Fatores associados aos sintomas osteomusculares e à prática de atividade física em professores da educação básica de Campo Grande/MS
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29153Palavras-chave:
Dor osteomuscular; Atividade física; Professores escolares; Saúde do trabalhador.Resumo
Os sintomas osteomusculares se constituem como uma das principais causas que afastam os trabalhadores de suas atividades ocupacionais no Brasil, e gera um impacto direto na qualidade de vida e na saúde dos professores. Diante deste contexto, este estudo foi realizado com o objetivo de identificar os fatores associados aos sintomas osteomusculares e à prática de atividade física em professores da educação básica de Campo Grande/MS. Realizou-se um estudo observacional transversal com 37 professores de uma escola urbana municipal de Campo Grande/MS, entre maio e junho de 2019. Foi aplicado um questionário para caracterização da amostra juntamente ao Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. As associações entre as variáveis do estudo, os sintomas osteomusculares e a prática de atividade física foram realizadas através do teste exato de Fisher. A prevalência de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses foi de 97,3%, 83,8% nos últimos sete dias e foram motivos de afastamentos em 32,4% dos professores, com maior queixa na região lombar (78,4%). O sexo masculino esteve relacionado à maior prática de atividade física (p=0,001), o menor tempo de experiência (até 10 anos) associado à maior queixa de sintomas osteomusculares nos últimos sete dias (p=0,008) e o vínculo empregatício estatutário a um maior afastamento nos últimos 12 meses (p=0,029). Conclui-se que os professores da educação básica apresentam uma elevada prevalência de sintomas osteomusculares, motivo que provocam uma alta demanda de afastamentos, principalmente por sintomatologia na região lombar, o que está associado ao menor tempo de experiência e ao vínculo de trabalho estatutário.
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