Incidência de eventos adversos em pacientes com câncer de mama metastático durante uso dos protocolos padrão e on/off de capecitabina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30426Palavras-chave:
Neoplasias da mama; Capecitabina; Efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos; Assistência farmacêutica.Resumo
A capecitabina é um quimioterápico amplamente utilizado no tratamento do câncer de mama metastático. Apesar dos benefícios clínicos, eventos adversos podem influenciar a continuidade da terapia. O protocolo on/off foi desenhado com a intenção de otimizar o tratamento com capecitabina devido a uma provável redução de eventos adversos. Com isso, o objetivo do estudo foi descrever a incidência dos eventos adversos durante uso dos protocolos padrão e on/off de capecitabina. Realizou-se um estudo de coorte retrospectivo, onde foram analisadas 221 pacientes com câncer de mama metastático. A amostra foi dividida em grupos e subgrupos: A - padrão; B - on/off; A1 e B1 dose reduzida; A2 e B2 dose plena. O evento adverso de maior incidência geral (84%) foi a síndrome de eritrodisestesia palmar-plantar. A maioria dos eventos adversos não apresentou variação estatisticamente significativa em relação à incidência entre os grupos A e B. Foi observado maior incidência de eventos adversos nos pacientes que realizaram dose plena em ambos os protocolos. Acerca da gravidade, a maioria foi classificada como grau 1 e não houve diferença estatística entre os grupos A e B. O estudo sugere que a troca de protocolo padrão para o on/off, com o objetivo de reduzir incidência e gravidade dos eventos adversos, não apresenta impacto significativo. Redução da dose é uma alternativa viável para diminuir a incidência de reações adversas sendo clinicamente relevante em alguns casos.
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