A botânica no cordel: construindo um recurso paradidático para o Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28367Palavras-chave:
Literatura de cordel; Botânica; Recurso didático; Ciências e Biologia; Ensino.Resumo
A utilização de recursos didáticos há muito tempo vem sendo mencionada como de extrema importância para o ensino e, em temáticas que envolvem o ensino de Botânica, considerados como desinteressante tanto pelos discentes quanto por alguns docentes, acaba sendo uma boa estratégia no ensino. A utilização de um recurso construído especificamente para auxiliar o ensino de um dos temas considerados mais difíceis da Botânica, a fotossíntese, facilita a aprendizagem e desmistifica o negativismo que envolve o ensino desses conteúdos por professores e alunos. O presente trabalho visou, então, construir um recurso paradidático, no formato de cordel, utilizando como tema o processo da fotossíntese e submeter esse recurso à avaliação de docentes de Ciências e Biologia, buscando evidenciar a aplicabilidade e o potencial pedagógico do cordel. Todos os professores classificaram o recurso criado como ótimo ou bom e parabenizaram a construção do material. A maioria dos docentes acredita que o cordel construído pode ser utilizado como forma complementar para o ensino, podendo maximizar a aprendizagem dos conteúdos envolvidos, trazer maior proximidade dos educandos com a sua realidade, melhorando a dinamização da aula e tornando-a mais interessante para os alunos. Dessa forma, os resultados apresentados demonstram que o material paradidático criado pode apresentar vários benefícios nas aulas de botânica, promovendo maior interesse por parte dos discentes, facilitando a abordagem realizada pelo professor e tornando o processo de ensino e aprendizagem mais significativos.
Referências
Abreu, R. R., Marques, M., & Bittencourt, A. H. C. (2022). Concepções dos alunos do ensino médio sobre microbiologia por meio de elaboração e aplicação de recursos didáticos. Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, 10(1), 1-28.
Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) (2016). Rio de Janeiro. http://ablc.com.br/metricas.html.
Andrade, D. R. M. (2014). Construção e utilização de recursos paradidáticos no ensino de ciências e biologia: zoológico virtual.
Almeida, C. S., Neves, B. F., & Yamaguchi, K. K. L. (2022). Relato de experiência: problemáticas e estratégias para o ensino de química. Pensar Acadêmico, 20(1), 80-92.
Araújo, E. C. D. (2011). Recursos didáticos e sua importância para as aulas de geografia: experiências e abordagens do pibid UFRN. Anais eletrônicos do XVIII Encontro Estadual de Geografia e VI Jornada Geográfica (Pau dos Ferros, RN, Brasil, 18).
Araújo, E. C. D. de, & Troleis, A. L. (2015). Recursos didáticos, formação inicial docente e o processo de ensino e aprendizagem no Pibid geografia UFRN. Confins.
Assis, R. A., Tenório, C. M., & Callegaro, T. (2012). Literatura de cordel como fonte de informação. CRB-8 Digital, 5(1), 3-21.
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2017). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Editora Vozes.
Bianconi, M. L., & Caruso, F. (2005). Educação não-formal, texto de apresentação. Ciência e Cultura, 57(4), p20.
Bispo, J. M. M. (2014). Elaboração e avaliação de modelos didáticos celulares no ensino de ciências e biologia em uma escola pública no município de Aracaju/se.
Bizzo, N. (2012). Novas bases da biologia: das moléculas às populações. Editora Ática.
Borges, G. L. A. (2000). Formação de professores de biologia, material didático e conhecimento escolar (Tese de Doutorado).
Borges, R. M. R., de Souza Basso, N. R., & da Rocha Filho, J. B. (2008). Propostas interativas na educação científica e tecnológica. EDIPUCRS.
Candau, V. M. (2012). A didática em questão. (33. ed.) Editora Vozes.
Carmo, S., & Schimin, E. S. (2010). O ensino da biologia através da experimentação. Dia a Dia da Educação, Portal da Educacional de Estado de Paraná. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1085-4.pdf
Costa, N. F. (2011). Produção de material didático para o ensino de temas da fisiologia vegetal no segundo ano do ensino médio.
De Souza, C. L. P., & Kindel, E. A. I. (2014). Compartilhando ações e práticas significativas para o ensino de botânica na educação básica. Revista Experiências em Ensino de Ciências, 9(3), 44-58.
Filho, F. de S. L., Cunha, F. P., Carvalho, F. da S., & Soares, M. F. C. (2011). A importância do uso de recursos didáticos alternativos no ensino de química: uma abordagem sobre novas metodologias. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, 7(12), 166-173.
