Fazendo arte no ensino: utilizando a coreografia didática para romper paradigmas no ensino em saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27564

Palavras-chave:

Ensino; Aprendizagem; Programas de pós-graduação em saúde; Autoaprendizagem como assunto.

Resumo

A formação em saúde requer adequada articulação entre métodos e conteúdos no processo educacional para o desenvolvimento de senso crítico, reflexivo, criativo, ético, humanístico e interdisciplinar na prática assistencial. Nesse contexto, a coreografia didática é apresentada como método de aprendizagem significativa capaz de romper esse paradigma e promover formação adequada de profissionais de saúde para atender as demandas da comunidade. O objetivo deste manuscrito é relatar uma experiência do emprego da coreografia didática em uma disciplina de pós-graduação em saúde. A elaboração do delineamento desenho didático da coreografia didática deu-se em quatro etapas: antecipação docente (metodologias inovadoras no ensino em saúde); colocação em cena (estratégias de ensino e objetivos de aprendizagem), determinação do modelo de aprendizagem (significativa) e produto de aprendizagem (obras artísticas). As obras artísticas são apresentadas como resultados da coreografia didática e do alcance dos objetivos de aprendizagem propostos. A colocação em cena e os produtos de aprendizagem ultrapassaram a sala de aula rompendo o paradigma existente no ensino em saúde por meio da correlação entre os temas abordados e o contexto político-social, diversão, processos lúdicos e desenvolvimento de senso crítico.

Referências

As referências assinaladas com asterisco foram fornecidas aos estudantes como textos base.

Abela, J. (2009). Adult learning theories and medical education: a review. Malta Medical Journal, 21(1), 11-18. https://www.um.edu.mt/umms/mmj/PDF/234.pdf

Abraham, R. R., & Komattil, R. (2016). Heutagogic approach to developing capable learners. Medical Teacher, 39(3), 295-299. http://dx.doi.org/10.1080/0142159X.2017.1270433.

Agra, G., Formiga, N. S., Oliveira, P. S., Costa, M. M. L., Fernandes, M. G. M., & Nóbrega, M. M. L. (2019). Análise do conceito de Aprendizagem Significativa à luz da Teoria de Ausubel. Revista Brasileira de Enfermagem, 72(1), 258-265. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0691

*Anatasiou, L. G. C., & Alves, L. P. (2009) Processos de Ensinagem na Universidade. Pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille.

Anderson, L., & Krathwohl, D. (2001). A taxonomy for learning, teaching, and assessing: a revision of bloom’s taxonomy of educational objectives. New York: Longmans.

Bansal, A., Jain, S., Sharma, L., Jain, C., & Madaan, M. (2020). Students’ perception regarding pedagogy, andragogy, and heutagogy as teaching–learning methods in undergraduate medical education. Journal of Education and Health Promotion, 9(301), 1-7. http://dx.doi.org/10.4103/jehp.jehp_221_20.

Belaineh, M. S. (2017). Students’ conception of learning environment and their approach to learning and its implication on quality education. Educational Research and Reviews, 12(14), 695-703. http://dx.doi.org/10.5897/ERR2017.3258.

Blaschke, L. M. (2012). Heutagogy and lifelong learning: A review of heutagogical practice and self-determined learning. The International Review of Research in Open and Distance Learning, 13, 56–71. http://dx.doi.org/10.19173/irrodl.v13i1.1076.

*Bollela, V. R., Senger, M. H., Tourinho, F. S. V., & Amaral, E. (2014). Aprendizagem baseada em equipes: da teoria à prática. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 293-300. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p293-300.

*Borges, M. C., Chachá, S. G. F., Quintana, S. M., Freitas, L. C. C., & Rodrigues, M. L. V. (2014). Aprendizado baseado em problemas. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 301-317. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p301-307.

*Borges, M. C., Chachá, S. G. F., Quintana, S. M., Freitas, L. C. C., & Rodrigues, M. L. V. (2014). Avaliação formativa e feedback como ferramenta de aprendizado na formação de profissionais da saúde. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 324-331. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p324-331

Carraccio, C., Wolfsthal, S. D., Englander, R., Ferentz, K., & Martin, C. (2002) Shifting Paradigms: From Flexner to Competencies. Academic Medicine, 77, 361–367. http://dx.doi.org/10.1097/00001888-200205000-00003.

Coscrato, G., Pina, J. C., & Mello, D. F. (2010) Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paulista de Enfermagem, 23(2), 257-263. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002010000200017.

*Costa, M. J. (2014). Trabalho em pequenos grupos: dos mitos à realidade. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 308-313. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p308-313.

