Avaliação do comportamento térmico de compostagem de resíduos agroindustriais e agroflorestais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28857Palavras-chave:
Adubo orgânico; Sustentabilidade; Humificação.Resumo
O aumento do custo dos fertilizantes comerciais e a crescente poluição ambiental fazem do uso de resíduos orgânicos na agricultura uma opção atrativa do ponto de vista econômico devido a ciclagem de carbono e de nutrientes. Dessa forma, a compostagem surge como uma forma eficiente de se obter a biodegradação controlada dos resíduos de natureza orgânica. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou analisar o comportamento da temperatura durante o processo de compostagem de diferentes tipos de materiais, resíduos agroindustriais e agroflorestais. O experimento foi realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, campus Parauapebas entre 30 de outubro de 2018 e 30 de janeiro de 2019, as pilhas de compostagem foram montadas no viveiro de mudas, um galpão aberto com cobertura de sombrite. Os materiais da primeira composteira (Leira 1) foram esterco bovino não curtido + bagaço de cana de açúcar + restos de vegetais + serragem. A segunda composteira (Leira 2) esterco bovino não curtido + serrapilheira + serragem. Foi possível observar que nos primeiros 3 dias a temperatura da primeira Compostagem (Leira 1) se elevou rapidamente, caracterizando o início da atividade microbiana. Ao longo dos 90 dias as pilhas apresentaram odor devido as zonas com excesso de água e consequente anaerobiose, ou seja, o excesso da água não permitiu a passagem de oxigênio no composto. Na primeira etapa do processo da segunda compostagem (Leira 2) a temperatura máxima atingida foi de 32°C no 14° dia. A compostagem é uma alternativa que merece visibilidade sendo uma alternativa economicamente viável e ambientalmente sustentável.
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