Potencial toxicológico e caracterização físico-quimica e fitoquimica da garcínia cambogia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2987Palavras-chave:
Plantas Medicinais; Fitoterápicos; Obesidade; Garcínia cambogia.Resumo
A utilização de plantas com fins medicinais usadas para tratamento, cura e prevenção de doenças é considerada uma prática milenar da humanidade. Dentre os parâmetros atuais, destaca-se a obesidade como sendo um problema de saúde pública mundial nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O estudo se propõe a delinear o potencial toxicológico, assim como, avaliar a caracterização físico-química e fitoquímica da Garcínia cambogia, a fim de contribuir para utilização segura dessa planta. Foram realizadas análises físico-químicas, fitoquímicas e toxicológica, a fim de caracterizar a qualidade e segurança dos extratos obtidos da Garcínia cambogia. Observou-se que o teor de material estranho, pH, cinzas totais e cinzas insolúveis em ácido estavam de acordo com os limites estabelecidos. Os valores para umidade estavam acima do permitido. Na triagem fitoquímica apresentou resultados negativos para flavonóides e taninos, e resultado positivo para saponinas. Para o teste de toxicidade aguda in vivo o extrato foi categorizado como sendo “categoria 5” (2000 a 2500 mg/kg), e a toxicidade letal aguda – DL50% estimada em 2500 mg/kg, sendo considerado atóxica. Na avaliação da toxicidade sistêmica não foram observadas diferenças significativas entre os animais do grupo teste e os do grupo controle. Não foram observadas alterações macroscópicas dos órgãos após os 14 dias de experimento, demonstrando ausência de toxicidade aguda. Com os resultados obtidos foi possível contribuir para um conhecimento mais aprofundado da Garcínia cambogia, com informações mais detalhadas do seu potencial toxicológico.
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