Moringa oleífera, avaliação nutricional, fitoquímica e toxicológica do caule, talo e folha
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.27682Palavras-chave:
Moringa oleífera; Avaliação nutricional; Fitoquímica; Toxicológica; Farmacológica.Resumo
O objetivo do presente trabalho foi comparar os aspectos nutricionais, fitoquímicos e toxicológicos do caule, talo e folha da Moringa oleífera. A metodologia utilizada para avaliação nutricional foi à análise centesimal, com quantificação de cinzas, umidade, lipídios, proteínas e carboidratos (Aoac, 2005). A análise fitoquímica qualitativa foi realizada atrás de métodos colorimétricos para identificação de alcaloides, taninos, flavonoides, saponinas e quinonas, já a quantificação de compostos fenólicos totais e flavonoides foi realizado por espectrofotometria e a atividade antioxidante foi realizado por meio do método de DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazilo). O teste presuntivo de toxicidade foi realizado por meio da letalidade em Artemia salina (Mclaughlin, 1991). A análise nutricional demonstrou que todas as partes apresentam valores de umidade baixos e teores de cinzas bons, demonstraram, também, a presença de lipídeos, proteínas e carboidratos. A folha obteve números mais significativos em relação às outras partes. Na análise fitoquímica foi demonstrado à presença de alcaloides, taninos e flavonoides. Os fenólicos totais do caule, talo e folha apresentaram valores de 479,47 mg de GAE/100g, 1830,31 mg de GAE/100g e 1468,97 mg de GAE/100g, respectivamente e flavonoides totais de 147,80 mg de CAE/100g 331,10 mg de CAE/100g e 343,33 mg de CAE/100g para caule, talo e folha, respectivamente. No teste antioxidante o talo foi o que apresentou melhor redução dos radicais livres (545,51 µmol/L). Por fim, nos testes de toxicidade tanto o caule, talo e folha se mostraram baixa ou não apresentaram toxicidade.
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