Gravidez não planejada na Estratégia Saúde da Família: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29455Palavras-chave:
Gravidez não planejada; Anticoncepção; Estratégia Saúde da Família; Planejamento familiar; Saúde da mulher.Resumo
Objetivou-se analisar as evidências científicas sobre a ocorrência de gravidez não planejada entre mulheres cadastradas nas equipes da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de uma revisão integrativa, em que a coleta de dados ocorreu no período de janeiro a março de 2021 através das bases de dados LILACS, BDENF, IBECS e na biblioteca digital SciELO. Utilizou-se dos descritores em Ciências da Saúde: Pregnancy unplanned, Contraception, Family health strategy e Family planning, resultando em dez artigos para a amostra final. Evidenciou-se nos estudos a presença de altos índices de gravidez não planejada e intercorrências durante a gestação e pós-parto em decorrência do não planejamento da gravidez. Conclui-se que a ocorrência de gravidez não planejada é uma condição ainda muito comum em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família. Assim, torna-se necessário o planejamento e redirecionamento de políticas públicas e da prática de enfermagem visando a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos da população por meio da consolidação do programa de planejamento reprodutivo.
Referências
Albuquerque, A. P. S., Pitangui, A. C. R., Rodrigues, P. M. G. & Araújo, R. C. (2017). Prevalência da gravidez de repetição rápida e fatores associados em adolescentes de Caruaru, Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant.,17(2), 355-363.
Araújo, A. K. L. & Nery, I. S. (2018). Conhecimento sobre contracepção e fatores associados ao planejamento de gravidez na adolescência. Cogitare Enferm., 23(2).
Barton, K., Redshaw, M., Quigley, M. A. & Carson, C. (2017). Unplanned pregnancy and subsequent psychological distress in partnered women: a cross-sectional study of the role of relationship quality and social support. BMC Pregnancy and Childbirth, 17(44).
Bearak, J., Popinchalk, A., Alkema, L. & Sedgh, G. (2018). Global, regional, and subregional trends in unintended pregnancy and its outcomes from 1990 to 2014: estimates from a Bayesian hierarchical model. Lancet Glob Health, 6(4), 380-389.
Bonatti, A. F., Santos, G. W. S., Ribeiro, T. A. N., Santos, D. A. S., Olinda, R. A. & Oliveira, J. C. S. (2018). Factors Associated to the Unplanned Pregnancy Type in the Family Health Strategy Project. J. res.: fundam. care. Online, 10(3), 871-876.
Brito, C. N. O., Alves, S. V., Ludermir, A. B. & Araújo, T. V. B. (2015). Postpartum depression among women with unintended pregnancy. Rev Saude Publica, 49(33), 1-9.
Evangelista, C. B., Barbieri, M. & Silva, P. L. N. (2015). Gravidez não planejada e fatores associados à participação em programa de planejamento familiar. Rev pesqui Cuid fundam, 7(2), 2464-2474.
Faisal-Cury, A., Menezes, P. R., Quayle, J. & Matijasevich, A. (2017). Unplanned pregnancy and risk of maternal depression: secondary data analysis from a prospective pregnancy cohort. Psychol Health Med., 22(1), 65-74.
Ferreira, A. L. C. G. & Souza, A. I. (2018). Demanda contraceptiva não atendida. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., 18(4), 693-694.
Ferreira, S. R. S., Périco, L. A. D. & Dias, V. R. F. G. (2018). The complexity of the work of nurses in Primary Health Care. Rev Bras Enferm., 71, 784-789.
Fonseca, M. N. A., Rocha, T. S., Cherer, E. Q. & Chatelard, D. S. (2018). Ambivalências do ser mãe: um estudo de caso em psicologia hospitalar. Est. Inter. Psicol., 9(2), 141-155.
IFF/FIOCRUZ. (2019). Principais Questões sobre Planejamento Reprodutivo: contracepção. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/planejamento-reprodutivo-contracepcao/
Ihesie, C. A. & Chukwuogo, O. (2017). Integrating mHealth into adolescent sexual and reproductive health promotion in Nigeria: prospects and barriers. Int J Community Med Public Health, 4(11), 3931-3941.
Iseyemi, A., Zhao, Q., McNicholas, C. & Peipert, J. F. (2017). Socioeconomic Status As a Risk Factor for Unintended Pregnancy in the Contraceptive CHOICE Project. Obstet Gynecol, 130(3), 609-615.
