A avaliação da aprendizagem instituída no Regulamento de Organização Didática e na prática dos docentes do IFCE campus de Sobral
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2903Palavras-chave:
Avaliação da aprendizagem; Pesquisa-ação; Avaliação formativa; Fluxo acadêmico.Resumo
O estudo teve o objetivo de investigar como ocorre a avaliação da aprendizagem no Campus de Sobral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), comparando o Regulamento de Organização Didática (ROD) com a prática docente, e culminou com uma ação de orientação pedagógica. Foi motivado pelo interesse em compreender se o processo avaliativo pode estar afetando as taxas de fluxo acadêmico do campus. A análise e fundamentação teórica foram baseadas nas cinco gerações da avaliação (Lima Filho e Trompieri Filho, 2012) e no conceito de avaliação formativa de Scriven (Rios, 2006). Por ser uma pesquisa-ação, seguiu-se o ciclo no qual se aprimora a prática pela oscilação sistemática entre o agir e o investigar (Tripp, 2005). A metodologia qualitativa partiu da análise documental do regulamento e da aplicação de questionários aos docentes. Com essas informações, foi planejada e realizada a intervenção pedagógica para discutir as dificuldades e orientar os docentes na prática da avaliação formativa. Os resultados mostraram que a avaliação no ROD/IFCE tem caráter formativo e que 51% dos docentes estão alinhados a essa concepção. Contudo, boa parte ainda prioriza os aspectos quantitativos e responsabiliza os alunos pelas dificuldades no processo. A etapa de intervenção foi avaliada positivamente e comprovou a necessidade de aprofundar o tema, realizando outras ações de formação e estudos complementares.
Referências
Ambiel, RAM.; Santos, AAA. & Dalbosco, SNP (2016). Motivos para evasão, vivências acadêmicas e adaptabilidade de carreira em universitários. Revista Psico, 47 (4). Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/revistapsico/ojs/index.php/revistapsico/article/view/23872
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bloom, BS., Hastings, JT. & Madaus, GF (1983). Manual de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar. São Paulo: Livraria Pioneira Editora.
Campos, DMS (2011). Psicologia da Aprendizagem (39a ed.) Petrópolis: Vozes.
Cechinel, Andre et al (2016). Estudo/análise documental: uma revisão teórica e metodológica. Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC, 5(1). Recuperado de http://periodicos.unesc.net/criaredu/article/view/2446
Costa, DV (2019). Reflexões acerca da constituição da educação profissional e tecnológica (EPT) no Brasil: uma abordagem sócio histórica. Revista Brazilian Journal of Development, 5(1),801-813. Recuperado de http://www.brjd.com.br/index.php/BRJD/article/view/995
Ferreira, RAS & SILVA, FWO (2004). Aplicação da maiêutica em atividades formativas de introdução à engenharia. Revista Educação e Tecnologia, 9 (1), 35-41. Recuperado de https://seer.dppg.cefetmg.br/index.php/revista-et/article/download/60/55
Firme, TP (1994). Avaliação: tendências e tendenciosidades. Revista Avaliação Políticas Públicas Educacionais, 1 (2), 5-12. Recuperado de http://educa.fcc.org.br/pdf/ensaio/v01n02/v01n02a02.pdf
Fontes, MA. & Duarte, AM (2019). Aprendizagem de estudantes do ensino técnico brasileiro: motivos, investimento e satisfação. Revista Educação e Pesquisa, 45. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022019000100551
Frigotto, Gaudêncio (Org.) (2018). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de Janeiro: LPP.
Gadotti, M (1990). Concepção Dialética da Educação (7 ed). São Paulo: Cortez.
Godoy, AS (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, 35(3), 20-29.
Regulamento da Organização Didática (2015). Dispõe sobre as normas de organização didática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Fortaleza, 2015. 63p.
Relatório do IX Encontro pedagógico (2017). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, emitido pela Coordenadoria Técnico-Pedagógica do IFCE Campus de Sobral, 2017.
Kraemer, MEP (2005). Avaliação da Aprendizagem como Construção do Saber. V Colóquio Internacional Sobre Gestión Universitaria En América Del Sur. Repositório da UFSC. Mar del Plata, Argentina. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/96974.
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.1.
¬¬Lei no 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 dez. 2008. Seção 1, p.1.
Lima Filho, GG & Trompieri Filho, N (2012). As cinco gerações da avaliação educacional – características e práticas educativas. Revista Científica Semana Acadêmica, 1, 1-21. Recuperado de https://semanaacademica.org.br/artigo/cinco-geracoes-da-avaliacao-educacional-caracteristicas-e-praticas-educativas
Matsumoto, MCSGB et al (2019). Indicadores de gestão do ensino técnico federal e sua correlação com eficiência acadêmica: uma análise da relação entre o desempenho discente e os investimentos ocorridos com a política pública de expansão dos institutos federais da região Nordeste entre 2012 e 2016. Revista de Gestão e Tecnologia NAVUS, 9 (3). Recuperado de http://navus.sc.senac.br/index.php/navus/index
Moniz, ARG (2016). Estudos sobre os Regulamentos Administrativos. (2a ed.) Coimbra: Edições Almedina, S.A.
Neri, M (2009). Motivos da evasão escolar. Rio de Janeiro: FGV/IBRE, CPS. Recuperado de https://www.cps.fgv.br/ibrecps/rede/finais/Etapa3-Pesq_MotivacoesEscolares_sumario_principal_anexo-Andre_FIM.pdf
Parente, NNP (2014). As condições de acesso e permanência dos estudantes do curso de licenciatura em física do IFCE, Campus de Sobral. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
PERRENOUD, P (1999). Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
Placido, RL, Schons, M & Souza, MJC (2017). Utilização das estratégias de ensino-aprendizagem na educação profissional e tecnológica. Revista Dynamis, FURB, Blumenau, 23 (1), 40-57, 2017. Recuperado de http://roxy.furb.br/ojs/index.php/dynamis/article/view/6754
Pozzobon, M, Mahendra, F & Marin, AH (2017) Renomeando o fracasso escolar. Revista Psicologia Escolar e Educacional, 21 (3). Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/pee/v21n3/2175-3539-pee-21-03-387.pdf
Prestes, EMT & Fialho, MGD (2018). Evasão na educação superior e gestão institucional: o caso da Universidade Federal da Paraíba. Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 26(100). Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-40362018000300869&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
Rios, MPG (2006). A avaliação formativa como procedimento de qualificação docente. Revista E-Curriculum 1 (1). Recuperado de http://www.pucsp.br/ecurriculum
Silva, TOC et al. (2015). Reprovação escolar no ensino médio integrado à educação profissional: uma análise do instituto federal do Paraná (IFPR) Campus Ivaiporã. Revista Pesquisa e Debate em Educação UFJF 5(1). Recuperado de http://www.revistappgp.caedufjf.net/index.php/revista1/article/view/122
Teixeira, RP., Mentges, MJ & Kampffa, JC (2019). Evasão no ensino superior: um estudo sistemático. Repositório Institucional PUCRS. Recuperado de http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/15080
Tripp, D (2005). Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Revista Educação e Pesquisa, 31(3). Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf
Villas Boas, BMF (2006). Avaliação formativa e formação de professores: ainda um desafio. Revista Linhas Críticas, 12(22). Recuperado de http://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3283
Villas Boas, BMF (2013). Virando a escola do avesso por meio da avaliação. Campinas: Papirus Editora.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.