Enfrentamento ao negacionismo científico: atividades de extensão como ferramenta efetiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30057Palavras-chave:
Divulgação científica; Extensão; Fake news; Novo coronavírus.Resumo
Os frequentes e intensos ataques que a Ciência vem sofrendo a desqualificam frente à sociedade e, sobretudo na pandemia do novo coronavírus, promove(ra)m o discurso negacionista e a (des)infodemia, intensificando a importância e urgência da divulgação científica, que pode ser realizada a partir da execução de projetos de extensão. Sob essa realidade, o presente trabalho objetiva avaliar o impacto de duas edições de um curso de extensão quanto à qualidade do conhecimento do público atendido e à sua competência no enfrentamento ao negacionismo científico. O curso ocorreu em 2020, em duas edições virtuais, e contou com um total de 29 palestrantes e 382 participantes inscritos, alcançando 53 cidades distribuídas em 17 estados de todas as regiões geográficas do Brasil. Dentre as temáticas abordadas estiveram a relação do vírus com o meio ambiente, os meios de contágio e métodos de prevenção, questões socioeconômicas, histórico-geográficas e educacionais. Aproximadamente 40% dos cursistas tiveram alguma crença desmistificada e 95% conversaram com alguém sobre o que estavam aprendendo no curso, tornando-se multiplicadores de informações científicas seguras, o que evidencia a importância da realização de ações extensionistas como ferramenta efetiva no combate ao negacionismo científico.
Referências
Abranches, M. (2020). Extensão Universitária remota? Os desafios em tempos de pandemia. Pensar a educação em pauta: um jornal para a educação brasileira. https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/extensao-universitaria-remota-os-desafios-em-tempos-de-pandemia/.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília-DF: Centro Gráfico.
Cover, I. (2014). Práticas de extensão no ensino médio integrado: construindo possibilidades de emancipação. X ANPED SUL, 1-18. Florianópolis: UDESC. http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/485-0.pdf.
Elias Junior, A. C., de Sá, N. O., & Zattar, M. (2021). A extensão universitária e o exercício da práxis no campo informacional: práticas para apropriação da informação e do saber. IRIE – International Review of Information Ethics, 30.
Fernandez, C. T. (2009). Os métodos de preparação de material impresso para EaD. In F. M. Litto, & M. M. M. Formiga (Orgs.), Educação à distância: o estado da arte (pp. 395-402). São Paulo: Pearson Education do Brasil.
FORPROEX - Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. (2012). Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus-AM. Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/2012-07-13-Politica-Nacional-de-Extensao.pdf.
Krasilchik, M., & Marandino, M. (2007). Ensino de ciências e cidadania. Moderna.
Latour, B. (2020). Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Bazar do Tempo.
Lorandi, S., Loss, G. M. S., Malta, S. T., Filho, V. L. G., Santos, V. A., & Iserhard, C. A. (2021). “Insetos, e daí?”: Ressignificando as dimensões da extensão universitária com a pandemia da COVID-19. Expressa Extensão, 26(1), 285-299.
Marques, A. C. T. L., & Marandino, M. (2018). Alfabetização científica, criança e espaços de educação não formal: diálogos possíveis. Educação e Pesquisa, 44, e170831. 10.1590/S1678-4634201712170831.
Marques, G. E. C. A. (2020). Extensão universitária no cenário atual da pandemia da COVID-19. Revista Práticas em Extensão da UEMA, 4(1), 42-43. Disponível em: https://www.uema.br/2020/07/artigo-a-extensao-universitaria-no-cenario-atual-da-pandemia-do-COVID-19/.
Morel, A. P. M. (2021). Negacionismo da COVID-19 e educação popular em saúde: para além da necropolítica. Trabalho, Educação e Saúde, 19, e00315147. 10.1590/1981-7746-sol00315.
Oliveira, A. A. V., Rodrigues, L. T. D., Silva, L. A., Guerra, D. V., Guedes, T. M., Lucena, D. M. S., Araújo, A. M. M., & Souza, E. M. D. (2007). A importância do projeto de extensão programa de apoio ao ensino de Ciências e Biologia no ensino fundamental e médio como ferramenta de humanização dos estudantes da área de saúde da UFPB. Anais/Catálogo de Resumos do X Encontro de Extensão Universitária da UFPB. João Pessoa. Disponível em: http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/RESUMOS/AREA4/4CCSDMOUT02.pdf.
Oliveira, C. V. S., Paiva, I. D., Ferraz, D. F. S., Araújo, A. B. V., Lucas, Q. H. B., Travassos, R., Anjos, D. M., Vieyra, A. R., & Ramos, I. P. R. (2021). Contribuições de espaços não formais de educação na transformação social e divulgação científica: uma aprendizagem baseada no projeto de extensão universitária “Conhecendo o Cenabio - Ciência, Arte e Educação”. Revista Raízes e Rumos, 9(1), 29-50.
Paiva, M. R. F., Parente, J. R. F., Brandão, I. R., & Queiroz, A. H. B. (2016). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: revisão integrativa. SANARE-Revista de Políticas Públicas, 15(2). Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1049.
Portugal, K. O. (2014). O YouTube como uma configuração para o ensino e aprendizagem de ciências. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, Centro de Ciências Exatas. Londrina: UEL. Disponível em: http://www.uel.br/pos/mecem/arquivos_pdf/Portugaldissertacao.pdf.
Príncipe, E. (2013). Comunicação científica e redes sociais. In S. Albagli, (Org.), Fronteiras da Ciência da Informação (pp. 198-218). Brasília: IBICT. Disponível em: http://livroaberto.ibict.br/handle/1/1020.
Rozenfeld, C. C. F. (2013). Planejamento de cursos online para professores de alemão: parâmetros em mapa conceitual. Pandaemonium ger, 16(22). 10.1590/S1982-88372013000200014.
Sousa-Filho, A. (2020). “A Terra é plana”: o obscurantismo cínico dos negacionistas. Revista Inter-Legere, 3(29), c23426. 10.21680/1982-1662.2020v3n29ID23426.
Terçariol, A. A. L., Ikeshoji, E. A. B., Zaduski, J. C. D., Siqueira, A. L. F. C., & Mello, F. S. O. (2016). As dimensões da avaliação em cursos online: reflexões e importância. RIED – Revista Iberoamericana de Educación a Distância, 19(2), 283-300. 10.5944/ried.19.2.14753.
Valério, P. M. (2012). Comunicação científica e divulgação: o público na perspectiva da Internet. In L. V. R. Pinheiro, & E. C. P. Oliveira (Orgs.), Múltiplas facetas da comunicação e divulgação científicas: transformações em cinco séculos (pp. 150-167). Brasília: IBICT. Disponível em: http://livroaberto.ibict.br/bitstream/1/711/1/M%C3%BAltiplas%20facetas%20da%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20e%20divulga%C3%A7%C3%A3o%20cient%C3%ADficas.pdf.
Vicente, N. I., Corrêa, E. C. D., & Sena, T. (2015). A divulgação científica em redes sociais na Internet: proposta de metodologia de análise netnográfica. XVI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVI ENANCIB). João Pessoa: UFPB. Disponível em: http://www.ufpb.br/evento/index.php/enancib2015/enancib2015/paper/viewFile/2853/1160.
Viero, T. V. (2012). Programa de Extensão Universitária: perspectivas emergentes na educação em Ciências. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. Rio Grande: FURG. Disponível em: http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4790/Tatiane%20Vedoin%20Viero.pdf.
Zancan, G. T. (2000). Educação científica: uma prioridade nacional. São Paulo em Perspectiva, 14(3). 10.1590/S0102-88392000000300002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juliana Silvestre Silva; Mariana Baraúna Bacelar Bispo; Taiara Aguiar Caires
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.