Constituição do Estado de direitos: reflexões sobre evoluções e retrocessos ao longo da história

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27900

Palavras-chave:

Estado; Liberdade; Direitos sociais; Biopolítica.

Resumo

Neste artigo temos o objetivo de realizar reflexões sobre a relação entre o papel do Estado na sociedade e o controle estabelecido pelo Modo Capitalista de Produção no mundo contemporâneo, passando pela evolução conceitual do Estado, sua forma liberal democrática manifesta no campo do direito à liberdade, logo contida pelo interesse de classe e contraditoriamente fundida com direitos conquistados por movimentos da sociedade civil. Toma por base real a negação dos direitos, da liberdade, a crise social e a sensação de medo e insegurança que afeta a vida das pessoas. Parte da análise abstrata e histórica do Estado, passando para a configuração dos direitos e sua negação na vigência do neoliberalismo, quando a sociedade produz formas de poder e de vigilância para obter a legitimidade e o controle sobre os indivíduos. Observamos que abordar os direitos sociais em um momento histórico em que a hegemonia é mais forte e complexa, tornou-se um grande desafio, o que exige a busca por uma nova subjetividade para combater o capitalismo e suas formas de imposição de preconceitos e discriminações sociais e políticos que reforçam a influência dos setores sociais mais reacionários de nosso país.

Referências

Barreto, S. S. G. (2015). Aplicação da democracia deliberativa como mecanismo de efetivação do direito fundamental a uma administração pública proba. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFRN_b328191b12b796f17d68f5b6bfed7515.

Barreto, R. S. C. (2016). O problema da efetividade do direito fundamental de propriedade nas relações horizontais considerando a produtividade como critério de limitação eleito pelo legislador brasileiro. Programa de pós-graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFRN_0b0bd85e536db660ecd046632911e65a

Benites, L. F. R. (2021). A governamentalização do Estado contemporâneo: uma cartografia dos mecanismos estatais de controle. Revista Sociologias. 6 (12), 274-303. 20(01). https://url.gratis/IlddV

Bobbio, N. A era dos direitos (1994). Paz e Terra.

Castells, M. (2018). Ruptura: a crise da democracia neoliberal. Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo. Zahar.

Couto, B. R. (2006). O direito social e a assistência social na sociedade brasileira: uma equação possível? (2a ed.) Cortez.

Costa, R. (2022). Sociedade de controle. Revista Scielo, http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392004000100019.

Costa, H. S. S. (2016). Michel Foucault articula os conceitos de governo econômico de população e biopolítica liberal e neoliberal. Dissertação apresentada ao curso de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal do Pará. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFPA_05dae2626a58e9e739cb7e6a1040240e.

Dal Col, T. D. V. (2010). Dinâmicas e mecanismos de proteção e defesa dos direitos humanos no estado brasileiro – a CDHM e a SEDH. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais com especialização em estudo comparados sobre as Américas.) Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas. CEPPAC. Instituto de Ciência Sociais Universidade de Brasília. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UNB_23f8105a6feb357e9bb2d776263171e1

Dardot, P. & Laval, C. (2016). A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Editora Boitempo, 402p.

Demo, P. (2000). Metodologia do conhecimento científico. Atlas.

Foucault, M. (2008). Segurança, território, população: curso dado no College de France (1977-1978) / Michel Foucault (2008). Edição estabelecida por Michel Senellart sob a direção de François Ewald e Alessandro Fontana; tradução Eduardo Brandão; revisão da tradução Claudia Berliner. - São Paulo: Martins Fontes. (Coleção tópicos)

Foucault, M. (1997). Resumo de Cursos do Collège de France (1970-1982). Zahar.

Foucault, M. (2008). Nascimento da Biopolítica.: curso dado no Collège de France (1978-1979). Edição estabelecida por Michel Senellart: sob a direção de François Ewald e Alessandro Fontana. Tradução Eduardo Brandão. Martins Fontes.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.

Hobbes, T. (1988). Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria BiatrizNizza da Silva. Nova Cultura.

Hobsbawm, E (1995). Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. Companhia das Letras.

Kulpas. S. (2021). A era do “capitalismo de vigilância”: a matéria-prima somos nós. 2019. 15(02). Disponível em:https://url.gratis/qAyey.

Laclau, Ernesto (2013). A razão populista. Três estrelas.

Leal, G. F. (2015). O Homo Oeconomicus em Michel Foucault: a análise do ser humano como naturalmente econômico na arte liberal de governar. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Goiás (UFG). https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFG_62b2979e5fd343ae876280db5f79e885.

Locke, J. (1973). Segundo Tratado sobre o Governo. Abril Cultural.

Marshall, T. H. (1967). Cidadania, Classe Social e Status. Zahar Editores.

Marx, K. (2011). Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857- 1858. Esboços da crítica da economia política. Boitempo.

Nunes, N. A. (2012). A crítica genealógica de Michel Foucault às governamentalidades do liberalismo. Tese apresentada ao Programa de Pós graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFSC_bed4ce017c12d0340fe960cc59541e07

Queiroz, F. (2022). A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Resenha. Revista Scielo. https://doi.org/10.1590/S0103-49792018000100012.

Rodriguês, T. M. (2018). Populismo de Esquerda versus Populismo de Direito no Início do Século XXI: o Conflito Político nos EUA, Inglaterra, França e Alemanha.Revista Estudos Políticos: a publicação semestral do Laboratório de Estudos Hum(e)anos (UFF). Rio de Janeiro, 9 (1), pp.70 -85, julho de 2018. https://url.gratis/tpMYl

Rondon Filho, E. B. (2022). Segurança, território, população. Revista Scielo. https://doi.org/10.1590/S1517-45222011000300013.

Rousseau, J. J. (2006). O Contrato Social. Trad. Pietro Nassetti. Editora Martin Claret.

Santos, R. E. (2010). Genealogia da governamentalidade em Michel Foucault. Dissertação apresentada ao Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais.https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFMG_67908eedccd4293a3e08af4816328e47.

Soler, R. D. V.Y (2019). Dos direitos dos governados em Michel Foucault: crítica à governamentalidade e genealogia das práticas de insurreição. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8765

Souza, W. L. (2012). Da condução das almas ao governo da população: analítica do processo de constituição da noção de governamentalidade na obra de Michel Foucault. Tese apresentada à Banca da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/PUC_SP-1_ac28bbff1fd3ce80f502980e7f24d765

Streck, L. L. & Morais, J. L. B. (2004). Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Livraria do Advogado.

Downloads

Publicado

30/03/2022

Como Citar

FELIPE, K. de F. .; SILVA, A. V. L. da .; OLIVEIRA, E. G. de .; ARRAIS NETO, E. A. . Constituição do Estado de direitos: reflexões sobre evoluções e retrocessos ao longo da história. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e9811527900, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.27900. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27900. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais