Dificuldades e avanços de aprendizagem demonstrados por alunas de licenciatura em pedagogia num curso de matemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30504Palavras-chave:
Algoritmo da divisão; Avaliação diagnóstica; Dificuldades; Matemática; Resolução de problemas.Resumo
O artigo discute dificuldades e avanços de aprendizagem na aplicação do conceito de divisibilidade, num curso, oferecido a estudantes de Pedagogia e as implicações pedagógicas de sua exploração didática no ensino fundamental. Na avaliação diagnóstica, as alunas demonstraram pouco saber sobre o objeto do conhecimento (algoritmo de Euclides), assim como em interpretar os resultados obtidos, revelaram ainda, pouco conhecimento em resolução de problemas envolvendo algum termo desconhecido no algoritmo da divisão. O diagnóstico serviu para indicar que o baixo rendimento das discentes pode residir no desconhecimento de alguns conceitos de matemática e serviram de indicativo para (re)planejar o curso. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e interpretativa. No desenvolver do curso, as estudantes foram se apropriando dos conceitos de divisibilidade e ao final, demonstraram avanços significativos de aprendizagem. Entretanto, a pesquisa aponta para a necessidade dos docentes que ensinam matemática nos cursos de Pedagogia, considerarem a possibilidade de aplicação de diferentes formas do algoritmo de Euclides de maneira que atenda às necessidades das estudantes, e contribua para a sua formação profissional. Considerando-se que a avaliação da aprendizagem, nessa perspectiva se consolida pelo processo de análise e crítica da realidade, de modo a transformá-la.
Referências
Barreto, M. C. (2007). Desafios aos pedagogos no ensino de Matemática. In: J. A. I. Sales, et al. (Org.). Formação e práticas docentes (pp. 243-254). Fortaleza: EdUECE.
Brasil. (2006). Ministério de Educação e Cultura. Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CP. Brasília: Diário Oficial da União. .
Brousseau, G. (2008). Introdução ao estudo das situações didáticas: conteúdo e métodos de ensino. São Paulo: Ática.
Costa, M. dos S.; Moura, A. R. L de. (2020). Conhecimentos e dificuldades manifestados por alunos da engenharia civil em uma avaliação diagnóstica de estatística. Revista REAMEC, 8, 113-125.
Curi, E. (2006). A formação Matemática de professores dos anos iniciais do ensino fundamental face às novas demandas brasileiras. Revista Iberoamericana de educación (on line), 37, 4-5. doi: 10.35362/rie3752687
Curi, E. (2005). A Matemática e os Professores dos anos iniciais. São Paulo, Brasil: Musa Editora.
DAEP/INEP. (2015). Resultado SAEB, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anízio Teixeira – Inep. www.inep.gov.br/resultados - 2015. Acesso em 10 de agosto de 2020.
Duval, R. (2007). Registro de representação semiótica e funcionamento cognitivo da compreensão em matemática. In: S. D. A. Machado, (Org.). Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. (3ª ed., pp.11-33). Campinas/SP: Papirus.
Duval, R. (2011). Ver e Ensinar a Matemática de Outra Forma - entrar no modo matemático de pensar: os registros de representações semióticas. Organização: Tânia M. M. Campos. Tradução: Marlene Alves Dias. 1ª ed. São Paulo: PROEM.
Duval, R. (2016). Questões epistemológicas e cognitivas para pensar antes de começar uma aula de matemática. REVEMAT.11, 1-78.
Freitas, J. L. M. de. (2008). Educação Matemática: uma (nova) introdução. In: S. D. A. Machado, (Org.). Teoria das Situações Didáticas. (3ª ed. revisada., pp. 77-111). São Paulo/SP: EDUC.
Furlan, M. I.C. (2007). Avaliação da aprendizagem escolar: convergências divergências. São Paulo: Annablume.
Gatti, B. A. (2010). Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação e Sociedade. 31, 1355-1379. doi.10.1590/cc0101-32622019212544.
Gontijo, C. H. (2015). Técnicas de criatividade para estimular o pensamento matemático. Educação e Matemática – Revista da Associação de Professores de Matemática, 11, 135-137.
Hadji, C. (2001). A avaliação – regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Portugal: Porto Editora.
IDEB – (2018). Resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. www.inep.gov.br/resultados - . Acesso em: 23 de set. de 2021.
Libâneo, J. C. (2010). Adeus professor, adeus professora: Novas exigências educacionais e profissão docente. 12ª ed. São Paulo: Cortez.
Lorenzato, S. (2006). Para aprender matemática. Campinas/SP: Autores Associados.
Luckesi, C. C. (2008). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.19ª .ed. São Paulo: Cortez.
Mello, G. N. de. (2000). Formação inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical. Perspectiva [online]. 14, 98-110. doi:10.1590/S0102-88392000000100012.
Nacarato, A. M. (2010). A Formação Matemática das Professoras das Séries Iniciais: a escrita de si como prática de formação. Bolema, 23, 905-930. doi.10.1590/1980-4415v30n56a01.
Pimenta, S. G. (2005). Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: S. G. Pimenta, (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente, (4ª ed., pp. 15-34). São Paulo: Cortez.
Ponte, J. P; Brocardo, J; Oliveira, H. (2015). Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica.
Rios, T. A. (2010). Compreender e ensinar: por uma melhor docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez.
Saul, A. M. (1995). Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática de avaliação e reformulação de currículo. 3. ed. São Paulo: Cortez.
Sant’anna, I. M. (2013). Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 16. ed. - Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.
Silver, E. A.; Smith, J. P. (1997). Imagine um problema correlato. In: S. Krulik,; R.E. Reys (Org.). A resolução de problemas na Matemática Escolar(pp.202-217). São Paulo: Atual.
Vale, I; Pimentel, T.; Barbosa, A. (2015). Ensinar matemática com resolução de problemas. Quadrante, XXIV, 40-60.
Vergnaud, G. (2009). A criança, a Matemática e a realidade: problemas do ensino da Matemática na escola elementar. Curitiba: Ed. da UFPR.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Raimundo Luna Neres; Reullyanne Freitas de Aguiar; Rosângela dos Santos Rodrigues; Israel Alves de Ananias Medeiros; Raimundo José Barbosa Brandão ; Nadja Fonseca da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.