Fonsêca, A. V. L., & Fonsêca, K. S. B. (2008). Contribuições da literatura de cordel para o ensino de cartografia. Revista Geografia, 17(2), 123-132.
Giassi, M. G. (2009). A contextualização no ensino de biologia: um estudo com professores de escolas da rede pública estadual do município de Criciúma-SC (Tese de Doutorado).
Godoy, A. S. (1995). Uma revisão histórica dos principais autores e obras que refletem esta metodologia de pesquisa em Ciências Sociais. Revista de Administração de Empresas, 35(2), 53-63.
Gonçalves, H. F., & Moraes, M. G. (2011). Atlas de Anatomia Vegetal como Recurso Didático para Dinamizar o Ensino de Botânica. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, 7(13), 1608-1619.
Haurélio, M. (2013). Literatura de cordel: do sertão à sala de aula. Editora Paulus.
Imidio, A. M. (2014). Importância da experimentação com nutrição mineral vegetal no processo de ensino-aprendizagem de alunos do ensino médio.
Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE). (2016). Mapas de biomas e de vegetação. http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm.
Junqueira, N. E. da G. (2012). Ensino de fisiologia vegetal: elaboração de material didático com enfoque prático direcionado a alunos e professores do Ensino Médio (Dissertação de Mestrado).
Krasilchick, M. (2004). Práticas do ensino de biologia. (4. ed.) Editora EDUSP.
Linhares, S., & Gewandsznajder, F. (2012). Biologia hoje. Editora Ática.
Lopes, C. S. M. (2012). Utilização de um livro paradidático nas aulas de Biologia. In: III Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Anais do III Seminário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (Belo Horizonte, MG, Brasil, 3).
Luyten, J. M. (2010). O que é literatura de cordel. Editora Brasiliensis.
Malafaia, G., Bárbara, V. F., & Rodrigues, A. S. de L. (2010). Análise das concepções e opiniões de discentes sobre o ensino da Biologia. Revista Eletrônica de Educação, 4(2), 165-182.
Matos, E. (2007). Literatura de cordel: a escuta de uma voz poética. Revista Cultura Crítica, 5(1), 149-167.
Melo, E. A. (2010). As dificuldades no ensino-aprendizagem dos conteúdos de Botânica.
Melo, E. A. A. (2004). Livros paradidáticos de língua portuguesa para crianças: uma fórmula editorial para o universo escolar (Dissertação de Mestrado).
Mendonça, A. M. C. (2011a). Importância da cultura de tecidos para aulas de ensino médio.
Mendonça, M. P. (2011b). Produção de material didático para aulas práticas de botânica no ensino fundamental.
Menegazi, S. M. L. (2011). Valores, ética e cidadania: Livros paradidáticos para o público infanto juvenil.
Mestanza, P. E. C. (2017). O uso de jogos didáticos como abordagens alternativas para o ensino de bioquímica.
MMA - Ministério do Meio Ambiente (2008). Instrução normativa Nº 06, de 23 de setembro de 2008. http://www.mma.gov.br/estruturas/179/_arquivos/179_05122008033615.pdf.
Modesto, T. L. (2013). Do co2 ao açúcar: produção e avaliação da viabilidade de um jogo didático sobre fotossíntese para o ensino médio.
Moraes, R., & do Carmo Galiazzi, M. (2014). Análise textual: discursiva. Editora Unijuí.
Neves, J. L. (1996). Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisa em administração, 1(3), 1-5.
Nicola, J. A., & Paniz, C. M. (2017). A importância da utilização de diferentes recursos didáticos no Ensino de Ciências e Biologia. InFor, 2(1), 355-381.
Nóbrega, M. R. A., da Silva, J. P., & Silva, L. R. C. (2018). Material Didático e suas Potencialidades nas Aulas de Matemática.
Nogaro, A., & Granella, E. (2004). O erro no processo de ensino e aprendizagem. Revista de Ciências Humanas, 5(5), 31-56.
Oliveira, A. A. (2010). Observação e entrevista em pesquisa qualitativa. Revista FACEVV, (4), 22-27.
Oliveira, A. J. (2022). A Educação Brasileira entre a visão de ensino tradicional e construtivismo. Brazilian Journal of Development, 8(1), 4270-4286.
Oliveira, M. R. (2013). A educação virando jogo: análise do uso de materiais didáticos lúdicos na formação de professores de Ciências Biológicas (Dissertação de Mestrado).