Englander, R., Frank, J R., Carraccio, C., Sherbino, J., Ross, S., & Snell, L. (2017). Toward a shared language for competency-based medical education. Medical Teacher, 39(6), 582-587. http://dx.doi.org/10.1080/0142159X.2017.1315066.

Ferraz, A. P. C. M., & Belhot, R. V. (2010). Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gestão e Produção, 17(2), 421-431, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2010000200015.

*Ferreira, M. L. S. M., Cotta, R. M. M., & Oliveira, M. S. (2009). Construção coletiva de experiências inovadoras no processo ensino-aprendizagem na formação de profissionais de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 33(2), 240-246. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022009000200011.

Ferreira, S. C. (2019). A gamificação na área da saúde: um mapeamento sistemático. Anais do Seminário de Jogos Eletrônicos, 3(1), 48-56. http://www.revistas.uneb.br/index.php/sjec/article/view/6328.

Ferreira, L. T., Silva, J. B., Souza Filho, J. D. V., Lopes, A. S. D., & Barros, A. J. G. (2020). Ludicidade aplicada em ambientes virtuais de aprendizagem. Research, Society and Development, 9(5), e39953136. 10.33448/rsd-v9i5.3136

Fleming, N. D. (2001). Teaching and learning styles: VARK strategies. N. D. Fleming.

*Iglesias, A. G., & Pazin-Filho, A. (2014). Aprendizado de adultos. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 256-263. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p256-263.

Kolb, D. A. (1984). Experimental learning: experience as the source of learning and development. Prentice-Hall.

Leenknecht, M., Wijnia, L., Köhlen, M., Fryer, L., Rikers, R., & Loyens, S. (2020). Formative assessment as practice: the role of students’ motivation. Assessment & Evaluation in Higher Education, 46(2), 236-255. http://dx.doi.org/10.1080/02602938.2020.1765228

Lopes, F. L., Deus Júnior, G. A., Menezes, I. H. C. F., Suanno, M. V. R., & Moraes, M. G. (2020). Relatos e reflexões: aprimorando o processo de ensino-aprendizagem na UFG. Goiânia: CEGRAF UFG.

*Lopez, M. J., & Troncon, L. E. A. (2015). Capacitação e desenvolvimento docente - aspectos gerais. Medicina (Ribeirão Preto), 48(3), 282-294. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v48i3p282-294.

Lustosa, C. V. G. F., & Moura, M. G. C. (2020). Dialogue about adult student learning. Research, Society and Development, 9(9), e878997964. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7964

Maranhão, K. M., & Reis, A. C. S. (2019). Recursos de gamificação e materiais manipulativos como proposta de metodologia ativa para a motivação e aprendizagem no curso de graduação em odontologia. Revista Brasileira de Educação em Saúde, 9(3), 1-7. http://dx.doi.org/10.18378/rebes.v9i3.6239

McAndrew, S., & Roberts, D. (2015). Reflection in nurse education: promoting deeper thinking through the use of painting. Reflective Practice, 16(2), 206-217. http://dx.doi.org/10.1080/14623943.2014.992406.

Mccallum, S., & Milner, M. M. (2020). The effectiveness of formative assessment: student views and staff reflections. Assessment & Evaluation in Higher Education, 46(1), 1-16. http://dx.doi.org/10.1080/02602938.2020.1754761

Miranda, V. C., & Veiga, A. M. R. (2016). Coreografias didáticas: reflexões acerca dos encaminhamentos docentes em sala de aula para o ensino-aprendizagem nas artes visuais. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 11(3), 1343-1351. http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v11.n3.6013.

Nascimento, E. R., & Padilha, M. A. S. (2020). Aprendizagem por meio do ensino híbrido na educação superior narrando o engajamento dos estudantes. Revista Diálogo Educacional, 20(64), 252-271. http://dx.doi.org/10.7213/1981-416X.20.064.AO04.

Naves-Barcelos, M., Medeiros, P., Silva, J. A., & Freitas, R. L. (2020). Papel da complementaridade entre perspectivas de aprendizagem metacognitiva, autorregulada e significativa à luz da teoria de Ausubel. Aprendizagem Significativa em Revista, 10(1), 1-11. http://www.if.ufrgs.br/asr/artigos/Artigo_ID166/v10_n1_a2020.pdf

Oser, F. K., & Baeriswyl, F. J. (2001). Choreographies of Teaching: Bridging Instruction to Learning. In V. Richardson (Ed.), Handbook of Research on Teaching (pp.1031-1065). Washington: Aera.

