Tendência dos depósitos de patentes de modelo de utilidade considerando o nível de renda dos países

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30767

Palavras-chave:

Economia; Inovação; Tecnologias.

Resumo

A importância econômica da proteção patentária tem sido cada vez maior e mais reconhecida, especialmente em economias menos desenvolvidas tecnologicamente. Para esses países, as atividades de capital-intensivo, que caracterizam a maior parte das inovações tecnológicas, são menos comuns, tendo seus sistemas de produção de inovação fortemente baseados em produtos de inovação derivada, como é o caso dos modelos de utilidade. O objetivo do presente artigo foi discutir a tendência mundial do comportamento das patentes de modelo de utilidade segundo os níveis de renda definidos pelo Banco Mundial no período entre 2000 e 2018. Os principais resultados confirmaram fortes relações diretas entre a demanda por patentes de modelo de utilidade e as economias de renda média baixa. Além disso, essas economias também são impactadas positivamente pelo paralelo aumento desse tipo de proteção industrial em economias de médio alto porte e também são responsáveis pelas as maiores taxas de produtividade dos pedidos de patentes de MU. Nesse contexto, exsurge a importância de um sistema de proteção adequado a realidade de cada país, como mecanismo de garantia do progresso econômico. Neste sentido, o regime de proteção de patentes de modelo de utilidade, como alternativa de proteção de patentes voltadas para inovações menores e incrementais, foram, e estão sendo utilizados, como ferramenta útil para promover a inovação e a prosperidade econômica nos países.

Biografia do Autor

Sílvio Sobral Garcez Júnior, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Ciência da Propriedade Intelectual (UFS).

Fábio Oliveira Uchôa, Ministério Público de Sergipe

Atua no Ministério Público Federal.

José Carlos dos Santos Correia Júnior, Advogado Autônomo

Atua como advogado autônomo. 

João Antonio Belmino dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Engenharia de Processos pela Universidade Federal de Campina Grande.

Referências

Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS). (1994). https://www.gov.br/inpi/pt-br/backup/legislacao-1/27-trips-portugues1.pdf

Archibugi, D. & Pianta, M. (1996). Innovation surveys and patents as technology indicators: the state of the art, in OECD. Innovation, Patents and Technological Strategies, Paris, OECD.

Banco Mundial. (2020). New World Bank country classifications by income level: 2020-2021: World Bank (2020). https://blogs.worldbank.org/opendata/new-world-bank-country-classifications-income-level-2020-2021

Brack, H. P. (2009). Utility models and their comparison with patents and implications for the US intellectual property law system. In: Boston College Intellectual Property and Technology Forum. pp. 1-15.

Bruch, K. L., Areas, P. O. & Vieira, A C. P. (2019). Acordos internacionais relacionados à propriedade intelectual. Santos, Wagna Piler Carvalho dos (org.). Conceitos e aplicações de propriedade intelectual. IFBA. pp. 59-208.

Chaves, C. C., Oliveira, M. A., Hasenclever, L. & Melo, L. M. (2007). A evolução do sistema internacional de propriedade intelectual: proteção patentária para o setor farmacêutico e acesso a medicamentos. Cadernos de Saúde Pública, 23, pp. 257-267.

Convenção de Paris para proteção para a Proteção da Propriedade Industrial. (1883). 1929, revisão de Estocolmo. https://www.gov.br/inpi/pt-br/backup/legislacao-1/cup.pdf

Coyle, P. (2012). Patent litigation in the European Union: an analysis of the viability of recent proposals aimed at unifying the European patent litigation system. Wash. U. Global Stud. L. 11, 171.

Di-Biasi, G., Garcia, M. S. & Mendes, P. P. M. (2002). A propriedade industrial: os sistemas de marcas, patentes e desenhos industriais analisados a partir da Lei número 9.279, de 14 de maio de 1996. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Dutra, P. H. (2007). Breve história das negociações internacionais em propriedade intelectual. Inovação Uniemp, 3(6), 40-41.

Evenson, R. E. & Westphal, L. E. (1995). Technological change and technology strategy. Handbook of development economics 3, 2209-2299.

Gama, S. C. S., Braga, E. J. & Rodrigues, R. C. (2016). A patente de modelo de utilidade como ferramenta de estímulo ao desenvolvimento tecnológico nacional. Cadernos de Prospecção, 9(4), 417.

Hauser, E. (1987). Utility models: The Experience of the Federal Republic of Germany. Industral Property–July/August.

Heikkilã, Jussi. (2014). Does utility model protection substitute or complement patent protection?