Oliveira, O. B. de & Trivelato, S. L. F. (2006). Prática docente: o que pensam os professores de ciências biológicas em formação? Anais da XIII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13).
Pais, L. C. (2000). Uma análise do significado da utilização de recursos didáticos no ensino da geometria. Anais da 23ª Reunião da Anped.
Santos, D. Y. A. C., & Ceccantini, G. (2004). Propostas para o Ensino de Botânica: manual do curso para atualização de professores dos ensinos fundamental e médio. https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjZya6FiILNAhXBKiYKHditAAgQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww2.ib.usp.br%2Findex.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%26gid%3D46%26Itemid%3D98&usg=AFQjCNEqjmMjDdKLbR4nlznozCSDAhmfCQ&sig2=0pYoERDFEA_qreMLpFS57Q.
Santos, E. M. dos. (2012). Avaliação dos Recursos Didáticos e Estratégias utilizadas no Ensino de Ciências.
Santos, S. E. (2013). Produção de catálogo com links de animação da internet como ferramentas para auxiliar o ensino de Botânica no ensino Fundamental e Médio.
Silva, J. C. (2007). Literatura de cordel: uma fazer popular a caminho da sala de aula (Dissertação de Mestrado).
Silva, A. A., Mauriz, T. M., Ayres, M. C., Ramos, J. C. F., Costa, C. R., & Santos, R. C. (2021). Uso de modelos didáticos no ensino de Ciências no ensino fundamental sob a perspectiva dos professores. Somma: Revista Científica do Instituto Federal do Piauí, 7(1), 1-20.
Silva, J. N., & Ghilardi-Lopes, N. P. (2014). Botânica no Ensino Fundamental: diagnósticos de dificuldades no ensino e da percepção e representação da biodiversidade vegetal por estudantes. REEC: Revista electrónica de enseñanza de las ciencias, 13(2),115-136,.
Silva, M. do A. dos S., Soares, I. R., Alves, F. C., & Santos, M. de N. B. (2012, outubro). Utilização de Recursos Didáticos no processo de ensino e aprendizagem de Ciências Naturais em turmas de 8º e 9º anos de uma Escola Pública de Teresina no Piauí. Anais eletrônicos do VII Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (Palmas, TO, Brasil, 7).
Silva, M. G., Dias, M. A. da Silva, & de Aragão, P. C. (2019). A Literatura de Cordel no ensino de ciências: um olhar para os folhetos do poeta Manoel Monteiro.
Silva, M. O. (2007). No desvelar de polêmicas contemporâneas, o desafio do ensino de biologia (Dissertação de Mestrado).
Silva, P. G. P. da. (2008). O ensino da botânica no nível fundamental: um enfoque nos procedimentos metodológicos (Tese de Doutorado).
Silva, S. P., Arcanjo, J. G., Souza, H. C. B., Silva, R. M. S., Souza, C. O., Lucena, C. S., Araújo, W. E., Lucena, K. G. M., & Tenório, A. C. (2008). Literatura de cordel: linguagem, comunicação, cultura, memória e interdisciplinaridade. Raído, 4(7), 303-322.
Soares, A. C. G., Tarifa, A. P., & Marinho, S. A. L. (2014). Os encantos da literatura de cordel. Anais do II Encontro PIBID/CAPES/FAI (Adamantina, SP, Brasil, 2).
Souza, S. E. (2008). O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Anais eletrônicos do I Encontro de pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “infância e práticas educativas”, Maringá, PR, Brasil, 13.
Souza, F. P., Pereira, R. M., & Pires, D. A. T. (2022). A experiência em docência e os obstáculos para o ensino de Química. Research, Society and Development, 11(3), 1-14.
Taquette, S. R., & Borges, L. (2021). Pesquisa qualitativa para todos. Editora Vozes.
Trópia, G. (2009). Relações dos alunos com o aprender no ensino de biologia por atividades investigativas (Dissertação de Mestrado).
Vieira, M. F. (2010). A literatura de cordel: significativa ferramenta para prática de produção de texto. 54p. Núcleo de Pós Graduação em Letras (Especialização em Teoria e Prática Textual).
Zanon, D. A. V., Guerreiro, M. A. S., & Oliveira, R. C. (2008). Jogo didático ludo químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, 13(1), 72-81.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Raiza Batista Torres Nascimento; Luana Marina de Castro Mendonça; Elizamar Ciríaco da Silva; Joanna Angélica Melo de Andrade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