Padilha, M. A. S., Abranches, S. P., Silva, K. C., Oliveira, C. S. A., Paiva, R. A., Silva, A. M. B., & Alves, M. (2010). Ensinagem na docência online: um olhar à luz das coreografias didáticas. Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, 1(1), 1-12. https://periodicos.ufpe.br/revistas/emteia/article/view/2185.

Padilha, M. A. S., Beraza, M. A. Z., & Souza, C. V. (2017). Coreografias didáticas e cenários inovadores na educação superior. Revista Docência e Cibercultura, 1(1), 115-134. http://dx.doi.org/10.12957/redoc.2017.30492.

Padilha, M. A. S., & Zabalza, M.A. (2016). Um cenário de integração de tecnologias digitais na educação superior: em busca de uma coreografia didática inovadora. Revista e-Curriculum (São Paulo), 14(3), 837-863. https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/28698.

*Panúncio-Pinto, M. P. & Troncon, L. E. A. (2014). Avaliação do estudante – aspectos gerais. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 314-323. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p314-323.

*Peres, C. M., Vieira, M. N. C. M., Altafim, E. R. P., Mello, M. B., & Suen, K. S. (2014). Abordagens pedagógicas e sua relação com as teorias de aprendizagem. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 249-255. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p249-255.

Pivetta, H. M. F., Schlemmer, N., Roveda, P. O., Isaia, S. M. A., Porolnik, S., & Cocco, V. M. (2019). Percalços da docência universitária nas ciências da saúde. Educação e Realidade, 44(1), e75639. http://dx.doi.org/10.1590/2175-623675639 .

Reilly, J. M., Trial, J., Piver, D. E., & Schaff, P. B. (2012). Using theater to increase empathy training in medical students. Journal for Learning through the Arts, 8(1), 1-10. http://dx.doi.org/10.21977/D9812646.

Rosa, M., & Orey, D. C. (2017). Uma fundamentação teórica para as coreografias didáticas no ambiente virtual de aprendizagem. Educação Matemática Pesquisa, 19(2), 99-118. http://dx.doi.org/10.23925/1983-3156.2017v19i2p435-456.

Schmitt, C. S., & Domingues, M. J. C. S. (2016). Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo. Avaliação (Campinas), 21(2), 361-38. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772016000200004.

Serafim, M. P. (2019). Como será o cenário da educação superior em 2030? Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 24(3), 569-572. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772019000300001.

Silva, J. B. (2020). A Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel: uma análise das condições necessárias. Research, Society and Development, 9(4), e09932803. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2803

Sobrinho, J. D. (2018). Universidade em tempos ultraliberais. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 23(2), 288-293. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772018000200001.

*Souza, C. S., Iglesias, A. G., & Pazin-Filho, A. (2014). Estratégias inovadoras para métodos de ensino tradicionais – aspectos gerais. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 284-292. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p284-292.

*Troncon, L. E. A. (2014). Ambiente educacional. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 264-271. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p264-271.

*Troncon, L. E. A., Bollela, V. R., Borges, M. C., & Rodrigues, M. L. V. (2014). A formação e o desenvolvimento docente para os cursos das profissões da saúde: muito mais que o domínio de conteúdos. Medicina (Ribeirão Preto), 47(3), 245-248. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i3p245-248.

Waite, L. H., Zupec, J. F., Quinn, D. H., & Poon, C. Y. (2020). Revised Bloom's taxonomy as a mentoring framework for successful promotion. Currents in Pharmacy Teaching and Learning, 12(11), 1379-1382. http://dx.doi.org/10.1016/j.cptl.2020.06.009

Wenger, E. C., & Snyder, W. M. (2000). Communities of practice: the organizational frontier. Harvard Business Review, 78, 139-145. https://hbsp.harvard.edu/product/R00110-PDF-ENG?Ntt=&itemFindingMethod=Recommendation&recommendedBy=R1001E-PDF-ENG.

Who. (2010). World Health Organization. A conceptual framework for action on the social determinants of health. Geneva: World Health Organization.

*Xavier, L. N., Oliveira, G. L., Gomes, A. A., Machado, M. F. A. S., & Eloia, S. M. C. (2014). Analisando as metodologias ativas na formação dos profissionais de saúde: uma revisão integrativa. SANARE, 13(1), 76-83. https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/436/291.

Zabala, A., & Arnau, L. (2014). Como aprender e ensinar competências. Penso.

Downloads

Publicado

22/03/2022

Como Citar

CARDOSO, T. C.; LOPES, F. M. .; DEWULF, N. de L. S. . Fazendo arte no ensino: utilizando a coreografia didática para romper paradigmas no ensino em saúde. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e42411427564, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27564. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27564. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde