A mesclagem no uso das normas padrão, culta e coloquial em artigos de opinião na revista nova escola
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2960Palavras-chave:
Norma Padrão; Norma Culta; Norma coloquial; Artigo de Opinião; Nova Escola.Resumo
Este artigo originou-se das discussões travadas nas aulas da disciplina de Gramática, Variação e Ensino do PROFLETRAS/UEPB e se justifica pela necessidade de ampliação dessas discussões no âmbito acadêmico e escolar. Desse modo, o objetivo foi analisar o uso das normas padrão, culta e coloquial em Artigos de Opinião na revista Nova Escola, em consonância com as intenções comunicativas a partir dos diversos contextos, fazendo uma análise linguística em relação ao uso dessas normas, verificando as escolhas lexicais que justificam um ou outro uso dessas normas na construção desses textos de acordo com a intenção comunicativa dos produtores, a fim de trazer a distinção bem como a intencionalidade discursiva entre uma e outra variedade. Para tanto, usamos como aportes teóricos as contribuições de Gagné (2002), Antunes (2003), Bakhtin (2003), Veiga (1998), Bagno (2002), Bazerman (2005), entre outros, que orientam o uso das normas citadas. Foi utilizada como metodologia uma análise bibliográfica de caráter descritivo e interpretativista, apresentando a abordagem da revista em relação ao uso dessas variantes a partir da análise de três artigos que serviram como objeto de estudo. Os resultados apontaram que os artigos produzidos na revista, mesmo se voltando, de modo geral, aos professores, procuram adequar a sua finalidade discursiva, debater temas relativos ao ensino que podem abranger diferentes profissionais e não apenas os de língua portuguesa. Assim sendo, conclui-se que mesmo havendo o uso frequente da norma padrão, há a predominância do uso da linguagem culta e coloquial assegurando uma relação de proximidade entre texto/leitor.
Referências
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Revista Nova Escola: Ano 32, Nº 302, março 2019.
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