O consórcio de milho com sorgo forrageiro influencia a produção de biomassa, a qualidade bromatológica da silagem e a viabilidade econômica?

Resumo

As culturas de milho e sorgo têm uma relevante importância econômica no Centro-Oeste do Brasil e há a necessidade de mais informações para seu cultivo em consórcio como uma estratégia para o produtor rural reduzir a necessidade de insumos. O objetivo deste trabalho foi avaliar se o consórcio de milho com sorgo forrageiro exerce influência em características agronômicas e bromatológicas da silagem, em função de diferentes momentos de aberturas do silo e na viabilidade econômica de todos tratamentos. O experimento foi realizado em condições de campo e foram utilizados sete tratamentos, consistindo de monoculturas de híbridos de milho e sorgo, assim como estas culturas consorciadas. O maior rendimento da massa fresca foi observado no monocultivo de sorgo Agri001 e milho Agri 320, bem como no consórcio dos híbridos de milho Agri 320, Agri 340  e Agri 104 com o sorgo forrageiro Agri 001. As plantas de milho consorciadas não apresentaram acamamento, redução de altura, nem diminuição na altura da inserção da primeira espiga. As silagens oriunda do consórcio dos híbridos de milho com o sorgo forrageiro apresentaram um melhor padrão de fermentação, reduzindo as concentrações de amônia. No entanto, devido ao maior teor de NDF e ao menor de TDN no sorgo, os valores nutricionais das silagens oriundas do consórcio eram geralmente menores do que quando eram compostos apenas pelo milho. Observou-se que o cultivo do sorgo Agri 001 para silagem proporcionou mais lucro que os demais tratamentos.