Design e educação: mediação cultural na preservação do patrimônio brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27620Palavras-chave:
Design; Educação; Patrimônio cultural; Preservação; Mediação.Resumo
Este artigo objetiva analisar a atuação do design e da educação como mediação cultural na preservação do patrimônio brasileiro. É um estudo de abordagem qualitativa do tipo bibliográfica e descritiva, dialoga com interface de conhecimentos do design, educação, mediação e demonstra sua relação com a preservação do patrimônio cultural nacional. Apresenta as seguintes diretrizes: Carta de Veneza, 1964; Carta de Restauro, 1972; e Carta de Burra, 1980, para exemplificar o âmbito de preservação internacional aplicado ao Brasil. Vieira Pinto, Laraia, Hall e Freire foram as bases para este estudo, assim como dissertações do banco de dados da CAPES. Esse recorte possibilitou situar a pesquisa dentro do âmbito das necessidades científicas da realidade do design e educação. O estudo guiou-se pelos seguintes questionamentos, “Como o design pode contribuir na valorização do patrimônio cultural?” e “Qual a relação do design com a educação patrimonial como mediação cultural?”. Destarte, foram analisadas cartas patrimoniais vinculadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para identificar diretrizes de preservação que possam ser aplicadas ao contexto político e cultural brasileiro. Além disso, dialogou-se com os fundamentos do design e da educação relacionados à mediação, valorizar e preservar a cultura, historicidade e patrimônio. Concluiu-se que aliando-se o design à educação como mediação cultural, fomenta-se o discurso da preservação da identidade nacional por meio da real necessidade da pesquisa, conscientização social e políticas públicas, para que haja criação projetual valorativa no processo educacional cultural, pois ambos, mediam o ser e o estar no mundo.
Referências
Bonsiepe, G. (2011). Design, cultura e sociedade. Blucher.
Cardoso, R. (2012). Design para um mundo complexo. Cosac Naify.
Cauquelin, A. (2007). A invenção da paisagem. Martins Fontes.
Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicas em Monumentos Históricos. (1964). Carta de Veneza. http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior. (2022). Catálogo de Teses e Dissertações http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/
Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. (1980). Carta de Burra.http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Burra%201980.pdf
Dicio. (2022). Dicionário online de português. https://www.dicio.com.br/atuacao/
Favaretto, C. F., Aidar, G., Durães, P., & Tojal, A. (2007). Entre a proximidade e o estranhamento: a mediação e o público. Mediando [con]tatos com arte e cultura., 2007(1), 12-40.
Florêncio, S. R. R. (2012). Educação Patrimonial: um processo de mediação. In A.B, Tolentino (Org), Caderno temático de educação patrimonial: reflexões e práticas (pp. 22-29). Superintendência do Iphan na Paraíba. http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/EduPat_EducPatrimonialReflexoesEPraticas_ct1_m.pdf
Freire, P. (2015). Extensão ou comunicação? Paz e Terra.
Gombrich, E. H. (1995). A história da arte. LTC Livros Técnicos e Científico.
Gomes, R. F., & Pontes e Silva, T. B. (2015). A importância do designer como mediador de relações humanas. Anais [Pôster] do 7º Congresso Internacional de Design da Informação (CIDI)., 2(2), 1711-1714. doi:10.5151/designpro-CIDI2015-congic_61
Gortázar, N. G., & Oliveira, J. (2021). Patrimônio cultural brasileiro vive sob “roleta russa”. El País. https://brasil.elpais.com/cultura/2021-08-11/patrimonio-cultural-brasileiro-vive-sob-roleta-russa.html
Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. DP&A.
Hernández, F. (2007). Catadores da cultura visual: transformando fragmentos em narrativa educacional. Mediações.
Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional. (2022). Educação Patrimonial. http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/343
Laraia, R. de B. (1986). Cultura: um conceito antropológico. Jorge Zahar.
Larossa, J. (2004). O ensaio e a escrita acadêmica. Educação & realidade., 29 (1), 101 - 115.
Lidwell, E., Holden, K., & Butler, J. (2010). Princípios Universais do Design. Bookman.
Minayo, M. C. S. (Org)., Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2015). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes.
Ministério da Instrução Pública do Governo da Itália. (1972). Carta de Restauro. http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20do%20Restauro%201972.pdf
Morin, E. (2007). Os sete saberes necessários à educação do futuro. Cortez.
Nóvoa, A. (2009). Professores: imagem do futuro. Educa.
Taquette, S. R., & Borges, L. (2020). Pesquisa qualitativa para todos. Vozes.
Triches, J. C., Triches, C. A., & Carvalho, A. S. M. (2022) Educação para os direitos humanos e a segurança humana. Pesquisa, sociedade e desenvolvimento, 11(2) http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25725
Vieira Pinto, A. (1979). Ciência e existência: problemas filosóficos da pesquisa científica. Paz e Terra.
Vieira Pinto, A. (2010). Sete lições sobre educação de adultos. Autores Associados: Cortez.
Vygotsky, L. S. (1989). Pensamento e Linguagem. Martins Fontes.
Winograd, T., & Flores, F. (1987). Understanding Computers and Cognition: A new foundation for design. Massachusetts: Addison-Wesley.
Zanirato, S. H. (2006). Patrimônio para todos: promoção e difusão do uso público do patrimônio cultural na cidade histórica. Patrimônio e memória., 2 (2), 78-97.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Suene Martins Bandeira; Virgínia Pereira Cavalcanti
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.