Potencial do UXI amarelo (Endopleuta uchi) no tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em pessoas com obesidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28488

Palavras-chave:

Doença Hepática; Gordurosa; Não alcoólica; Obesidade; Uxi Amarelo.

Resumo

Introdução: A Obesidade e a DHGNA são doenças que vêm crescendo de forma proporcional, estima-se que no ano de 2025, cerca de 700 milhões de pessoas sejam acometidas pela obesidade, enquanto 20% da população global venha contrair Esteatose Hepática. E, em ambas as doenças, o tratamento ocorre com a mudança de estilo de vida (dieta, exercícios, e, principalmente, a perda de peso), por isso, a utilização de métodos adicionais podem aumentar a eficácia no seu tratamento. Objetivos: O objetivo desse estudo é analisar os efeitos da utilização do Uxi Amarelo (Endopleura Uchi) na eficácia do tratamento da Doença Hepática Gordurosa não-alcóolica em pessoas obesas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória com o tipo de abordagem qualitativa. Resultados e Discussão: O Uxi Amarelo apresenta características físico-químicas com pH ácido, com relação ao peso, apresenta uma diferença significante com relação aos achados na literatura, já parte comestível representa apenas 4,08% do fruto. No que diz respeito a sua composição nutricional é um fruto com alto valor energético, alto teor lipídico e baixo teor proteico. Além disso o seu uso no tratamento de DHGNA em animais, teve grande eficácia, por estar presente uma substância denominada Bergenina, com propriedades hepatoprotetores e antioxidantes, que agem no estresse metabólico e diminuem a quantidade de enzimas hepáticas, e assim contribui para a melhora dos hepatócitos na DHGNA. Conclusão: Uxi Amarelo pode ser utilizado como um método adicional no tratamento da DHGNA, porém, novos estudos devem ser realizados para compreender seu mecanismo ação para melhora dos hepatócitos.

Referências

Abrantes, K. A. S. (2016). Desenvolvimento e otimização de produto seco por aspersão de Endopleura uchi (Uxi-Amarelo). Universidade Federal do Amazonas (UFAM), RELATÓRIO FINAL PIBIC/PAIC, http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5266.

Al-Dayyat, H., Rayyan, Y., & Tayyem, R. (2018). Non-alcoholic fatty liver disease and associated dietary and lifestyle risk factors. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, 12(4), 569- 575.

Álvares-Da-Silva, M. R. (2012). DHGNA no Paciente com Obesidade. In: Sociedade Brasileira De Hepatologia. Doença hepática gordurosa não alcoólica. Revista Monotemático. Editora Atha, 6 https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.sbhepatologia.org.br/pdf/revista_monotematico_hepato.pdf&ved=2ahUKEwiftI_vgN7yAhXfqpUCHXU7CiwQFn oECAMQBg&usg=AOvVaw0MDXWi8sztprG0b83OCYUk

Angelucci, A. P., & Mancini, M. C. (2015). Fisiopatologia da Obesidade e da Ciclicidade do Peso. In: Mancini, M. C. et al. Tratado de Obesidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 147 – 179.

Araújo, L. M. B., Daltro, C. L., Cotrim, H. P. (2015). Esteatose Hepatite Não Alcoólica e Síndrome Metabólica, In: Mancini, M. C. et al. Tratado de Obesidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 868 – 883.

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica ABESO. Mapa da Obesidade. https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa- da-obesidade/

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABESO. (2019). Diretrizes brasileiras de obesidade. ABESOhttps://abeso.org.br/wp- content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf.

Barros, F. (2016). Correlação da doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica em pacientes obesos mórbidos em preparo pré-operatório para cirurgia bariátrica. Arq Bras Cir Dig, 29(4), 260-263, https://www.scielo.br/pdf/abcd/v29n4/pt_0102- 6720-abcd-29-04-00260.pdf.

Bezerra, V. S., Pereira, S. S. C., & Ferreira, L. A. M. (2006). Características físicas e físico- quimicas do Uxi (Endopleura uchi Cuatrec). In: Congresso Brasileiro De Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras E Biodiesel, 3., Varginha.

Biodiesel. (2006). Evolução tecnológica e qualidade: anais. Lavras: UFLA, 379-383 http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/345132

Branco, N. V. et al. (2018). Efeito do chá de uxi (Endopleura uchi) na esteatose hepática. Rev Soc Bras Clin Med. 16(1), 25-9.

Carvalho, K. M. B., & Dutra, E. S. (2014). Obesidade. In: CUPPARI, Lilian. Guia de Nutrição Clínica no adulto. 3ª ed. Barueri, SP: Manole, 185 – 214.

Coelho, B. C. (2020). Perfil Cliníco-Epidemiológico dos Pacientes com doenças Hepática Não Gordurosa Alcoolica Acompanhados no Serviço de Gastroenterologia do Hospital Geral de Fortaleza. Monografia (Residência em Gastroentologia), Escola de Saúde Pública/CE, Hospital Geral de Fortaleza. http://hdl.handle.net/123456789/461

Cotrim, Helma. (2009). Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica: História Natural. Gazeta Médica da Bahia, Salvador, 79 (Supl.2), 46-47.

Cuppari, L. (2009). Nutrição nas Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. Barueri, SP: Manole, 538.

Delgado, L. F. et al. O consumo alimentar de adultos jovens com obesidade e sua relação com a doença hepática gordurosa não alcóolica. Editora Conhecimento Livre. Piracanjuba – GO, 115p.

