A influência de diferentes tratamentos de superfície na resistência ao cisalhamento entre resina acrílica e dois materiais: Poli éter éter cetona (PEEK) / ZANTEXR
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29608Palavras-chave:
Resistência ao cisalhamento; Prótese dentária; Polímero; Ensino em saúde.Resumo
Este estudo avaliou a resistência ao cisalhamento do Poli éter éter cetona (PEEK) e do Zantex à resina acrílica termopolimerizável de recobrimento (RAT) com o objetivo de avaliar a influência de diferentes tratamentos de superfície nestes materiais. Para isso, utilizou-se 100 corpos de prova divididos em 02 grupos: G1(PEEK + RAT) e G2 (Zantex + RAT). Cada grupo foi dividido nos subgrupos A, B, C, D e E com n=10, distintos pelo tratamento de superfície dado ao PEEK e ao Zantex previamente à prensagem da RAT. O subgrupo A foi composto por (RAT) + PEEK/Zantex sem tratamento de superfície (controle); B: RAT + PEEK/Zantex tratados com Palabond; C: RAT + PEEK/Zantex jateados com óxido de alumínio (Al2O3) a 125 µm; D: RAT + PEEK /Zantex Al2O3 a 125 µm + Palabond; e E: RAT + PEEK/Zantex preparados com retenções em forma de canaletas. As estruturas foram testadas na máquina de ensaios Universais EMIC DL2000. A análise de variância a dois critérios demonstrou significância entre os materiais e os tratamentos de superfície aplicados (p < 0,001). Para as comparações múltiplas empregou-se o teste de Tukey e para os modos de falha o teste G. A análise estatística mostrou que o material Zantex superou o PEEK para a maioria dos tratamentos, assemelhando-se somente para os preparos com Al2O3 especificamente. Na avaliação interna dos grupos, o emprego de canaletas e jateamento + Palabond representaram os maiores valores para o material PEEK; e para o Zantex, Palabond e jateamento + Palabond. Quanto aos modos de falha, para o PEEK 100% foram do tipo adesiva, e para o Zantex, houve variação dependente do tratamento. Portanto a aplicação de diferentes métodos de tramentos de superfície sobre os respectivos polímeros abordados neste estudo,contribui para maior adesão desses materiais à resina acrílica de recobrimento.
Referências
Bonon, A. J., et al. (2016). Physicochemical characterization of three fiber-reinforced epoxide-based composites for dental applications. Materials Science and Engineering, 69,905-913.
Bergamo, E., et al. (2016). Confiabilidade e modo de falha de próteses parciais fixas implantossuportadas com infraestrutura de compósito reforçado por fibra. PróteseNews, 6, 672-680.
Bötel, F., et al. (2018). Influence of different low-pressure plasma process parameters on shear bond strength between veneering composites and PEEK materials. Dent Mater, 18, 30088-5.
Campbell, S. D., et al. (2017). Removable partial dentures: The clinical need for innovation. J Prosthet Dent, 118(3), 273-80.
Carvalho, G. A., et al. (2017). Polyether ether ketone in protocol bars: Mechanical behavior of three designs. J Int Oral Health, 9(5), 202-206.
Dede, D. Ö., et al. (2021). Influence of chairside surface treatments on the shear bond strength of PEKK polymer to veneering resin materials: An in vitro study. J Prosthet Dent, 125(4), 703.e1-703.e7.
Escobar, M., et al. (2021). On the synergistic effect of sulfonic functionalization and acidic adhesive conditioning to enhance the adhesion of PEEK to resin-matrix composites. Dental Materials: Official Publication of the Academy of Dental Materials, 37(4), 741-754.
Gonçalves, V. O., et al. (2009). Resistência ao cisalhamento losipescu em compósitos de fibra de carbono e de vidro com resina epóxi. J. Aerosp. Technol. Manag., 1(1), 49-53.
Jaros, O. A., et al. (2018). Biomechanical behavior of an implant system using polyether ether ketone bar: Finite element analysis. J Int Soc Prevent Communit Dent, 8, 446-50.
Kürkçüoğlu, I., et al. (2021). Effect of surface treatment on roughness and bond strenth of CAD‐CAM multidirectional glass fiber‐reinforced composite resin used for implant‐supported prostheses. Polymer International.
Liao, C., et al. (2020) Polyetheretherketone and its compounds for bone replacement and regeneration. Biomedical Polymer Materials II, 1, 2858.
Manolea, H. O., et al. (2017). Current Options of Making Implant Supported Prosthetic Restorations to Mitigate the Impact of Occlusal Forces. Defect and Diffusion Forum, 376, 66-77.
Najeeb. S., et al. (2016). Applications of polyetheretherketone (PEEK) in oral implantology and prosthodontics. J Prosthodont Res, 60(1), 12-9.
Pulici, C. E., et al. (2017). Influence of the surface treatment on shear bond strength of coatingceramics of zirconia. J Int Dental and Med Res, 10(2), 193-197.
Ramos, E. V. (2018). Efeito de diferentes tratamentos de superfície sobre a rugosidade do Poli-éter-éter-cetona (PEEK) e sua resistência de união à resina acrílica termoativada [tese]. Campinas: Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Rocha, R. F., et al. (2016). Bonding of the polymer polyetheretherketone (PEEK) to human dentin: effect of surface treatments. Braz Dent J. 27(6), 693-699.
Rosentritt, M., et al. (2015). Shear bond strength between veneering composite and PEEK after different surface modifications. Clin Oral Investig,19(3), 739-44.
Sproesser, O., et al. (2014). Effect of sulfuric acid etching of polyetheretherketone on the shear bond strength to resin cements. J Adhes Dent, 16(5), 465-72.
Stawarczyk, B., et al. (2014). PEEK surface treatment effects on tensile bond strength to veneering resins. J Prosthet Dent, 112(5), 1278-88.
Stawarczyk, B., et al. (2018). Bonding ofcomposite resins to PEEK: the influence of adhesive systems and air-abrasion parameters. Clin Oral Investig., 22(2), 763-771.
Torstrick, F. B., et al. (2020). Effects of Surface Topography and Chemistry on Polyether-Ether-Ketone (PEEK) and Titanium Osseointegration. Spine (Phila Pa 1976), 45(8), E417-E424.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tácio Gonçalves Nogueira Fonseca; Amanda Gonçalves Franco; Geraldo Alberto Pinheiro de Carvalho; Caio Marques Martins; Silvio Mecca Junior; Fabiano Perez; Elimario Venturin Ramos ; Sérgio Candido Dias; Reyler Bueno Faria; Aline Batista Gonçalves Franco
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.