Segurança do paciente em unidade de terapia intensiva: resgate histórico e reflexões
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28502Palavras-chave:
Segurança do Paciente; Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva; Eventos Adversos; Ensino em saúde.Resumo
Objetivo: Realizar uma reflexão teórica acerca de como os dados epidemiológicos se interrelacionam com o resgate histórico de segurança do paciente, e ainda refletir como a assistência de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva é protagonista em ações diretas para redução de Eventos adversos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo análise reflexiva, que está sistematizado em dois momentos: uma revisão narrativa que possibilitou o desenvolvimento teórico e conceitual da referida temática e posterior análise entre os conceitos adjacentes. Resultados: A partir do desenvolvimento teórico, foi verificada a necessidade de melhorar a compreensão do contexto em que pessoas são prejudicadas durante a assistência à saúde, para direcionar as políticas públicas voltadas à qualidade dos serviços. Na análise subsequente, o estudo dos eventos adversos demonstrou a importância dos indicadores de risco, pois estes permitem mensurar o distanciamento existente entre a assistência prestada e o cuidado ideal, fornecendo informações indispensáveis para a construção de um sistema de saúde mais seguro. Logo, o estabelecimento das seis metas internacionais na Aliança Mundial para a segurança do paciente permitem melhorar a assistência em áreas consideradas de maior risco. Considerações Finais: Dessa forma, para a administração hospitalar, acima de tudo na Unidade de Terapia Intensiva, a revisão dos eventos adversos é uma estratégia imprescindível para um bom gerenciamento de riscos, pois proporciona a melhor gestão de incidentes, a redução de perdas e custos inerentes aos eventos adversos, facilitando a tomada de decisões e planejamentos, e coadjuvando na melhoria da segurança do paciente.
Referências
Aguiar, T. L., Lima, D. S., Moreira, M. A. B., Santos, L. F. D., & Ferreira, J. M. B. B. (2020). Incidentes de segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde (APS) de Manaus, AM, Brasil. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 24.
Amaral, R. T. (2018). Práticas assistenciais e ocorrências de eventos adversos: percepção dos enfermeiros. 1-119.
Araújo, L. M. D. (2016). A segurança do paciente sob a ótica dos profissionais de enfermagem intensivistas (Master's thesis, Brasil). 1-80.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. (2016). Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2016. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/07/Modulo_6_Implantacao_Nucleo_de_Seguranca.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2014). Fundação Oswaldo Cruz. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_seguranca.pdf
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2015). Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Monitoramento e Investigação de Eventos Adversos e Avaliação de Práticas de Segurança do Paciente. Anvisa, 1–86. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/plano_integrado-1.pdf
Brasil. Ministério da Saúde (2021). Plano integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em serviços de saúde 2021-2025. Brasília: Ministério da Saúde. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/plano-integrado-2021-2025-final-para-publicacao-05-03-2021.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2013a). PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html
Brasil. Ministério da Saúde. (2013b). PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS. Brasília: Ministério da Saúde. https://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_meficamentos.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2013c). PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA. Brasília: Ministério da Saúde. https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/0000024279j862R.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2013d). PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS. Brasília: Ministério da Saúde. https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Protocolo%20-%20Preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20Quedas.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2013e). PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO. Brasília: Ministério da Saúde. https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/000002429jFPtGg.pdf
Carvalho, N.S., Lima, J. & Araújo, C. L. O. (2017). EVENTOS NOTIFICADOS EM UMA UTI DE UM HOSPITAL PRIVADO, CERTIFICADO DO VALE DO PARAÍBA–SÃO PAULO, BRASIL. Santa Maria, 43(3), 265-345.
Donabedian, A. (1980). Explorations in Quality Assessment and Monitoring, Volume I, The Definition of Quality and Approaches to Its. Assessment. Ann Arbor, MI: Health Administration Press.
Duarte, S. C. M, Stipp, M. A. C., Silva, M. M. & Oliveira, F. T (2015). Eventos adversos e segurança na assistência de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 68(1), 144-54.
Ducci, A. J. (2015). Segurança do paciente em Unidades de Terapia Intensiva: fatores dos pacientes, estresse, satisfação profissional e cultura de segurança na ocorrência de eventos adversos (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo). 1-289.
Fermo, V. C., Radünz, V., Rosa, L. M. D., & Marinho, M. M. (2015). Cultura de segurança do paciente em unidade de Transplante de Medula Óssea. Revista Brasileira de Enfermagem, 68, 1139-1146.
Guerra, T. D. R. B., & Mesquita, E. T. (2020). Visão metabolômica envolvendo depressão e insuficiência cardíaca: uma análise reflexiva. Research, Society and Development, 9(8), e455986035-e455986035.
Gomes, A. D. (2015). Erros de prescrição de medicamentos de alta vigilância em um hospital terciário do Distrito Federal. 1-67.
Gonçalves, L. A. (2011). Segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva: carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a ocorrência de eventos adversos e incidentes (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Kolankiewicz, A. C. B., Schmidt, C. R., Carvalho, R. E. F. L. D., Spies, J., Dal Pai, S., & Lorenzini, E. (2020). Cultura de segurança do paciente na perspectiva de todos os trabalhadores de um hospital geral. Revista Gaúcha de Enfermagem, 41.
Leitão, I. M. T. A., Oliveira, R. M., de Sá Leite, S., Sobral, M. C., Figueiredo, S. V., & Cadete, M. C. (2013). Análise da comunicação de eventos adversos na perspectiva de enfermeiros assistenciais. Rev Rene, 14(6), 1073-1083.
