A formação de professoras/es no ensino remoto: o que estamos fazendo de nós mesmos na universidade?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27760Palavras-chave:
Formação de professores; Escolarização; Ensino remoto; Atenção; Corpo mínimo.Resumo
O presente manuscrito apresenta articulações teórico-práticas que intentam produzir pensamento a partir da seguinte problematização: o que pode a escolarização universitária em contexto de pandemia e o que estamos fazendo de nós mesmos nesse cenário? A escolarização universitária hoje, por ter que lidar com o ensino remoto a partir das mesmas premissas que vinham sendo utilizadas no ensino presencial, tem se restringido a um cumprimento e operacionalização de tarefas, por meio de diferentes plataformas e recursos digitais, provocando esgotamento e produzindo uma micropolítica que despotencializa o cultivo de afetos alegres em educação. A partir de uma escrita fiandográfica, convida-se os leitores a produzir desvios à compulsoriedade deste processo, alicerçando-se na constituição de um gesto coletivo de narrar o corpo mínimo, criando e fortalecendo momentos que potencializem o exercício pleno da presença nos encontros, na construção do que entendemos com um modo possível de nos relacionarmos coletivamente, ampliando visões de uma conduta ética na formação do Ensino Superior.
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