Restabelecendo vínculos e compartilhando conteúdos digitais de educação em saúde para uma comunidade escolar em situação de vulnerabilidade: avanços e desafios durante a pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27243Palavras-chave:
Educação em saúde; Vulnerabilidade social; Instituições Acadêmicas; Comunicação em Saúde; Mídias sociais.Resumo
Este artigo tem por objetivo relatar avanços e desafios do Projeto de Extensão “Pensa, Imagina, Inventa!” no restabelecimento de vínculos e no compartilhamento de conteúdos digitais de educação em saúde com uma comunidade escolar em situação de vulnerabilidade social da cidade do Rio de Janeiro/RJ, durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, articulando conhecimentos prévios e aprendizados oriundos do ensino remoto. Após um período sem diálogo com a comunidade, foram desenvolvidos dois grupos de intervenções: uma voltada para o restabelecimento de vínculos e outra para contribuir com a saúde da comunidade, através da cocriação de diferentes conteúdos digitais de educação em saúde, elaborados de forma simples, atrativa e coerente com as necessidades levantadas em diagnóstico comunitário no ano de 2019. Apesar dos prejuízos da falta de interação presencial para as ações de educação em saúde, a adaptação remota do projeto foi benéfica. As intervenções possibilitaram retomada de vínculos, disseminação de conteúdos úteis sobre saúde para a comunidade escolar e aprimoramento de saberes e habilidades técnicas, humanísticas e sociais pelos integrantes do projeto, mesmo num contexto de emergência em saúde pública.
Referências
Becker, D. V., Àvila, L. V., Nascimento, L. F. M., & Madruga, L. R. R. G. (2015). Educação para a sustentabilidade no Ensino Superior: O papel do docente na formação do Administrador. Rev. Eletrônica em Gestão, Educ. e Tecnol. Ambient., 19(3), 615–628.
Bertolozzi, M. R., Nichiata, L. Y. I., Takahashi, R. F., Ciosak, S. I., Hino, P., Val, L. F., Guanillo, M. C. L. T. U., & Pereira, É. G. (2009). Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na Saúde Coletiva. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(Esp.2), 1326–1330.
Braga, K. L., Klafker, A. A. S., Carvalho, G. C. M., & Araújo, M. E. T. (2021). Revisão integrativa: experiências exitosas em educação em saúde. Revista Conhecimento em Ação, 6(1), 187–199.
Brasil (2018). Ministério da Educação. Parecer CNE/CES No 608/2018. Aborda as Diretrizes para as Políticas de Extensão da Educação Superior Brasileira. http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102551-pces608-18/file.
Brasil (2001). Ministério da Educação. Resolução CNE/CES No. 3 de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03.pdf.
Brasil (2014). Ministério da Educação. Resolução CNE/CES No. 3 de 20 de junho de 2014. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso
de Graduação em Medicina e dá outras providências. http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991.
Brasil (2017). Ministério da Educação. Resolução CNE/CES No. 6 de 19 de outubro de 2017. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia e dá outras providências. http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991.
Brasil (2021). Ministério da Educação. Resolução CNE/CES No. 3 de 21 de junho de 2021. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Odontologia e dá outras providências. http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991.
Brasil (2014). Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnps_revisao_portaria_687.pdf.
Buss, P. M., & Carvalho, A. I. (2009). Desenvolvimento da promoção da saúde no Brasil nos últimos vinte anos (1988-2008). Cien. Saude Colet., 14(6), 2305–2316.
Buss, P. M., & Pellegrini Filho, A. (2007). A saúde e seus determinantes sociais. Physis, 17(1), 77–93.
Cavallieri, F., & Vial, A. (2012). Favelas na cidade do Rio de Janeiro: o quadro populacional com base no Censo 2010. Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro - Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. http://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download%5C3190_FavelasnacidadedoRiodeJaneiro_Censo_2010.PDF.
Chaves, A. S. C., Oliveira, G. M., Jesus, L. M. S., Martins, J. L., & Silva, V. C. (2018). Uso de aplicativos para dispositivos móveis no processo de educação em saúde. Humanidades & Inovação, 5(6), 34–42.
Costa, P., Palombo, C. N. T., Silva, L. S., Silva, M. T., Mateus, L. V. J., & Buchhorn, S. M. M. (2019). Ações de extensão universitária para translação do conhecimento sobre desenvolvimento infantil em creches: Relato de experiência. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 53(e03484), 1–8.
Crespo, M. C. A., Silva, Í. R., Costa, L. S., & Araújo, I. F. L. (2019). Modernidade líquida: desafios para educação em saúde no contexto das vulnerabilidades para infecções sexualmente transmissíveis. Revista Enfermagem UERJ, 27(1),e43316.
Elkington, J. (2012). Sustentabilidade: Canibais com garfo e faca. M. Books.
Gonçalves, M. I. A., Melo, M. E. F. A., Araujo, T. O., & Antero, M. B. (2021). Tempos de pandemia: Educação em saúde via redes sociais. Revista de Extensão da UPE, 6(1), 38–45.