Lima, L. M., Gonçalves, S. D. S., Rodrigues, D. P., Araújo, A. D. S. C., Correia, A. D. M., & Viana, A. P. D. S. (2017). Cuidado humanizado às mulheres em situação de abortamento: uma análise reflexiva. Rev. enferm. UFPE on line, 5074-5078.
Lobão, W. M. (2012). Construção, validação e normatização da escala de predisposição à ocorrência de eventos adversos (EPEA). 1-100.
Maia, C. S., Freitas, D. R. C. D., Gallo, L. G., & Araújo, W. N. D. (2018). Notificações de eventos adversos relacionados com a assistência à saúde que levaram a óbitos no Brasil, 2014-2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 27.
Mendes, W., Martins, M., Rozenfeld, S., & Travassos, C. (2009). Avaliação de eventos adversos em hospitais no Brasil. International Journal for Quality in Health Care, 21 (4), 279-284.
Menezes, P. C. M., Alves, É. S. R. C., Araújo Neto, S. A. D., Davim, R. M. B., & Guaré, R. D. O. (2017). Síndrome de Burnout: uma análise reflexiva. Rev. enferm. UFPE on line, 5092-5101.
Moreira, I. A. (2018). Notificação de eventos adversos: o saber e o fazer de enfermeiros. 1-106.
Nascimento, CCP, Toffoletto, MC, Gonçalves, LA, Freitas, WDG, & Padilha, KG (2008). Indicadores de resultados da assistência: análise dos eventos adversos durante a internação hospitalar. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 16, 746-751.
Ortega, D. B., D’Innocenzo, M., Silva, L. M. G. D., & Bohomol, E. (2017). Análise de eventos adversos em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, 30, 168-173.
Pachá, HHP, Faria, JIL, Oliveira, KAD, & Beccaria, LM (2018). Lesão por Pressão em Unidade de Terapia Intensiva: estudo de caso-controle. Revista Brasileira de Enfermagem, 71, 3027-3034.
Paranaguá, T. T. D. B., Bezerra, A. L. Q., Silva, A. E. B. D. C., & Azevedo Filho, F. M. D. (2013). Prevalência de incidentes sem dano e eventos adversos em uma clínica cirúrgica. Acta Paulista de Enfermagem, 26, 256-262.
Peixoto, S. K. R., Pereira, B. M., & Silva, L. C. S. (2016). Checklist de cirurgia segura: um caminho à segurança do paciente. SAÚDE & CIÊNCIA EM AÇÃO, 2(1), 114-129.
Perão, OF, Zandonadi, GC, Rodríguez, AH, dos Santos Fontes, M., do Nascimento, ERP, & dos Santos, EKA (2017). Segurança do paciente em unidade de terapia intensiva de acordo com a teoria Wanda Horta. Cogitare Enfermagem, 22 (3).
Pinheiro, M. A. R., Costa, I. K. F., da Cruz Matos, J., Júnior, B. S. S., de Albuquerque, A. M., da Silva, R. A. R., ... & de Mendonça, A. E. O. (2020). Instrumentos de avaliação da cicatrização de lesões por pressão: revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(11), e65991110292-e65991110292.
Raimondi, D. C., Bernal, S. C. Z., de Souza, V. S., de Oliveira, J. L. C., & Matsuda, L. M. (2017). Higienização das mãos: adesão da equipe de enfermagem de unidades de terapia intensiva pediátricas. Revista Cuidarte, 8(3), 1839-1848.
Reis, C. T. (2013). A cultura de segurança do paciente: validação de um instrumento de mensuração para o contexto hospitalar brasileiro (Doctoral dissertation). 1-217.
Reis, C. T., Martins, M., & Laguardia, J. (2013). A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde: um olhar sobre a literatura. Ciência & saúde coletiva, 18, 2029-2036.
Roque, KE, Tonini, T., & Melo, ECP (2016). Eventos adversos na unidade de terapia intensiva: impacto na mortalidade e no tempo de internação em um estudo prospectivo. Cadernos de Saúde Pública, 32.
Silva, A. T., Alves, M. G., Sanches, R. S., Terra, F. D. S., & Resck, Z. M. R. (2016). Assistência de enfermagem e o enfoque da segurança do paciente no cenário brasileiro. Saúde em debate, 40, 292-301
Teixeira, C. A. B., Reisdorfer, E., & Gherardi-Donato, E. C. S. (2014). Estresse Ocupacional e Coping: reflexão acerca dos conceitos ea prática de enfermagem hospitalar. Rev Enferm UFPE Online, 8(supl 1), 2528-32.
Toffoletto, M. C. (2008). Fatores associados aos eventos adversos em unidade de terapia intensiva (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo). 1-150.
Vincent, C., Neale, G., & Woloshynowych, M. (2001). Eventos adversos em hospitais britânicos: revisão preliminar de registros retrospectivos. Bmj, 322 (7285), 517-519.
Wilson, RM, Runciman, WB, Gibberd, RW, Harrison, BT, Newby, L., & Hamilton, JD (1995). A qualidade no estudo de saúde australiano. Medical journal of Australia, 163 (9), 458-471.
Zambon, L. S. (2014). Segurança do paciente em terapia intensiva: caracterização de eventos adversos em pacientes críticos, avaliação de sua relação com mortalidade e identificação de fatores de risco para sua ocorrência (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo). 1-219.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jhonatan Duarte Silva de Sá; Martiniano de Araújo Rocha; Emilly Rafaela Rodrigues Jorge; Lucas Carvalho Viana ; Marcelo Hubner Moreira; Janine Silva Ribeiro Godoy ; Niara Moura Porto; Patrick Assunção Mourão ; Carla Araújo Bastos Teixeira; Iracema Sousa Santos Mourão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.