Justino, G. B. S., Soares, G. C. F., Baraldi, N. G., Teixeira, I. M. C. & Salim, N. R. (2019). ¬¬Saúde sexual e reprodutiva no puerpério: vivências de mulheres. Rev enferm UFPE on line, 13.
Leal, T. & Bakker, B. (2017). A mulher bioquímica: invenções do feminino a partir de discursos sobre a pílula anticoncepcional. Reciis – Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde, 11(3).
Leftwich, H. K. & Alves, M. V. O. (2017). Adolescent Pregnancy. Pediatr Clin North Am., 64(2), 381-388.
Mendes, k. D. S., Silveira, R. C. C. P. & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm., 17(4), 758-764.
Morges, Y., Worku, S. A., Niguse, A. & Kelkay, B. (2020). Factors associated with the unplanned pregnancy at Suhul General Hospital, Northern Ethiopia, 2018. Journal of Pregnancy.
Moura, L. N. B. & Gomes, K. R. O. (2014). Planejamento familiar: uso dos serviços de saúde por jovens com experiência de gravidez. Ciência & Saúde Coletiva, 19(3), 853-863.
Nash, K., O’Malley, G., Geoffroy, E., Schell, E., Bvumbwe, A. & Denno, D. M. (2019). “Our girls need to see a path to the future”-perspectives on sexual and reproductive health information among adolescent girls, guardians, and initiation counselors in Mulanje district, Malawi. Reprod Health, 16(8), 1-13.
OXFORD. (2011). Oxford Centre for Evidence-Based Medicine 2011 Levels of Evidence. Group2011. https://www.cebm.ox.ac.uk/resources/levels-of-evidence/ocebm-levels-of-evidence
Paiva, C. C. N., Caetano, R., Saldanha, B. L., Penna, L. H. G. & Lemos, A. (2019). Atividades educativas do planejamento reprodutivo sob a perspectiva do usuário da Atenção Primária à Saúde. Rev. APS, 22(1).
Page, M. J., Moher, D., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D. et al. (2021). PRISMA 2020 explanation and elaboration: updated guidance and exemplars for reporting systematic reviews. BMJ, 372.
Parcero, S. M. J., Coelho, E. A. C., Almeida, M. S., Almeida, M. S. & Nascimento, E. R. (2017). Características do relacionamento entre a mulher e seu parceiro na ocorrência de gravidez não planejada. Rev. baiana enferm., 31(2).
Ribeiro, W. A., Martins, L. M., Couto, C. S., Cirino, H. P., Teixeira, J. M. & Almeida, V. L. A. (2017). Práticas educativas do enfermeiro na prevenção da gravidez na adolescência: estratégias e perspectivas. Revista Pró-univerSUS, 8(1), 58-62.
Santos, A. O., Borges, A. L. V. & Chofakian, C. B. N. (2014). Razões para não utilizar a anticoncepção de emergência: subestimação do risco de engravidar. Rev Enferm e Atenção à Saúde, 3(2), 54-63.
Santos, O. A., Borges, A. L. V., Chofakian, C. B. N. & Pirotta, K. C. M. (2014). Determinantes do não uso da anticoncepção de emergência entre mulheres com gravidez não planejada ou ambivalente. Rev Esc Enferm USP, 48(esp.), 16-23.
Santos, R. C. A. N., Silva, R. M., Queiroz, M. V. O., Jorge, H. M. F. & Brilhante, A. V. M. (2018). Realities and perspectives of adolescent mothers in their fi rst pregnancy. Rev Bras Enferm., 71(1), 65-72.
Silva, M. J. P., Nakagawa, J. T. T., Silva, A. L. R. & Espinosa, M. M. (2019). Planejamento da gravidez na adolescência. Cogitare enferm., 24.
Silva, J. M. B. & Nunes, M. A. (2017). Family planning: a database. Rev Pesqui Cuid é Fundam Online, 9(2), 510–519.
Singh, A., Singh, A. & Thapa, S. (2015). Adverse consequences of unintended pregnancy for maternal and child health in Nepal. Asia Pacific J Public Health, 27(2), 1481-1491.
Whittemore, R. & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546–553.
Zanchi, M., Kerber, N. P. C., Biondi, H. S., Silva, M. R. & Gonçalves, C. V. (2016). Teenage maternity: life’s new meaning? J Hum Growth Dev, 26(2), 199-204.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Amanda Alcantara de Sousa; Brenda Belém Luna Sampaio; Simone Soares Damasceno; Dayanne Rakelly de Oliveira; Thaís Rodrigues de Albuquerque; Rachel de Sá Barreto Luna Callou Cruz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.