Modulação autonômica de pacientes renais crônicos em hemodiálise
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28456Palavras-chave:
Variabilidade da frequência cardíaca; Sistema Nervoso Autônomo; Doença Renal Crônica; Diálise.Resumo
A doença renal crônica pode evoluir para complicações cardiovasculares e essas complicações podem resultar em maior deterioração da função renal, sendo a diálise uma opção terapêutica extrema. A Variabilidade da Frequência Cardíaca é um método não invasivo para avaliação do desequilíbrio simpatovagal do controle dos batimentos cardíacos, auxiliando na detecção precoce de disfunções cardiovasculares. O objetivo foi identificar padrões de variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, tanto por análise linear quanto não linear. Foram amostrados um grupo de 27 pacientes com insuficiência renal em tratamento de hemodiálise e um grupo controle de 21 indivíduos saudáveis. Os intervalos RR foram capturados com um aparelho Polar® com indivíduos em decúbito dorsal por 20 minutos. Um total de 1.000 intervalos consecutivos foram selecionados e parâmetros lineares e não lineares foram considerados para a análise. Foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk, o teste de Mann-Whitney e o teste de Spearman. Entre os achados com significância estatística, foram encontradas reduções nos índices RMSSD e pNN50, e nos índices SD1 e SD2, ao passo que se observaram aumentos na porcentagem de recorrência e na entropia. Há uma correlação negativa significativa entre a idade e os valores do índice SD1. Pacientes com insuficiência renal apresentam menor modulação autonômica do ramo parassimpático. Os índices não lineares no domínio Caos foram mais precisos na identificação de disfunções autonômicas, refletindo melhor a complexidade dos sistemas orgânicos.
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