A arte-educação como metáfora da vida: o sono da razão do mundo sensível
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.26997Palavras-chave:
Crise capitalista; Formação estética; Declínio cultural; Decadência educacional; Arte emancipatória.Resumo
É na atual conjuntura capitalista que se instala um progressivo empobrecimento do solo cotidiano, o qual reflete no desenvolvimento da humanidade, afetando os campos sociais e colocando em curso uma degeneração cultural que reverbera no reflexo educacional e estético. Demonstramos que tal contexto propicia uma decadência na formação estética e na produção da arte, entendida como processo de educação no sentido lato. As elaborações de Lukács (1982) demonstram que é com o materialismo dialético que foi possível aos estetas compreenderem a teoria do reflexo e as determinações sociais da arte, expondo a relação complexa de reciprocidade entre conjuntura social, concepções de mundo e produção histórica da arte, demostrando que as determinações sociais são decisivas para o desenvolvimento, o avanço ou o retrocesso de qualquer complexo social. Delineamos as bases do conhecimento estético essencial, que fundamentará nossas análises posteriores mais extensas sobre o progressivo declínio da cultura e, consequentemente, da arte. Logo, o objetivo medular de nosso debate consiste na exposição dos estudos sobre os fundamentos estéticos de Lukács (1982), as leis gerais que determinam a natureza da estética e do exame crítico sobre a decadência da educação e da arte.
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