Deslauriers, J., & Kérisit, M. (2008). O delineamento de pesquisa qualitativa. In: POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa: Enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 127-153.

Ferreiral, A. P. S., Szwarcwaldll, C., Landmann, & Damacenall, G. N. (2013). Prevalência e fatores associados da obesidade na população brasileira: estudo com dados aferidos da Pesquisa Nacional de Saúde. Rev. Bras. Epidemiol. Rio de Janeiro, 1-14.

Fonseca, F. C. F. (2019). Avaliação do efeito protetor da Bergenina e do extrato seco de Endopleura uchino no tratamento da obesidade e da esteatose hepática induzida em camundongos. 102 f. Tese (Doutorado em Biotecnologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7589.

Freitas, R. De., & Mendonça, S. B. De. (2019). Hepatopatias: Fitoterápicos e Interferentes Laboratoriais. Trabalho de Conclusão de Concurso (Bacharel em Farmácia), Faculdade União de Goyazes, Trindade/GO, https://unigy.edu.br/downloads/repo_tcc/FAR/2019_2/FAR%2011%202019-2.pdf

Guaratini, T., Medeiros, M. H. G., & Colepicolo, Pio. (2007). Antioxidantes Na Manutenção Do Equilíbrio Redox Cutâneo: Uso E Avaliação De Sua Eficácia. Quim. Nova, 30(1), 206-213, https://www.scielo.br/j/qn/a/XTvK9v4XQcjQF8fvPZ4Wyfx/?lang=pt

Hasse, J. M., & Matarese, L. E. (2013). Terapia Nutricional para Doenças Hepatobiliares e Pancreáticas. In: Krause Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 1289 – 1296.

Lyra, R., Oliveira, M., & Cavalcanti, N. (2015). Avaliação do Paciente com obesidade e Síndrome Metabólica. In: Mancini, M. C., et al. Tratado de Obesidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 532 – 548.

Nascimento-Júnior, B. J. de. (2020). Anatomia Humana: Sistemática Básica. Petrolina, PE: UNIVASF, 228.

Neves, L. C., et al. (2012). Characterization Of The Antioxidant Capacity Of Natives Fruits From The Brazilian Amazon Region. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, 34(4), 1165-1173.

Oliveira, C. P. M. S. (2012). Aspectos da Fisiopatogenia. In: Sociedade Brasileira De Hepatologia. Doença hepática gordurosa não alcoólica. Revista Monotemático. Editora Atha, 8.

Reisner, H. M. (2015). Patologia: Uma Abordagem por Estudo de Casos. 1º edição, Editora AMGH, 624.

Rolim, C.S. S., et al. (2020). Análise da composição centesimal, físico-química e mineral da polpa e casca do fruto de Endopleura uchi. Braz. J. of Develop., Curitiba, 6(3), 16368-16383, https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/8299/7154 Acesso em: 10 de set. de 2021.

Santos, M. S. T., et al. (2021). A influência da obesidade na doença hepática gordurosa não alcoólica. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, 4(2), 5021-5033, https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/26065/20669.

Schinoni, Maria Isabel. (2006). Fisiologia Hepática. Gazeta Médica da Bahia, Salvador, 5-9.

Shanley, P., & Carvalho, U. (2005). Uxi: Endopleura uchi Cuatrec. In: Shanley, Patricia; Medina, Gabriel. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Belém: CIFOR, Imazon, 147 – 158.

Silva, M. C. P., et al. (2019). A Importância do Farmacêutico Frente ao Uso de Fitoterápicos no Tratamento da Obesidade. Mostra Científica em Farmácia, 6(1), http://reservas.fcrs.edu.br/index.php/mostracientificafarmacia/article/view/3517.

Simão, M. C. S. A., et al. (2020). Abordagem terapêutica para a prevenção das complicações da doença hepática gordurosa não alcoólica em obesos: revisão narrativa. Rev. Eletrônica Acervo em Saúde, suplementar 58, 8. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/3881.

Souza, L. L., Guedes, E. P., & Benchimol, A. K. (2015). Definições Antropométricas da Obesidade. In: Mancini, M. C. et al. Tratado de Obesidade. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 56 – 68.

Tavares, T. B., Nunes, S. M., & Santos, M. O. (2010). Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura. Rev Med Minas Gerais, 20(3), 359-366. http://rmmg.org/artigo/detalhes/371

Vieira, K. A., et al. (2020). Tratamento Nutricional na Doença Hepática Não Alcoólica: Aspectos Relevantes na Composição de Macronutrientes. Demetra, 15, 15 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/43955.

Vilar, L. (2013). Endocrinologia Clínica. 5ª edição, Rio de Janeiro/ RJ: Guanabara Koogan, 1114.

Wanderley, E. N., & Ferreira, V.A. (2010). Obesidade: uma perspectiva plural. Ciências & Saúde Coletiva, 15(1), 185 - 194, https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csc/v15n 1/a24v15n1.pdf.

World Health Organization (WHO). (2004). Global strategy on diet, physical activity and health. Fiftyseventh world health assembly [monograph on the Internet]. http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA57/A57_R17-en.pdf WHA57.17.

Downloads

Publicado

08/04/2022

Como Citar

MONTEIRO, L. T. H. .; FREITAS, F. M. N. de O.; FERREIRA, J. C. de S. Potencial do UXI amarelo (Endopleuta uchi) no tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em pessoas com obesidade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e31511528488, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.28488. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28488. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão