Dinâmica dos sistemas agrários no Caparaó capixaba
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30071Palavras-chave:
Sistemas agrários; Caparaó capixaba; Abordagem sistêmica.Resumo
A microrregião do Caparaó é uma das microrregiões do estado brasileiro do Espírito Santo. Seu nome faz referência à serra de mesmo nome, a qual integra o Parque Nacional do Caparaó. Por meio de abordagem sistêmica, objetivamos compreender as transformações e dinâmica dos sistemas agrários da região. Os dados foram obtidos por revisão bibliográfica, pesquisa documental e observação e convivência com a agricultura familiar. Realizamos análise de conteúdo e triangulação dos dados. Com relação ao zoneamento regional, demos destaque a clima, relevo, hidrografia e vegetação. Dividimos a linha temporal em quatro sistemas agrários: Indígena, Imigrantes, Pequena Propriedade e Cafeicultura Moderna. Dados do PIB e do IDH ainda carecem de melhora. Muito disso, acreditamos estar ligado ao extermínio de indígenas e à escravização de pessoas, cenário visto nos dois primeiros sistemas. A Serra do Caparaó é parte do território muito importante para o dinamismo das paisagens e, logo, dos sistemas agrários. Tal cadeia de montanhas possibilita duas estações climáticas bem-marcadas, altitudes elevadas e relevo ondulado; além de alimentar bacias hidrográficas importantes e oferecer condições agronômicas adequadas para o cultivo do café, principal cultura da região. Mesmo tendo sida muito explorada no Sistema Agrário Pequena Propriedade, seu território ainda hoje é um importante fragmento de Mata Atlântica, apesar de se encontrar ilhado essencialmente por lavouras de café. Tal situação insular, consolidou-se no Sistema Agrário Cafeicultura Moderna, fortemente englobado pela Revolução Verde. Sua diversidade diminuiu. Apesar disso, apontamos algumas situações destoantes da monocultura, como o turismo rural e a produção de cafés especiais.
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