O processo político da BNCC a partir de contextos paralelos à educomunicação
The National Base that guides the teaching curricula in Brazil must be linked to the integral formation of the student. The present article aimed to approach the process of construction of the National Curricular Common Base from parallel contexts to Educommunication. The problematization of the research object arose in the face of governmental requirements for the implementation of a New Curricular Base in schools throughout Brazil, it is in this scenario that a lack of relationship with pragmatic vectors is revealed, between the BNCC/Educommunication themes. The essence of this descriptive research was based on a methodology with constant bibliographic review, whose qualitative approach will provide theoretical foundations for further quantitative research. In two years of research, including data collection, it was intended to rescue and deepen aspects researched in the following electronic databases: SciELO, Google Scholar, added to bibliographic and documentary materials such as: books, scientific articles, dissertations and national documents that support the BNCC, within a content analysis by Laurence Bardin. From a theoretical point of view, the reading and analytical synthesis of the works of fundamental authors such as Barbero, Soares, Santos and Bonin, and Fernandes, which were fundamental for the development of this research, as they are references that supported the interpretation of this educommunicative methodology and, highlighted, see Melo, Freitas and Alves in the critical context of the BNCC construction process. Such steps were essential to verify: vectors of Educommunication in the implementation of BNCC, absence of dialogue between theory (BNCC) and practices (Educommunication), that is, educational issues that should be equitable.
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30798Palavras-chave:
BNCC; Ensino; Influências internacionais; Políticas educacionais.Resumo
A Base Nacional que norteia os currículos de ensino no Brasil deve estar ligada à formação integral do estudante. Esse artigo teve como objetivo abordar o processo de construção da Base Nacional Comum Curricular a partir de contextos paralelos à Educomunicação. A problematização do objeto de pesquisa surgiu diante de exigências governamentais para implementação de uma Nova Base Curricular nas escolas de todo Brasil, é nesse panorama que se revela uma falta de relação com vetores pragmáticos, entre as temáticas BNCC/Educomunicação. A essência desta pesquisa descritiva foi pautada em uma metodologia com revisão bibliográfica constante, cuja sua abordagem qualitativa oferecerá fundamentação teórica para posteriores pesquisas quantitativas. Em dois anos de pesquisa, incluindo a coleta de dados, pretendeu-se resgatar e aprofundar aspectos pesquisados nas seguintes bases de dados eletrônicas: SciELO, Google Acadêmico, agregado a materiais bibliográficos e documentais como: livros, artigos científicos, dissertações e documentos nacionais que amparam a BNCC, sendo analisados por meio do método da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Do ponto de vista teórico, a leitura e síntese analítica das obras de autores basilares como Barbero, Soares, Santos e Bonin, e Fernandes que foram basilares para o desenvolvimento desta pesquisa, pois são referências que fundamentaram a interpretação dessa metodologia educomunicativa e, destacou-se Melo, Freitas e Alves no contexto crítico ao processo de construção da BNCC. Tais etapas foram essenciais para que se verificasse: vetores da Educomunicação na implementação da BNCC, ausência de diálogo entre teoria (BNCC) e práticas (Educomunicação), ou seja, questões educacionais que deveriam ser equânimes.
Referências
ABPEDUCOM. (2021) Conceito. Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação – ABPEducom. https://abpeducom.org.br/educom/conceito/.
Almeida, F. J. (2006) “Por que educação em primeiro lugar? In: Fernando José de Almeida, org. O DNA da educação: legisladores protagonizam as mais profundas e atuais reflexões sobre políticas públicas. São Paulo: Instituto DNA Brasil, p. 14-9
Alves, N. (2014). Sobre a possibilidade e a necessidade de uma base nacional comum. Revista e-Curriculum, 2(3), 1464-79
Amestoy, M. B. & Folmer, I. & Machado, G. E. (2021) BNCC em cenários atuais: currículo, ensino e a formação docente. (livro eletrônico) organização Micheli Bordoli Amestoy, Ivanio Folmer, Gabriella Eldereti Machado. 1. Ed. Santa Maria, RS: Arco Editores
Baccega, M.A. (2014) Comunicação/educação e a construção de nova variável histórica. Comunicação & Educação, Ano XIV, n. 3
Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Edições 70.