Huang, Z. & Yu, P. (2007). The effects of technical innovation to economic growth of our country in recent years: An empirical study based on panel data models. Science and technology management research, 8, 74-77.

Kardam, K. S. (2007). Utility model–a tool for economic and technological development: A case study of Japan. World intellectual property organization and Japanese patent office.

Kim, Y. K., Lee K., Park W. G. & Choo K. (2012). Appropriate intellectual property protection and economic growth in countries at different levels of development. Research policy, 41(2), 358-375

Kranakis, E. (2007). Patents and power: European patent-system integration in the context of globalization. Technology and Culture, 48(4), 689-728.

Kumar, N. (2003). Intellectual property rights, technology and economic development: Experiences of Asian countries. Economic and Political Weekly, 209-226.

Ladas, S. P. (1975). Patent Cooperation Treaty and the European Patent Convention. PTC J. Res. & Ed., 17, 37.

Lakshmikumaran, M. & Bhattacharya, S. (2004). Utility Models: Protection for Small Innovations. Journal of the Indian Law Institute, 46(2), 322-332.

Li, W. (2012). Analysis of impact of different types of patents on technological advancement in China. African Journal of Business Management, 6(10), 3623-3629.

LIU, H. (2002). Patent System and Economic Development: Theory & Reality---Analysis on the Dynamic Utility of China's Patent System. China Soft Science, 12, pp. 26-30.

Maskus, K. E. & Penubarti, M. (1995). How trade-related are intellectual property rights?. Journal of International economics, 39(3-4), 227-248.

Mwiya, B. (2012). Trends of patent and utility model activities in Asia and Africa: A comparison of regional innovation, FDI and economic activity. The WIPO, 3(2), 257-279.

Odman Boztosun, N. (2010). Ayse. Exploring the Utility of Utility Models to Foster Innovation. Journal of Intellectual Property Rights,15, 429-439.

Organização Mundial Da Propriedade Intelectual (OMPI). https://www.wipo.int/patents/en/topics/utility_models.html

Patel, Pari; Pavitt, Keith. (1995). Technological competencies in the world's largest firms: Characteristics, constraints and scope for managerial choice.

Patel, Surendra J. (1974). The patent system and the third world. World Development, 2(9), 3-14.

Prud'homme, Dan. (2015). 'Soft Spots' in China's Utility Model Patent System: Perceptions, Assessment and Reform. European Intellectual Property Review, 37(5).

Prud'homme, D. (2017). Utility model patent regime “strength” and technological development: Experiences of China and other East Asian latecomers. China Economic Review, 42, 50-73.

Richards, J. (2010). Utility model protection throughout the world. Boletim Ladas & Parry LLP.

Sharma, Gautam & Kumar, Hemant. (2018). Exploring the Possibilities of Utility Models Patent Regime for Grassroots Innovations in India. Journal of Intellectual Property Rights, 23, 119-130.

Sobrinho, Débora Farah & D’oliveira, Bruno Loureiro Bossi. (2014). Os efeitos do acordo trips no direito brasileiro: uma abordagem crítica. Revista Direito e Inovação. 2(2).

Sui, G., Shen, G. & Song, J. (2005). The industrialization of China’s high-tech industry based on the region regional differences of patent level. Management World, 8, 87-93.

Suthersanen, Uma et al. (2006). Utility models and innovation in developing countries. International Centre for Trade and Sustainable Development (ICTSD), 2006.

Suthersanen, Uma. (2019). Utility models: do they really serve national innovation strategies?. In: The Innovation Society and Intellectual Property. Edward Elgar Publishing.

Tratado de Cooperação em Patentes (PCT) (1970). https://www.wipo.int/export/sites/www/pct/pt/texts/pdf/pct.pdf

Yang, Y. (2014). Reforming the Utility Model System in China: Time to Limit Utility Model Patents' Scope of Protection and Improve the Quality of Chinese Utility Model Patents. AIPLA QJ, 42, 393.

Zhao, Y. & Liu, S. (2011). Effect of China’s domestic patents on total factor productivity: 1988-2009. School of Statistics, Renmin University of China.

Downloads

Publicado

21/06/2022

Como Citar

ELOY, B. R.; GARCEZ JÚNIOR, S. S. .; UCHÔA, F. O. .; CORREIA JÚNIOR, J. C. dos S. .; SANTOS, J. A. B. dos . Tendência dos depósitos de patentes de modelo de utilidade considerando o nível de renda dos países. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e34811830767, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.30767. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30767. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão