Aspectos (de)colonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não Humano (Ayahuasca): discursos e emancipação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.2693

Palavras-chave:

Epistemologia; Ecologia dos saberes; Decolonialidade.

Resumo

O artigo analisa decolonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não humano como emancipação do pensamento científico hegemônico. Metodologicamente, o artigo resulta de uma pesquisa bibliográfica e de discussões durante a disciplina Epistemologia, no curso de mestrado em estudos antrópicos na Amazônia. Tem como fontes principal a bibliografia de Enrique Dussel e Boa Ventura de Sousa Santos, com análise baseada na narrativa sistemática bibliográfica. Teoricamente, inspira-se nos estudos de João Batista Santiago Ramos acerca da utopia do humano, restringindo este texto à noção de ecologia de saberes na perspectiva antrópica como uma necessidade de superação da perspectiva colonialista de produção do conhecimento, e com isso, promover reflexões sobre a desconstrução dos discursos e práticas hegemônicas advindos da Europa. Pode-se entender que é necessário estender os olhares para além das culturas, incluindo o ponto de vista dos não humanos e ainda os incluir como sujeitos do conhecimento, contrapondo este dualismo ontológico da ciência moderna.

Biografia do Autor

Gleibson do Nascimento Silva, Universidade Federal do Pará


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Publicado

19/03/2020

Como Citar

SILVA, G. do N.; ROCHA, C. J. T. da; RAMOS, J. B. S. Aspectos (de)colonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não Humano (Ayahuasca): discursos e emancipação. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 5, p. e08952693, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i5.2693. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2693. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais