Percepções da humanização na atuação profissional de psicólogas em um hospital escola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28376

Palavras-chave:

Psicologia; Humanização; Hospital.

Resumo

Levando em consideração como o profissional da Psicologia concebe o indivíduo e como as diretrizes e os princípios da política de humanização direcionam o cuidado, percebe-se uma aproximação entre o psicólogo e o construto da humanização. Sendo assim, torna-se imprescindível compreender como esse profissional, tão importante para que haja a implementação da prática dessa política, compreende o significado de humanização e como visualiza, em seu cotidiano, sua prática em consonância a esse construto. Objetiva-se acessar a compreensão de profissionais da Psicologia sobre o conceito de humanização, além de analisar em que medida as condutas humanizadas contemplam sua compreensão do conceito, bem como identificar os aspectos que favorecem ou não tal prática. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e qualitativa, possuindo como método a análise de conteúdo, a partir das respostas a uma entrevista elaborada para contemplar os objetivos estudo. Foi possível compreender que as profissionais de Psicologia possuem amplo conhecimento sobre a concepção de humanização. Observou-se que este conhecimento vai muito além do que conseguem implementar na prática profissional. Tal prática encontra diversos dificultadores para atingir um caráter idealmente humanizado, uma vez que se mostraram resistentes, atravessando o cotidiano da assistência. Foram identificados menor quantidade de facilitadores quando comparados aos dificultadores. Todavia, tais facilitadores mostraram-se ser um suporte relevante para que as profissionais tentem, no seu cotidiano, superar os desafios para realização de uma assistência humanizada e de qualidade.

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Publicado

12/04/2022

Como Citar

MENDES, M. C.; VALERI, B. O. Percepções da humanização na atuação profissional de psicólogas em um hospital escola. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e45811528376, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.28376. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28376. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde