Os efeitos das fases do ciclo menstrual no volume total de treinamento de força
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28771Palavras-chave:
Ciclo menstrual; Treinamento resistido; Treinamento de força; Percepção subjetiva de esforço.Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do ciclo menstrual no volume total de treino, associado a percepção subjetiva de esforço em cada fase. A amostra do tipo não probabilística intencional foi integrada por 20 mulheres eumenorreicas, que foram alocadas em dois grupos: Grupo NA (que não utiliza método contraceptivo medicamentoso) composto por dez mulheres; Grupo AT (usuárias de contraceptivos farmacológicos). Para atingir os objetivos propostos a pesquisa realizou um treinamento para membros inferiores até a falha muscular momentânea em quatro diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados obtidos apontam influência do ciclo menstrual no volume total de treino, de modo que no grupo NA as fases apresentaram: ovulatória final > ovulatória inicial > menstrual > lútea. O grupo AT apresentou: ovulatória inicial, ovulatória final e lútea > menstrual, com percepção subjetiva de esforço em ambos os grupos maior para os períodos menstrual e lútea. Os resultados encontrados neste estudo apontam que ocorre influência do ciclo menstrual no volume total de treinamento e na percepção subjetiva de esforço. Observou-se maior desempenho ao realizar um treinamento completo para membros inferiores durante a fase ovulatória, assim como a percepção de fadiga foi maior nas fases menstrual e lútea.
Referências
Bento, T. N. (2016). Avaliação dos níveis de força muscular em diferentes fases do ciclo menstrual.
Celestino, K. D. S. D., Santos, I. F., Santos, A. L. B., & Loureiro, A. C. (2012). Comparação da força muscular de mulheres durante as fases do ciclo menstrual. Cadernos de Cultura e Ciência, 11(1), 42-50.
Chaves, C. P. G., Simão, R., & Araújo, C. G. S. D. (2002). Ausência de variação da flexibilidade durante o ciclo menstrual em universitárias. Revista brasileira de medicina do esporte, 8(6), 212-218.
Coswig, V. S., Silva, J. D., Farias, D. A., Azevedo Raiol, R., & Estevam, E. C. M. (2018). Efeitos das fases do ciclo menstrual e da Síndrome pré-mentrual sobre a aptidão física e percepção subjetiva de esforço em mulheres jovens. Pensar Prát, 21(3), 1-13.
da Cunha, M. P., Magatão, M., Silva, D. F., Queiroga, M. R., da Silva, M. P., & Paludo, A. C. (2021). Efeito do ciclo menstrual no desempenho em exercício físico: uma revisão rápida da literatura. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 15(96), 194-202.
Dias, I., Simão, R., & da Silva Novaes, J. (2005). Efeito das diferentes fases do ciclo menstrual em um teste de 10 RM. Fitness & Performance Journal, 4(5), 288-292.
Lopes, C. R., Crisp, A. H., da Mota, G. R., Avanço, G. A., & Verlengia, R. (2013). A fase folicular influência a performance muscular durante o período de treinamento de força. Pensar a Prática, 16(4).
Loureiro, S., Dias, I., Sales, D., Alessi, I., Simão, R., & Fermino, R. C. (2011). Efeito das diferentes fases do ciclo menstrual no desempenho da força muscular em 10RM. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 17(1), 22-25.
McArdle, W.D., Katch, F. I., & Katch, V. L. (2015). Fisiologia do exercício. Wolters Kluwer Health.
Morales, P. J., Souza, W. C., & Brasilino, F. F. (2018). Análise da força muscular dos membros inferiores em mulheres praticantes de musculação nas diferentes fases do ciclo menstrual. RBPFEX-Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 12(72), 29-37.
Prado, R. C. R., Silveira, R., Kilpatrick, M. W., Pires, F. O., & Asano, R. Y. (2021). Menstrual Cycle, Psychological Responses, and Adherence to Physical Exercise: Viewpoint of a Possible Barrier. Frontiers in Psychology, 12, 133.
Ramos-Favaretto, F. S., Fukushiro, A. P., Scarmagnani, R. H., & Yamashita, R. P. (2019, December). Escala de Borg: um novo método para avaliação da hipernasalidade de fala. In CoDAS (Vol. 31). Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Rezende, F. M. A., Domiciano, T. R., de Oliveira Silva, D. C., Araujo, T. F. V., & Gouvêa, L. F. (2009). Efeito de um treinamento resistido periodizado, conforme as fases do ciclo menstrual, na composição corporal e força muscular. Brazilian Journal of Biomotricity, 3(1), 65-75.
Ribeiro, I. C., Carvalho, L. H. F., Oliveira, A. S., Padovani, C. R., & Borin, J. P. (2020). Força muscular e resistência aeróbia: existem diferenças de desempenho físico durante as fases de dois ciclos menstruais?. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, 19(5), 377-385.
Romero-Parra, N., Cupeiro, R., Alfaro-Magallanes, V. M., Rael, B., Rubio-Arias, J. Á., Peinado, A. B., & Benito, P. J. (2021). Exercise-induced muscle damage during the menstrual cycle: a systematic review and meta-analysis. The Journal of Strength & Conditioning Research, 35(2), 549-561.
Severino, A. J. (2018). Metodologia do trabalho científico. Ed. Cortez. 7.
Steel, Z., Marnane, C., Iranpour, C., Chey, T., Jackson, J. W., Patel, V., et al. (2014). Prevalência global de transtornos mentais comuns: revisão sistemática e meta-análise 1980-2013. Int. J. Epidemiol. 43, 476–493.
Thompson, M. W., Chuter, V. H., Silk, L. N., & Thom, J. M. (2012). Exercise performance over the menstrual cycle in temperate and hot, humid conditions. Medicine and science in sports and exercise, 44(11), 2190-2198.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jéssica Rutenberg; Alessandra Fátima Cezne; Rafael Gemin Vidal
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
