Transplante renal no Brasil: panorama farmacêutico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28427

Palavras-chave:

Sistema Nacional de Transplantes; Tratamento; Custos de transplantes renal no Brasil.

Resumo

O Sistema Único de Saúde brasileiro se destaca a nível mundial pela cobertura gratuita que fornece suporte assistencial completo e de qualidade para pacientes portadores de doença renal crônica, aos quais muitas vezes são direcionados para a lista de transplantes como recurso elegível em última instância de tratamento. O Sistema Nacional de Transplantes do país é conhecido em todo o mundo por ter planejamento, logística, tratamento medicamentoso e acompanhamento efetivos para estes pacientes. Na fase pós realização do procedimento de transplante, os indivíduos necessitam de tratamento com medicamentos imunossupressores como a azatioprina, ciclosporina, tacrolimo e prednisona, que são fornecidos em sua integralidade por programas do Ministério da Saúde a fim de evitar rejeição do órgão. Uma análise entre as opções terapêuticas disponíveis no mercado mostra que, dentre os medicamentos prescritos o melhor custo-benefício com aumento de sobrevida foi observado em pacientes utilizando esquema com azatioprina, prednisona e tacrolimo ao invés da ciclosporina que era a opção de escolha mais difundida anteriormente. Numa análise de custos gerados com o processo cirúrgico, acompanhamento clínico multidisciplinar e tratamento contínuo após o transplante são mensurados por meio de bases de dados que possuem valores pré-fixados e são utilizadas para levantamento dos valores agregados aos atendimentos de cada paciente, em que posteriormente é faturado e repassado para as instituições. No que tange o tratamento, os receptores apresentam melhor qualidade de vida e tratamento com a utilização do esquema terapêutico com tacrolimo na terapia de manutenção reduzindo as chances de readmissão.

Referências

Bastos, M. G., Kirsztajn, G. M. (2011). Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. J BrasNefrol.

Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil. Lei nº 10.211 de 23 de março de 2001. Subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil; 2001.

Coeli, C. M., Camargo Jr, K. R.D. (2002). Avaliação de diferentes estratégias de blocagem no relacionamento probabilístico de registros. Rev. Bras. de Epidem, 5, 185-196.

Costa, C. K. F., Balbinotto Neto, G., & Sampaio, L. M. B. (2014). Eficiência dos estados brasileiros e do Distrito Federal no sistema público de transplante renal: uma análise usando método DEA (Análise Envoltória de Dados) e índice de Malmquist. Cad. S. Pub; 30, 1667-1679.

De Faria Lima, A. A. (2012). Doação de órgãos para transplante: conflitos éticos na percepção do profissional. Mun. da saúde. São Paulo, 36(1), 27-33.

Fernanda, T.; Flavia, L. S.; Fernanda, C. O. S.; Jaqueline, J. A. (2020). Análise da segurança do uso de imunossupressores por pacientes insuficientes renais.

Fuzinatto, C, Delagnolli, R., Marin, S. M., Maissiat, G. S. (2013). Adhe-sión al tratamiento inmunosupresor en pacientes después del trasplante renal: estudio descriptivo-exploratorio. Online braz. j. nurs. [Internet].

Guerra, A. A., Acúrcio, F. D. A., Andrade, E. I. G., Cherchiglia, M. L., et al.(2010). Ciclosporina versus tacrolimus no transplante renal no Brasil: uma comparação de custos. Cad. S. Pub; 26, 163-174.

Martins, B. C. C., De Souza, T. R., Luna, Â. M. P. T., De França, F. M. M., et al. (2012). Atenção farmacêutica para pacientes transplantados em um hospital universitário: intervenções farmacêuticas realizadas. Universidade Federal do Ceará.

Mathur, A. K., Ashby, V. B., Sands, R. L., Wolfe, R. A. (2010). Geographic variation in end-stage renal disease incidence and access to deceased donor kidney transplantation. Am J Transp, 10(4) 1069-80.

Medina Pestana, J. (2017) Clinical outcomes of 11,436 kidney transplants performed in a singgle center – Hospital do Rim. J Bras Nefrol; 39:294-302.

Medina, P. J. O., Galante, N. Z., Harada, K. M., Garcia, V. D., et al. (2011). O contexto do transplante renal no Brasil e sua disparidade geográfica. Braz. Journ. of Nephrol, 33, 472-484.

Oliveira, M. L. D., Santos, L. M. P., & Silva, E. N. D. (2014). Bases metodológicas para estudos de custos da doença no Brasil. Rev. de Nut;27, 585-595.

Orlandi, et al. (2015). Evolução a longo prazo no transplante renal de idosos. J. Bras. Nefrol. 37 (2). Abr-jun.

Orme, M. E., Jurewicz, W. A., Kumar, N., McKechnie, T. L. (2003) The cost effectiveness of tacrolimus versus microemulsified cyclosporin: a 10-year model of renal transplantation outcomes. Pharmacoeconomics; 21:1263-76.

Palloma, A. Mello, B. G. R., William, N. O., Thays, S. Mendonça, C. P. D. (2021). Nefrotoxicidade e alterações de exames laboratoriais por fármacos: revisão da literatura. Rev Med (São Paulo). mar.-abr.;100(2):152-61.

Pereira, A. S. et al. (2018) et al. Metodologia da pesquisa científica. 1ª edição. Universidade Federal de Santa Maria.

Piovesan, A., et al. (2018). Estado atual do transplante renal no Brasil e sua inserção no contexto mundial. Rev de Med, 97(3), 334-339.

Queiroz, O. V. D., Guerra Júnior, A. A., Machado, C. J., Andrade, E. L. G., et al. (2009). A construção da Base Nacional de Dados em Terapia Renal Substitutiva (TRS) centrada no indivíduo: relacionamento dos registros de óbitos pelo subsistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade (Apac/SIA/SUS) e pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)- Brasil 2000-2004. Epidem. eServ de S, 18(2), 107-120.

Rebafka, A. (2016). Medication Adherence After Renal Transplan-tation—a Review of the Literature. Journal of renal care [In-ternet].

S. B. Silva et al. (2016) Cost comparasion of kidney transplant versus dialysis in Brazil – Cadernos de Saúde Pública 32 6.

Schroeter, G., Trombetta, T., Faggiani, F. T., Goulart, P. V, et al. (2012). Terapia anti-hipertensiva utilizada por pacientes idosos de Porto Alegre/RS, Brasil. SciMed; 17(1), 14-9.

Schweitzer, E. J, Wiland, A., Evans, D., Novak, M., et al. (1998). The shrinking renal replacement therapy “break-even” point1. Transplant; 66(12), 1702-1708.

Silva, H. A. R. (2015). Paciente transplantado e a imunossupressão. Universidade Fernando Pessoa. Porto.

Tizo, J. M., Macedo, L. C. (2015) Principais complicações e efeitos colaterais pós-transplante renal. Rev. Unin Rev.;24(1): 62-70.

Downloads

Publicado

10/04/2022

Como Citar

GUERRA, S. K. S. .; NÓBREGA, Ítala M. F. da .; RANDAU, K. P. . Transplante renal no Brasil: panorama farmacêutico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e39611528427, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.28427. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28427. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão