOAC. (1995). Association of Official Analytical Chemists. Official Methods of Analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 16th. ed. Arlington: A.O.A.C.
Araujo, D. F. D., Moreti, A. C. C. C., Silveira, T. A. da, Marchini, L. C., & Otsuk, I. P. (2013). Pollen content in honey of Apis mellifera Linnaeus (Hymenoptera, Apidae) in an Atlântica forest fragment in the municipality of Piracicaba, São Paulo state, Brazil. Sociobiology, 60(4). https://doi.org/10.13102/sociobiology.v60i4.436-440
Barroso-Arévalo, S., Fernández-Carrión, E., Goyache, J., Molero, F., Puerta, F., & Sánchez-Vizcaíno, J. M. (2019). High load of deformed wing virus and Varroa destructor infestation are related to weakness of honey bee colonies in southern Spain. Frontiers in Microbiology, 10, 1331. https://doi.org/10.3389/fmicb.2019.01331
Brazil. (2000). Ministério da Agricultura e Abastecimento. Instrução Normativa nº 11, de 20 de outubro de 2000. Brasília. 5 p. http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2012/08/IN-11-de-2000.pdf
Brodschneider, R., & Crailsheim, K. (2010). Nutrition and health in honey bees. Apidologie, 41(3), 278–294. https://doi.org/10.1051/apido/2010012
Castagnino, G. L., Arboitte, M. Z., Lengler, S., Garcia, G. G., & Menezes, L. F. G. de. (2006). Desenvolvimento de núcleos de Apis mellifera alimentados com suplemento aminoácido vitamínico, Promotor L®. Ciencia Rural, 36(2), 685–688. https://doi.org/10.1590/s0103-84782006000200054
Couto, L. A. (1998). Nutrição de abelhas. In Congresso Brasileiro de Apicultura, 12, [s.l] Anais... CD-ROM.
Crane, E. (1975). La apicultura en el mundo – pasado y presente. In: La Colmena y la Abeja Melifera. Montevideo: Hemisferio sur, 25-46.
Cremonz, T. M., De Jong, D., & Bitondi, M. M. G. (1998). Quantification of hemolymph proteins as a fast method for testing protein diets for honey bees (Hymenoptera: Apidae). Journal of Economic Entomology, 91(6), 1284–1289. https://doi.org/10.1093/jee/91.6.1284
De SOUZA, D. A., Huang, M. H., & Tarpy, D. R. (2019). Experimental improvement of honey bee (Apis mellifera) queen quality through nutritional and hormonal supplementation. Apidologie, 50(1), 14–27. https://doi.org/10.1007/s13592-018-0614-y
Dolezal, A. G., & Toth, A. L. (2018). Feedbacks between nutrition and disease in honey bee health. Current Opinion in Insect Science, 26, 114–119. https://doi.org/10.1016/j.cois.2018.02.006
EPAGRI/CEPA. (2009). Síntese anual da apicultura de Santa Catarina 2008-2009. Florianópolis, SC. https://docweb.epagri.sc.gov.br/website_cepa/publicacoes/sintese_2009.pdf
EPAGRI/CIRAM. (2009). Zoneamento agroecológico e socioeconômico do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 1010 p. https://ciram.epagri.sc.gov.br/index.php/solucoes/zoneamento/
Farjan, M., Dmitryjuk, M., Lipiński, Z., Biernat-Łopieńska, E., & Żółtowska, K. (2012). Supplementation of the honey bee diet with vitamin C: The effect on the antioxidative system of Apis mellifera carnicabrood at different stages. Journal of Apicultural Research, 51(3), 263–270. https://doi.org/10.3896/ibra.1.51.3.07
Farjan, M., Łopieńska-Biernat, E., Lipiński, Z., Dmitryjuk, M., & Żółtowska, K. (2014). Supplementing with vitamin C the diet of honeybees (Apis mellifera carnica) parasitized with Varroa destructor: effects on antioxidative status. Parasitology, 141(6), 770–776. https://doi.org/10.1017/S0031182013002126
Freitas, P. V. D. X. de, Ribeiro, F. M., Almeida, E. M. de, Zanata, R. A., Alves, J. J. L., Oliveira, V. F., & Faquinello, P. (2017). Declínio populacional das abelhas polinizadoras: Revisão. PubVet, 11(1), 1–10. https://doi.org/10.22256/pubvet.v11n1.1-10
Girou, N. G. (2003). Fundamentos de la producción apícola moderna. Bahía Blanca: Editorial Encestando S.R.L.
