Aspectos (de)colonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não Humano (Ayahuasca): discursos e emancipação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.2693Palavras-chave:
Epistemologia; Ecologia dos saberes; Decolonialidade.Resumo
O artigo analisa decolonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não humano como emancipação do pensamento científico hegemônico. Metodologicamente, o artigo resulta de uma pesquisa bibliográfica e de discussões durante a disciplina Epistemologia, no curso de mestrado em estudos antrópicos na Amazônia. Tem como fontes principal a bibliografia de Enrique Dussel e Boa Ventura de Sousa Santos, com análise baseada na narrativa sistemática bibliográfica. Teoricamente, inspira-se nos estudos de João Batista Santiago Ramos acerca da utopia do humano, restringindo este texto à noção de ecologia de saberes na perspectiva antrópica como uma necessidade de superação da perspectiva colonialista de produção do conhecimento, e com isso, promover reflexões sobre a desconstrução dos discursos e práticas hegemônicas advindos da Europa. Pode-se entender que é necessário estender os olhares para além das culturas, incluindo o ponto de vista dos não humanos e ainda os incluir como sujeitos do conhecimento, contrapondo este dualismo ontológico da ciência moderna.
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