O negacionismo e a desconstrução do racismo na sociedade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29675Palavras-chave:
Racismo; Preconceito; Relações raciais; Problemas sociais; Ensino.Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre um possível processo de desconstrução do racismo na sociedade brasileira. Partindo da necessidade do reconhecimento do racismo no país, vez que, a sua negação como elemento estrutural de opressão na sociedade, tem sido um argumento propositalmente levantado para deslegitimar aqueles que se propõe a fomentar esse debate. Para alcançar os objetivos, utiliza-se abordagem de tipo qualitativa, valendo-se do método de pesquisa exploratória, pela técnica bibliográfica, com base em estudos teóricos específicos sobre o tema. Serão analisados marcos históricos para compreenderemos que entre o racismo e a escravidão há um elo e que não se finda com a abolição. Os acontecimentos em todo o mundo são capazes de revelar a inegável existência do racismo e suas graves consequências na atualidade. Problematizaremos ainda o que poderíamos chamar de “novas faces do racismo” visto a frequência cada vez maior de um racismo sutil e uma diminuição da forma mais explícita, o que leva a sociedade a imaginar que estamos superando o racismo, quando na realidade ele tem tomado outras formas. Essa transformação nos remete a uma análise do caminho que estamos percorrendo para que a sociedade repense sua maneira de viver com o outro e sobre a possibilidade da promoção de uma mudança na estrutura social e consequente desconstrução do fenômeno no Brasil.
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