Medida de instrumentos para impacto da enxaqueca no Brasil: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30248Palavras-chave:
Transtornos de enxaqueca; Brasil; Medidas de resultados relatadas por pacientes; Perfil de impacto da doença; Ensino.Resumo
Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da qualidade das propriedades de medida de todas as medidas de desfecho relatadas pelo paciente (PROMs) validadas para o Brasil e desenvolvidas para avaliar o impacto da enxaqueca. Introdução: A avaliação das propriedades de medida das Medidas de Desfecho Relatado pelo Paciente é necessária para que profissionais e pesquisadores selecionem instrumentos que garantam a qualidade dos resultados. Assim, instrumentos confiáveis são importantes para fornecer informações sobre o impacto da enxaqueca. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados MEDLINE/Pubmed, Web of Science, LILACS e Embase, incluindo estudos que avaliassem propriedades de medidas de PROMs desenvolvidos para avaliação do impacto causado pela enxaqueca, e que traduzidos e validados para a população brasileira. A qualidade metodológica, risco de viés e qualidade da evidência foram avaliadas seguindo as diretrizes do COnsensus-based Standards for the selection of health Measurement INstruments para revisões sistemáticas de PROMs. Resultados: Um total de 112 estudos identificados, e quatro foram incluídos. Foram analisados três instrumentos: Headache Impact Test, que apresentou sério risco de viés com qualidade de evidência moderada; Pediatric Migraine Disability Assessment, que apresentou um risco extremamente grave de viés e qualidade de evidência muito baixa; e o Headache Disability Inventory¸ que apresentou um risco muito sério de viés e baixa qualidade de evidência.Conclusão: A análise realizada identificou que os três instrumentos avaliados apresentaram limitações importantes na qualidade de evidência dos instrumentos avaliados. O Headache Impact Test, foi o mais recomendado por apresentar moderada qualidade de evidência.
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