Doces Mexicanos: Um mecanismo de reconhecimento cultural
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29475Palavras-chave:
Doçaria Mexicana; Gastronomia; Cultura alimentar.Resumo
A alimentação humana é regida por valores geográficos, religiosos e fatos históricos. Esses valores modelaram a cultura alimentar, levando a percepções e adoção de atributos sensoriais próprios, caracterizando os saberes e sabores da culinária mexicana. O México é um exemplo de país com grande miscigenação cultural, onde a cultura nativa indígena em contato com a gastronomia espanhola, mesclou os alimentos locais e estrangeiros, conheceu novos alimentos e técnicas culinárias, adaptando e propiciando o surgimento da gastronomia mestiça mexicana. Parte importante desta cultura alimentar é a doçaria, regida por preceitos e tradições indígenas, adicionadas de técnicas e receitas europeias. A identidade dessa hibridização criou um cenário único e diferente do resto do mundo, onde o doce é suprimido por outras sensações mais fortes e marcantes, como o azedo e o picante. A problemática é que este tema não é tratado amplamente no universo acadêmico gastronômico, onde parte das informações já tão escassas, são transmitidas de forma oral ou informal, trazendo um risco para a efetiva perpetuação dos saberes gastronômicos mexicanos, uma vez que o registro dos valores culturais é um componente fundamental para a consolidação da gastronomia, como patrimônio imaterial na historicidade da humanidade. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os doces mexicanos, permeando sua história e origem dentro da cultura alimentar mexicana.
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