Internamento domiciliar via SUS no Brasil, o impacto do programa “Melhor em Casa”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29177Palavras-chave:
Serviços hospitalares de assistência domiciliar; Serviços de Assistência Domiciliar; Custos em saúde; Envelhecimento.Resumo
Introdução: A população brasileira passa por intenso envelhecimento e consequente aumento de multimorbidade impactando os serviços de saúde. Em 2011 o Ministério da Saúde criou o programa “Melhor em Casa” com o intuito de promover o internamento domiciliar como possibilidade de expandir leitos hospitalares ao domicílio do cliente e assim, humanizar o atendimento e diminuir custos. Objetivos: Analisar internamentos domiciliares do Sistema Único de Saúde (SUS) no período de 2008-2019 e correlacionar com custo de internação, variáveis clínicas e epidemiológicas. Método: Estudo quantitativo baseado em dados do Sistema de Internação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) no período de 2008 a 2019, disponíveis na plataforma eletrônica do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Para análise de tendência foi utilizado o teste de Mann-Kendall e para análise do efeito de intervenção foram ajustados modelos ARIMA, considerando os dados de 2008-2011 sem intervenção e de 2012-2019 com intervenção. Resultados: Houve tendência crescente no número de internamentos domiciliar de 2008 a 2019 ( =0,152 e p=0,537), assim como do custo médio por internamento ( =0,061 e p=0,837) e do sexo feminino sobre o masculino ( =0,606 e p =0,007). Houve tendência decrescente da média de dias por internamento ( =-0,576 e p=0,011) e da taxa de mortalidade ( =0,212 e p=0,373). Conclusão: com custo inferior a 10% do valor diário de um internamento hospitalar, a atenção domiciliar diminui mortalidade e média de dias de internamento. Portanto, com o envelhecimento populacional, programas de internamento domiciliar como o “Melhor em Casa” tornam-se fundamentais.
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