Cantos de trabalho: música, arte e cultura, alinhados numa tradição que resiste aos tempos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29195Palavras-chave:
Trabalhadores; Música; Trabalho; Cultura; Ensino.Resumo
Esta artigo teve como objetivo desenvolver um estudo analítico qualitativo sobre três grupos de canto de trabalho, enfocando seu canto, suas histórias e o ambiente onde cantam esses trabalhadores e trabalhadoras. Nessa direção, foram realizados os seguintes movimentos: discutir a representação desses cantos tomando como fio condutor a vida e a arte das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca, Catadoras do coco babaçu e de grupos da Baita do feijão. A pesquisa desenhou-se a partir de uma perspectiva qualitativa, na linha dos estudos culturais, tendo como principais recursos metodológicos, entrevistas e análise de documentos. Como principais referenciais teóricos, tomaramse autores que auxiliam a compreensão dos conceitos como, Fonseca, Mattar, Hanburger, entre outros posteriormente citados. A partir dessa pesquisa, compreende-se que a relação entre os grupos de canto de trabalho, representa um elo indissociável entre, a cultura popular e as comunidades, fazendo surgir uma ponte em que seja possível o trânsito de diferentes conhecimentos, trazendo vivências conectadas entre arte, música e cultura.
Referências
Assis, Y. S. O. A. (2009). Canto popular: a criação musical, para além dos muros da escola. Dissertação. (Mestrado em Educação). Universidade de Brasília. Faculdade de Educação
Bosi, A. (2005). Cultura com tradição. In Bornheim, Gerd et alii. Cultura brasileira: tradição e contradição. Jorge Zahar Editor/Funarte, pp.31
Brandão, C. R. (2021) O canto das fiandeiras. Escritos sobre o trabalho solidário. https://apartilhadavida.com.br/wp content/uploads/2019/02/O-CANTO-DAS-FIANDEIRAS-rosa-dos-ventos.pdf.
Castro, S. O. (2012). Memórias da cantoria: palavra, performance e público. Tese (Doutorado em Sociologia) – Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
Colares, G. S. et. al, (2022). Entre arte e saberes: sinos que encantam a cidade da fé. 11(1). OI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25312
Fonseca, E. J. de Macedo. (2016). Cantos de Trabalho: modos e modas na atualidade. In: Sonoros ofícios - cantos de trabalho: circuito 2015/2016. Rio de Janeiro: Sesc Departamento Nacional.
Hanburg, E., & Gomes, T. (2017) Leon Hirszman e a trilogia dos Cantos de trabalho. Rumores. 21(11)
Kripka, R. M. L. Scheller M. & Bonotto, D. L. (2015). Pesquisa qualitativa: considerações sobre conceitos e características na pesquisa qualitativa. Atas – Investigação qualitativa em educação. Vol. 2
Lindoso, D. (2015). Interpretação da província: estudo da cultura alagoana. (3a ed.), Ed. Edufal. Mattar, R. (2018) SESC. Sonora Brasil: Circuito 2015 - 2016. Sonoros ofícios: cantos de trabalho. Rio de Janeiro: 2015/20
Motta, A. R. (2013). Análise discursivo-ergológica das canções de trabalho. Anais eletrônicos da 2ª. Jornada Internacional de Estudos do Discurso.
Nascimento, C. M. C. (2020). Cantos de trabalho, das roças para as salas de aula: arranjos vocais e instrumentais. Dissertação (Mestrado em Arte) Programa de Pós-graduação em Artes – PROFARTES - Instituto de Humanidades e Artes IHAC. Universidade Federal da Bahia. Salvador - Bahia
Nascimento, I. M. (2018). Sonora Brasil e os cantos do trabalho: recontextualizando a tradição, o caso das cantadeiras do sisal e aboiadores de Valente. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) Instituto de Humanidades Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia.
Santana, S. (2012). Música e ancestralidade na Quixabeira. Ed. Edufba.
Santana, S. (2017). Memória e esquecimento nos cantos de trabalho de Quixabeira. Ed. Extraprensa
Santos, R. L. (2011). O Projeto Grande Carajás e seus reflexos para a cultura extrativista do Maranhão. Imperatriz, MA: Ed. Ética.
Santos, G. L. S.; Carvalho, E. T. & Selva, Selva, O. (2020). A Música na educação infantil como uma ferramenta no desenvolvimento cognitivo da criança. Research, Society and Development, 9(7). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22641
Silva, D. A. & Scaramuzza F. C. (2021). A cultura folclórica do boi-bumbá na escola: proposições para pensar uma ação pedagógica interdisciplinar. Research, Society and Development. 10(15). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22641
Silva, L. C. B. (2021) Baita do feijão: uma tradição da agricultura familiar, que resiste ao passar do tempo. Informação, educação e cultura. "BAITA DE FEIJÃO": uma tradição da agricultura familiar que resiste ao passar dos tempos (professorborges.com.br)
Silva, M. A. (2017). Manifestações culturais: modos de vida e memória. UFAL, Maceio: https://evento.ufal.br/anaisreaabanne/gts_download/Maria
Iasmin M A., Silva I. M. A., Paz, L. R. & Santos R L. (2019). O universo das quebradeiras de coco babaçu através de seus cantos. Reunião Anual da SBPC.
Vigarane, S. M. (2020) Cantos de trabalho das mulheres do Nordeste rural: processos investigativos e colaborativos de Renata Mattar. TCC (Graduação em Arte) Instituto de Arte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Zumthor, P. (2012). Tradição e Esquecimento. Ed. Hucitec.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Josefa Eleusa da Rocha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.