Harris, J. W., Harbo, J. R., Villa, J. D., & Danka, R. G. (2003). Variable population growth of Varroa destructor (Mesostigmata: Varroidae) in colonies of honey bees (Hymenoptera: Apidae) during a 10-year period. Environmental Entomology, 32(6), 1305–1312. https://doi.org/10.1603/0046-225x-32.6.1305
Herbert, E. W., Jr, Shimanuki, H., & Caron, D. (1977). Optimum protein levels required by honey bees (Hymenoptera, Apidae) to initiate and maintain brood rearing. Apidologie, 8(2), 141–146. https://doi.org/10.1051/apido:19770204
Ide, B. Y, Althoff, D. A., Thomé, V. M. R., & Vizzotto, V. J. (1980). Zoneamento Agroclimático do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: EMPASC. 106 p.
Khurshid, R., Paray, M. A., Bano, P., Ganie, S. A., Yousuf, S., & Ahmad, W. (2019). Effect of winter feeding and packing on Apis mellifera in Kashmir Himalaya. The Indian Journal of Entomology, 81(2), 266. https://doi.org/10.5958/0974-8172.2019.00086.5
Lamontagne-Drolet, M., Samson-Robert, O., Giovenazzo, P., & Fournier, V. (2019). The impacts of two protein supplements on commercial honey bee (Apis mellifera L.) colonies. Journal of Apicultural Research, 58(5), 800–813. https://doi.org/10.1080/00218839.2019.1644938
Lengler, S. (2000). Alimentação artificial de abelhas. In Congresso Brasileiro de Apicultura, 13, Florianópolis, SC. Anais... CD-ROM.
Lima, M. V., Silva, V. T. S.; Soares, K. O.; Evangelista-Rodrigues, A. (2015). Características reprodutivas das colônias de abelhas Apis mellifera submetidas à alimentação artificial. Agropecuária Científica no Semiárido, 11(4), 97-104. DOI: http://dx.doi.org/10.30969/acsa.v11i4.731
Lima, M. V., Soares, K. O., & Evangelista-Rodrigues, A. (2017). Complexo enzimático na alimentação artificial de abelhas africanizadas. Archivos de Zootecnia, 66(255), 413. https://doi.org/10.21071/az.v66i255.2518
Manning, R. (2018). Artificial feeding of honeybees based on an understanding of nutritional principles. Animal Production Science, 58(4), 689. https://doi.org/10.1071/an15814
México. (2007). Secretaría de Agricultura, Ganadería, Desarrollo Rural, Pesca y Alimentación. Manual de Patología Apícola. Coordinación General de Ganadería. http://www.bio-nica.info/biblioteca/AnonimoManualPatologiaApicola.pdf
Nazzi, F., & Le Conte, Y. (2016). Ecology of Varroa destructor, the major ectoparasite of the western honey bee, Apis mellifera. Annual Review of Entomology, 61(1), 417–432. https://doi.org/10.1146/annurev-ento-010715-023731
Pereira, F. de M., Freitas, B. M., Vieira Neto, J. M., Lopes, M. T. do R., Barbosa, A. de L., & Camargo, R. C. R. de. (2006). Desenvolvimento de colônias de abelhas com diferentes alimentos protéicos. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, 41(1), 1–7. https://doi.org/10.1590/s0100-204x2006000100001
Pinto, M. R., Machado Medeiros de Albuquerque, P., Veleirinho, B., Sequeira Gonçalves, V., Farias Campos, V., Casquero Cunha, R., Pereira Leivas Leite, F., & Maraschin, M. (2018). Use of protein diets as a supplement for africanized bees Apis melífera. Science and Animal Health, 6, 86-99.
Pires, C. S. S., Pereira, F. de M., Lopes, M. T. do R., Nocelli, R. C. F., Malaspina, O., Pettis, J. S., & Teixeira, É. W. (2016). Enfraquecimento e perda de colônias de abelhas no Brasil: há casos de CCD? Pesquisa Agropecuaria Brasileira, 51(5), 422–442. https://doi.org/10.1590/s0100-204x2016000500003
Porrini, M. P., Sarlo, E. G., Medici, S. K., Garrido, P. M., Porrini, D. P., Damiani, N., & Eguaras, M. J. (2011). Nosema ceranae development in Apis mellifera: influence of diet and infective inoculum. Journal of Apicultural Research, 50(1), 35–41. https://doi.org/10.3896/ibra.1.50.1.04
Silva, D. J., & Queiroz, A. C. (2006). Análises de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3 ed. Viçosa: UFV. 235 p.
Somerville, D. (2005) Fat Bees skinny bees: a manual on honey bee nutrition for beekeepers. Australian Government. Rural Industries Research and Development Corporation. 150 p.
Wang, H., Zhang, S.-W., Zeng, Z.-J., & Yan, W.-Y. (2014). Nutrition affects longevity and gene expression in honey bee (Apis mellifera) workers. Apidologie, 45(5), 618–625. https://doi.org/10.1007/s13592-014-0276-3
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mara Rúbia Romeu Pinto Müller; Aline Nunes; Marcelo Maraschin; Denise Nunes Araújo; Fábio Pereira Leivas Leite
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.