Hiperplasia pseudoepiteliomatosa: A ligação entre esporotricose e carcinoma de células escamosas.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27390

Palavras-chave:

Carcinoma; Pele; Diagnóstico; Biópsia; Epidemiologia; Zoonoses.

Resumo

A hiperplasia pseudoepiteliomatosa (HPE) é uma condição benigna. É um padrão histológico reativo caracterizado por hiperplasia da epiderme e epitélio anexial. Portanto, pode ser encontrada em várias doenças clinicamente heterogêneas: infecções, neoplasias, dermatoses com inflamação / irritação crônica e processos diversos. Dentre o grupo de infecções, destacam-se as micoses profundas e o carcinoma espinocelular (CEC) para a neoplasia. Como essas duas lesões podem ser observadas nas mesmas regiões do corpo e apresentam características visualmente semelhantes, também é natural que possam ser confundidas, como visto em trabalhos anteriores. Assim, propomos uma revisão retrospectiva transversal de base individual de pacientes com esporotricose confirmada (de um total de 86 casos de esporotricose cutânea) em que o carcinoma de células escamosas também foi suspeitado como uma hipótese clínica. Considerando a pequena amostra, foi feita uma análise qualitativa dos resultados. Este artigo apresenta uma explicação com base microscópica para esse erro diagnóstico. Também recomendamos examinar várias seções histológicas, informações clínicas detalhadas e o uso de colorações especiais para evitar diagnósticos incorretos.

Biografia do Autor

Miguel Augusto Martins Pereira, Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro; Universidade Federal Fluminense

Medical School, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brazil. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Rio de Janeiro, Brazil.

Referências

Adams, C. C., Thomas, B. & Bingham, J. L. (2014) Cutaneous squamous cell carcinoma with perineural invasion: a case report and review of the literature. Cutis. 93(3), 141–4.

Almeida-Paes, R., de Oliveira, M. M., Freitas, D. F., do Valle, A. C., Zancopé-Oliveira, R. M., & Gutierrez-Galhardo, M. C. (2014). Sporotrichosis in Rio de Janeiro, Brazil: Sporothrix brasiliensis is associated with atypical clinical presentations. PLoS neglected tropical diseases, 8(9), e3094.

Barros, M. B. D. L., Schubach, T. P., Coll, J. O., Gremião, I. D., Wanke, B., & Schubach, A. (2010). Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. Revista Panamericana de Salud Pública, 27, 455-460.

Chakrabarti, A., Bonifaz, A., Gutierrez-Galhardo, M. C., Mochizuki, T. & Li, S. (2015) Global epidemiology of sporotrichosis. Med Mycol. 53(1), 3-14. Chandler, F. W., Watts, J. C. (1987) Pathologic Diagnosis of Fungal Infections. Chicago, IL: ASCP Press. XIII, 303.

Conejero, R., Conejero, C., Alcalde, V., & García-Latasa de Araníbar, J. (2020). Pseudoepitheliomatous Hyperplasia: An Uncommon Reaction in Tattoos. Hiperplasia pseudoepiteliomatosa: una reacción infrecuente de los tatuajes. Actas dermo-sifiliograficas, 111(10), 896–897.

Falcão, E. M., Marinho, L. F. J. & Berilo, C. D. (2019) Hospitalizações e óbitos relacionados à esporotricose no Brasil (1992-2015). Cad. Saúde Pública. 35(4).

Gremião, I. D. F., Martins da Silva da Rocha, E., & Montenegro H. (2021) Guideline for the management of feline sporotrichosis caused by Sporothrix brasiliensis and literature revision. Braz J Microbiol. 52(1):107-124.

Hussein, M. R. (2005) Skin cancer in Egypt: a word in your ear. Cancer Biol Ther. 4(5), 593–5.

Ludke, M. & Andre, M. E. D. A. (2013). Pesquisas em educação: uma abordagem qualitativa. São Paulo: E.P.U

Mahajan, V. (2014) Sporotrichosis: An Overview and Therapeutic Options. Dermatology Research and Practice. 1-13.

Marimon, R., Cano, J., Gené, J., Sutton, D. A., Kawasaki, M., & Guarro, J. (2007). Sporothrix brasiliensis, S. globosa, and S. mexicana, three new Sporothrix species of clinical interest. Journal of clinical microbiology, 45(10), 3198–3206.

Mora, R. G., Perniciaro, C. (1981) Cancer of the skin in blacks. I. A review of 163 black patients with cutaneous squamous cell carcinoma. J Am Acad Dermatol. 5(5), 535–43.

Orofino-Costa, R., de Macedo, P. M., Rodrigues, A. M. & Bernardes-Engemann, A. R. (2017) Sporotrichosis: an update on epidemiology, etiopathogenesis, laboratory and clinical therapeutics. An Bras Dermatol. 92(5), 606-20.

Pereira, M. A., Freitas, R. & Nascimento, S. B. (2020) Sporotrichosis: A Clinicopathologic Study of 89 Consecutive Cases, Literature Review, and New Insights About Their Differential Diagnosis. Am J Dermatopathol. Mar 6. 10.1097/DAD.0000000000001617

Ramos, V., Astacio, G. S., do Valle, A., de Macedo, P. M., Lyra, M. R., Almeida-Paes, R., Oliveira, M., Zancopé-Oliveira, R. M., Brandão, L., Quintana, M., Gutierrez-Galhardo, M. C., & Freitas, D. (2021). Bone sporotrichosis: 41 cases from a reference hospital in Rio de Janeiro, Brazil. PLoS neglected tropical diseases, 15(3), e0009250.

Schechtman, R. C., Falcão, E., Carard, M., García, M., Mercado, D. S., & Hay, R. J. (2022). Sporotrichosis: hyperendemic by zoonotic transmission, with atypical presentations, hypersensitivity reactions and greater severity. Anais brasileiros de dermatologia, 97(1), 1–13.

Schenck B. (1898). On refractory subcutaneous abscesses caused by a fungus possibly related to the sporotricha. Johns Hopkins Hosp Bull. 93,286–290.

Silva, J. E., Santos, A. L. P. dos., Freitas, J. R. de, Cunha, A. L. X., Shinohara, N. K. S., & Cunha Filho, M. (2020). Study of sporotrichosis at the national and international level with a statistical focus: a systematic review of zoonosis. Research, Society and Development, 9(11), e83591110461.

Zayour, M., Lazova, R. (2011) Pseudoepitheliomatous Hyperplasia: A Review. Am J Dermatopathol. 33, 112–126. 10.1097/DAD.0b013e3181fcfb47.

Downloads

Publicado

16/03/2022

Como Citar

PEREIRA, M. A. M.; MARTINS, D. L. .; PANTALEÃO, L.; VILAR, E. G. . Hiperplasia pseudoepiteliomatosa: A ligação entre esporotricose e carcinoma de células escamosas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e19211427390, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27390. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27390. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde