A importância do tratamento multiprofissional de um paciente com artrogripose: Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28954

Palavras-chave:

Artrogripose; Reabilitação; Equipe multiprofissional.

Resumo

A artrogripose múltipla congênita (AMC) é uma síndrome rara, definida por um conjunto de malformações congênitas, não progressivas, acompanhada de múltiplas contraturas rígidas. A etiologia não é definida, seu diagnóstico é complexo e 75% das vezes é realizado de forma tardia. O acompanhamento com a equipe multiprofissional é indispensável, visando bem estar e qualidade de vida do paciente. A fisioterapia e deve ser iniciada precocemente, sendo os principais objetivos a aquisição funcional, autonomia em realizar as atividades de vida diária, prevenção de deformidades e marcha independente. O objetivo deste estudo é relatar o caso de um paciente com AMC, bem como a importância do acompanhamento multiprofissional no tratamento, prevenção, melhora e manutenção da qualidade de vida. Trata-se de um relato de caso, realizado em um Centro Especializado em Anomalias Craniofaciais, localizado no oeste do Paraná, a partir de anamnese, exame clínico e físico, entrevista com responsável e atendimentos semanais. Paciente do sexo masculino, com 13 anos, possui artrogripose múltipla congênita distal, a qual foi diagnosticado aos 16 dias de vida. Iniciou acompanhamento com fisioterapia desde os 45 dias, e atualmente faz acompanhamento com a equipe multiprofissional do referido centro. A resposta do plano de tratamento multiprofissional proposto foi muito positiva, fazendo com que o paciente pudesse superar suas dificuldades, realizar adaptações para suas atividades de vida diária, e ter uma melhor qualidade de vida. Importante frisar a necessidade do acompanhamento com uma equipe multiprofissional especializada, tendo em vista a complexidade da AMC.

Referências

Antúnez, N. H., González, C., Cerisola, A., Casamayou, D., Barros, G., Castellet, L. D., & Camarot, T. (2015). Artrogriposis múltiple congénita: análisis de los pacientes asistidos en el Centro de Rehabilitación Infantil Teletón Uruguay. Revista Médica del Uruguay, 31(1), 27-31.

Batista, K. T., Pereira, I. C. C., Monteiro, G. B., Correia, C. Z., & Correia, M. Z. (2019). Qualidade de vida de pacientes com artrogripose múltipla congênita após cirurgia e/ou reabilitação: revisão integrativa. Comunicação Ciências saúde. 30(3), 21-32.

Bayram, Y., Karaca, E., Akdemir, Z. C., Yilmaz, E. O., Tayfun, G. A., Aydin, H., ... & Lupski, J. R. (2016). Molecular etiology of arthrogryposis in multiple families of mostly Turkish origin. The Journal of clinical investigation, 126(2), 762-778.

Brás, R., Veloso, H., Moleiro, M., Rodrigues, S., Inocêncio, G., Mota, C., Soares, G., Rodrigues, M. C., & Braga, J. (2018). Arthrogryposis multiplex congenita affecting a monochorionic diamniotic twin pregnancy. Nascer e Crescer – Birth and Growth Medical Journal; 27(4): 253-257. Doi: 10.25753/BirthGrowthMj.v27.i4.13065.

Busack, B., Ott, C., Henrich, W., & Verlohren, S. (2021). Prognostic significance of prenatal ultrasound in fetal arthrogryposis multiplex congenita. Archieves of Gynecology and Obstetrics. 303(4), 943-953. https://doi.org/10.1007/s00404-020-05828-4.

Carvalho, E. D. F. (2019). Novas correlações fenótipo-genótipo com enfoque em artrogripose múltipla congênita e displasias esquelétic kkk as. Tese de doutorado em biotecnologia. Fortaleza – CE, 2019.

Cavalcante, A. D., Silva, J. A., Santana, A. F. S. G. (2021). Aspectos funcionais no tratamento fisioterapêutico da criança com artrogripose múltipla congênita: uma revisão integrativa. Trabalho de conclusão de curso (TCC) na fisioterapia. Repositório Institucional Tiradentes.

Ribas, S. A., Pinto, E. O., Rodrigues, C. B. (2013). Determinantes do grau de satisfação da dieta hospitalar: Ferramentas para prática clínica. Demetra: alimentação nutrição e saúde. Rio de Janeiro, 8(2), 137-148.

Filges, I., Tercanli, S., & Hall, J. G. (2019). Fetal arthrogryposis: Challenges and perspectives for prenatal detection and management. In America Journaç Medical Genetics Part C: Seminars in Medical Genetics (Vol. 181, N° 3, pp. 327-336). Hoboken, USA: John Wiley & Sons, Inc.

Hall, J. G., Kimber, E., & van Bosse, H. J. (2017). Genetics and classifications. Journal of Pediatric Orthopedics, 37, S4-S8.

Holanda, L. B., & de Azevedo Barros Filho, A. (2006). Métodos aplicados em inquéritos alimentares. Revista Paulista de Pediatria, 24(1), 62-70.

Kowalczyk, B., & Feluś, J. (2016). Arthrogryposis: an update on clinical aspects, etiology, and treatment strategies. Archives of medical science: AMS, 12(1), 10.

Pollazzon, M., Caraffi, S. G., Faccioli, S., Rosato, S., Fodstad, H., Campos-Xavier, B., ... & Garavelli, L. (2021). Clinical and Genetic Findings in a Series of Eight Families with Arthrogryposis. Genes, v. 13, n. 1, p. 29.

Niehues, J. R., Gonzales, A. I., & Fraga, D. B. (2014). Intervenção fisioterapêutica na artrogripose múltipla congênita: uma revisão sistemática. Cinergis, 15(1).

Oliveira, D. K., Fernandes, B., dos Anjos, A. A., Hillary, S., Dal’Negro, D. C. B., Ferreira, B. L., ... & Futagami, R. B. (2021). Artrogripose Múltipla Congênita: Relato de dois casos. Medicina (Ribeirão Preto, Online).

Organização Mundial de Saúde - OMS (2007). Growth reference data for 5-19 years. Consultado em 30 de março de 2022, a partir de https://cdn.who.int/media/docs/default-source/child-growth/growth-reference-5-19-years/bmi-for-age-(5-19-years)/cht-bmifa-boys-perc-5-19years.pdf?sfvrsn=5aad7915_4.

Quintans, M. D. S., Barbosa, P. R., Lucena, B. (2017). Artrogripose múltipla congênita. Rev. Ped. SOPERJ, v. 17, n. 3, p. 23-27, out. 2017.

Rink, B. D. (2011). Arthrogryposis: a review and approach to prenatal diagnosis. Obstetrical & gynecological survey, 66(6), 369-377.

Singh, L. D., Singh, A. J., & Singh, L. N. (2020). Comprehensive Multidisciplinary Rehabilitation of Arthrogryposis Multiplex Congenita. Journal of Case Reports, 10(4), 208-213.

Tavares, F., Araújo, F., Santos, V., Silva, R., Seganfredo, I., & Pereira, N. (2013). Artrogripose múltipla congênita coexistente com puberdade precoce idiopática isossexual. Brasília méd.

Downloads

Publicado

22/04/2022

Como Citar

DIAS, R. L.; RODRIGUES, C. P. M.; GROSSKLAS, A. N.; KLAUCK, C. M. .; XAVIER, D. P. das N. .; LINDENBERG, J. M. .; VIEIRA, L. .; CRUZ, R. da S. .; MAGALHÃES, V. R. de .; ALBUQUERQUE, C. E. de . A importância do tratamento multiprofissional de um paciente com artrogripose: Relato de caso. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e11811628954, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28954. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28954. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde