Aspectos (de)colonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não Humano (Ayahuasca): discursos e emancipação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.2693Palavras-chave:
Epistemologia; Ecologia dos saberes; Decolonialidade.Resumo
O artigo analisa decolonialidade e epistemologia ecológica com ênfase no não humano como emancipação do pensamento científico hegemônico. Metodologicamente, o artigo resulta de uma pesquisa bibliográfica e de discussões durante a disciplina Epistemologia, no curso de mestrado em estudos antrópicos na Amazônia. Tem como fontes principal a bibliografia de Enrique Dussel e Boa Ventura de Sousa Santos, com análise baseada na narrativa sistemática bibliográfica. Teoricamente, inspira-se nos estudos de João Batista Santiago Ramos acerca da utopia do humano, restringindo este texto à noção de ecologia de saberes na perspectiva antrópica como uma necessidade de superação da perspectiva colonialista de produção do conhecimento, e com isso, promover reflexões sobre a desconstrução dos discursos e práticas hegemônicas advindos da Europa. Pode-se entender que é necessário estender os olhares para além das culturas, incluindo o ponto de vista dos não humanos e ainda os incluir como sujeitos do conhecimento, contrapondo este dualismo ontológico da ciência moderna.
Referências
Albuquerque, Maria Betânia. (2011). Epistemologias e saberes da ayahuasca. Belém: Eduepa.
Albuquerque, Maria Betânia. (2014). Epistemologia da ayahuasca e a dissolução das fronteiras natureza/ cultura da ciência moderna. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 24, n. 2, p. 179-193.
Albuquerque, Maria Betânia. (2015). Pode uma planta ensinar? reflexões contraepistemológicas. Paraná: Educere.
Dussel, E. (2005). Europa, Modernidade e Eurocentrismo In Lander, E. (coord.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso.
Ferrare, T. (2016). Caminhos do discurso contra-hegemônico: Direito e emancipação. Direito & Práxis, 4 (7), 389-415.
Foster, J. B. (orgs). (1999). Em defesa da história: marxismo e pós-modernismo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora.
Hans, J. (2006). O Princípio Responsabilidade: Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Trad. bras.: Marijane Lisboa e Luiz Barros Montez. Rio de Janeiro: PUC-Rio e Contraponto.
Laclau, E. & Mouffe, C. (2001). Hegemony and socialist strategy: towards a radical democratic politics. Londres: Verso.
Luna, Luis Eduardo & Amaringo, Pablo. (1999). Ayahuasca visions – The religious iconography of a peruvian shaman. North Atlantic Books. Berkeley.
Luna, Luiz Eduardo. (2002). Xamanismo amazônico, ayahuasca, antropomorfismo e mundo natural. In: LABATE, Beatriz Caiuby; ARAÚJO, Wladimir S. (orgs.). O uso ritual da ayahuasca. Campinas: FAPESP/Mercado das Letras, p. 181-200.
Mignolo,W. (2003). Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Quijano, A. Lander, E. (org). (2005). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Clacso Livros.
Ramos, J. B. S. (2012). Por uma utopia do humano: olhares a partir da ética da libertação de Enrique Dussel. Porto: Edições Afrontamento Lda. 4, 203-288.
Ramose, Mogobe B. (2011), “Sobre a legitimidade e o estudo da filosofia africana”, Ensaios Filosóficos, 4: 6-25.
Ribeiro, Djamila. (2017). O que é lugar de fala? Coleção Feminismos Plurais, Belo Horizonte: Editora Letramento.
Santos, B. S. (2002). Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, 63, 237-280.
Santos, B. S. (2007). Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo.
Santos, Boaventura de Sousa (2009), Una epistemología desde el Sur, México: CLACSO y Siglo XXI.
Steil, C. A. & Carvalho, I. C. M. (2014). Epistemologias ecológicas: delimitando um conceito. Mana, 1 (20), 163-183.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Gleibson Nascimento Silva
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.