Lima, C. M. G., Palha, P. F., Zanetti, M. L., & Parada, C. M. G. L. (2011). Experiências do familiar em relação ao cuidado com a saúde bucal de crianças. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online], 19(11), 171–187.
Lucietto, D. A., Melo, A.O. S., Senna, M. A. A., Miranda, L. O., Santos, A. F., Junior, M. P. F., Mannarino, N. M. S., Ferreira, M. B., Silva, A. M., & Nunes, L. B. (2019). Levantamento de necessidades de saúde bucal em crianças em situação de vulnerabilidade social: condições bucais, manejo do medo e humanização nas ações do Projeto Pensa, Imagina, Inventa! Anais da 24a SEMEXT/UFF, 1–5. http://www.proex.uff.br/semext/anteriores/2019/
Machado, M. F. A. S., Monteiro, E. M. L. M., Queiroz, D. T., Vieira, N. F. C., & Barroso, M. G. T. (2007). Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS: Uma revisão conceitual. Ciência & Saúde Coletiva, 12, 335–342.
Mendes, D. C., Martins, É. F., Silva, P. M. B. da, Fernandes, M. S., Cangussu, L. S., & Ruas, L. S. (2021). Atividades remotas no Projeto de Lesões Cervicais Não Cariosas (LCNC-MOC) em período de pandemia. 26(1), 382–390.
Minayo, M. C. S., Hartz, Z. M. A., & Buss, P. M. (2000). Qualidade de vida e saúde: Um debate necessário. Ciênc saúde coletiva, 5(1), 7–18.
Munhoz, T. N., Magalhaes, E. P., Soares, L. S., Oliveira, L. M. S. Z., Silveira, M. G., & Marques, V. A. (2021). A utilização de mídias digitais para divulgação do conhecimento científico sobre saúde mental durante a pandemia do Covid-19. Expressa Extensão, 26(1), 182–192.
Oliveira, W. (2009). Fatalismo e conformidade: A pedagogia da opressão. In N. Freire & W. Oliveira, Pedagogia da Solidariedade (1o ed, p. 91–108). Villa das Letras.
Organização Mundial da Saúde. (1986). Carta de Ottawa. Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Ottawa.pdf
Pereira AS, Shitsuka DM, Parreira FB, Shitsuka. R (2018). Metodologia da pesquisa científica [recurso eletrônico]..[et al.]. – 1. ed. – Santa Maria, RS: UFSM, NTE.
Pereira, N. C. T. C., Costa, K. H., Nunes, R. K. S., Borges, P. L., Albuquerque, I. N., Almeida, E. B., Guedes, M. R., & Henn, R. (2020). Ações de educação alimentar e nutricional com grupos em vulnerabilidade social: relato de experiência. Revista Ciência Plural, 6(2), 170–191.
Petry, P. C., & Pretto, S. M. (2003). Educação e motivação em saúde bucal. In ABOPREV: Promoção de Saúde Bucal (p. 363–370). Artes Médicas.
Rodrigues, B. B., Cardoso, R. R. J., Peres, C. H. R., & Marques, F. F. (2020). Aprendendo com o imprevisível: saúde mental dos universitários e educação médica na pandemia de Covid-19. Revista Brasileira de Educação Médica, 44(Suppl 01), e0149.
Sachs, I. (2008). Caminhos para o desenvolvimento sustentável (3a). Garamond.
Soares, D. C., Cecagno, D., Quadros, L. C. M, Spagnolo, L. M. L., Cunha, T. N., & Fritzen, F. M. (2020). Tecnologias da informação e comunicação na educação em saúde acerca do coronavírus: relato de experiência. Journal of Nursing and Health, 10(4), e20104027.
Solar Meninos de Luz. (2021). Solar Meninos de Luz - Apresentação. https://www.meninosdeluz.org.br/.
Souza, T. S., Ferreira, F. B., Bronze, K. M., Garcia, R. V., Rezende, D. F., Santos, P. R., & Gadelha, S. R. (2020). Mídias sociais e educação em saúde: o combate às fake news na pandemia da Covid-19. Enfermagem em Foco, 11(Esp.1), 124–130.
Starfield, B. (2002). Atenção Primária: Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. UNESCO.
Tenório, L. C. F. R. M., Oliveira, A. L. G., Amorim, Y. P.S. V., & Neto, A. C. M. (2014). Educação em saúde através das novas tecnologias da informação e comunicação: Uma análise da (re)orientação dos nativos digitais no ciberespaço. LinkSciencePlace Revista Científica Interdisciplinar, 1(1), 179–192.
World Health Organization. (2021). Coronavirus disease (Covid-19). https://www.who.int/news-room/q-a-detail/coronavirus-disease-covid-19.
World Health Organization. (2020). What are social determinants of health? http://www.who.int/social_determinants/sdh_definition/en/#.
World Health Organization (2011). World Conference on Social Determinants of Health, 2011. http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/12/Decl-Rio-versao-final_12-12-20112.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Deison Alencar Lucietto; Marcos Antônio Albuquerque de Senna; Gabriela Bittencourt Gonzalez Mosegui; Luana Batista Nunes ; Amanda Marques Silva; Amanda Fonseca dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.