Exames laboratoriais de glicose, ureia e creatinina em pessoas iniciando a terapia antirretroviral com dolutegravir ou efavirenz: estudo de coorte em Belo Horizonte, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28541Palavras-chave:
Tratamento HIV; Terapia antirretroviral combinada; Dolutegravir; Efavirenz; Exames laboratoriais.Resumo
Objetivo: Monitorar os exames laboratoriais de glicemia, ureia e creatinina em indivíduos virgens de tratamento, iniciando TARV com esquema antirretroviral contendo EFV ou DTG, buscando contribuir para o entendimento da segurança desses medicamentos em uso no mundo real, acompanhados por 72 semanas. Metodologia: Estudo de coorte, com o acompanhamento de pessoas que vivem com HIV e iniciando terapia antirretroviral. Resultados: No grupo que usou dolutegravir, verificou-se aumento nos níveis de creatinina sanguínea em 24 e 48 semanas e glicose em 48 semanas (p=0,017). Naqueles que usaram efavirenz, verificou-se aumento nos níveis de creatinina em 48 semanas (p= 0,007), glicose em 72 semanas (p=0,009) e ureia 48 semanas (p=0,023). Pertencer ao gênero masculino (p=0,044) e apresentar mais que 13 anos de escolaridade (0,044) explicaram a alteração da creatinina. Uso de tabaco (p=0,006), uso de drogas ilícitas (p=0,009) e escolaridade maior ou igual a 13 anos de estudo (p=0,038) foram independentemente associados com as alterações nos níveis de ureia. O esquema terapêutico com efavirenz (OR = 8,20; 95% CI = 1,32-51,05; p=0,024) e escolaridade maior ou igual a 13 anos foram independentemente associados com o aumento na concentração de glicose. Conclusões: O esquema com DTG teve associação com o aumento na creatinina sérica por até 42 semanas, sendo transitório e retornando aos patamares observados antes do início da TARV. O esquema com efavirenz demonstrou estar relacionado com elevação nos níveis de glicose sérica, sendo preferencial a terapia com dolutegravir.
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