Bevórt, E.; & Belloni, M. L. (2009) Mídia-educação: conceitos, história e perspectivas. Educação & Sociedade. 30(109), 1081-1102.
Brasil. (1996) Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. São Paulo
Brasil. (2015) Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – versão preliminar. Brasília: MEC, 2015. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.
Brasil. (2016) Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – segunda versão. Brasília: MEC, 2016. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.
Brasil. (2017a) Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – terceira versão. Brasília: MEC, 2017a. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.
Brasil. (2017b) Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – versão homologada. Brasília: MEC, 2017b. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.
Brasil. (2010a) Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. 13 de dezembro de 2010. http://portal.mec.gov.br.
Brasil. (2010b) Ministério de Educação e Cultura (MEC). Banco Mundial analisa a evolução e os desafios da educação brasileira. 13 de dezembro de 2010.Disponível http://portal.mec.gov.br.
COPED. (2020) Revista Magistério/ Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. – n. 10 São Paulo: SME / COPED, 2020. Disponívelem:https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/03
Correia, A. M. R.; & Mesquita, A. (2014) Mestrados e Doutoramentos. (2a ed.), Economica Editorial, 2014. 328 p.
Freitas, H.C.L. A (2007) (Nova) Política de Formação de Professores: A Prioridade Postergada. Educação & Sociedade, 28(100), 1203-1230. http://www.cedes.unicamp.br
Hermann, N. (2002) Hermenêutica e Educação. DP & A.
Martín-Barbero, J. (2006) Retos culturales de la comunicación a la educación. Elementos para una reflexión que está por comenzar. Revista Reflexiones Académicas. N 12 p.54-73, Santiago: Universidad Diego Portales
Mello, G. N. de. (2000) Formação inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical. São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE Versão on-line https://doi.org/10.1590/S0102-88392000000100012
Morrow, R. A. & Torres, C.A. (2005). Estado, globalización y política educacional. In: Burbules, N. C.; Torres, C. A. (Coords.): Globalización y educación. Manual crítico. Madrid: Editorial Popular, 31-58.
Santos, V. B; & Bonin, J.A (2017). A educomunicação desde experiências na educação e na comunicação: reflexões acerca de práticas articuladoras de dois campos do saber. In: Saggin, Lívia Saggin; Ferreira, Marcelo; CORNETI, Vívian (organizadores). Pesquisa na graduação: desafios e experiências no campo da comunicação [recurso eletrônico] /. – São Leopoldo: Ed. UNISINOS 182p. p. 147 – 162.
São Paulo. (2004) Lei nº 13.941, de 28 de dezembro de 2004. Institui o Programa EDUCOM-Educomunicação pelas ondas do rádio, no Município de São Paulo, e dá outras providências. http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-13941-de-28-de-dezembro-de-2004/detalhe.
São Paulo. (2005) Decreto nº 46.211, de 15 de agosto de 2005. Regulamenta o Programa EDUCOM - Educomunicação pelas ondas do rádio, instituído no Município de São Paulo pela Lei nº 13.941, de 28 de dezembro de 2004. http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-46211-de-15-de-agosto-de-2005
Soares, E. R. M.; & Fernandes, R. C. de A. (2014) Trabalho pedagógico colaborativo no ensino fundamental. In: Veiga, I. P. A.; & Süssekind, M. L. As (in)possiblidades de uma base comum nacional. Revista e-Curriculum, 12(3)
Soares, I. de O. (2004) Mas, afinal, o que é educomunicação? Universidade de São Paulo. Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/saibamais/textos/
Soares, I. de O. (2018) Educomunicação, paradigma indispensável à renovação curricular no ensino básico no Brasil. Comunicação e Educação, 23(1) http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/144832
Soares, I. de O. (2018) Inovação na Gestão e nas Práticas Pedagógicas: a contribuição da Educomunicação para a renovação da base curricular nacional. In: COEB/2018, VII Congresso de Educação Básica. Florianópolis: 2018. http://www.pmf.sc.gov.br/sites/coeb2018.
Soares, I. de O. (2011) Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação: contribuições para a reforma do ensino médio. Paulinas
Soares, I. de O. (2016) “A educomunicação possível: uma análise da proposta curricular do MEC para o Ensino Básico”, Comunicação e Educação, São Paulo, v. 21, n.1 http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/110451.
Universidade de São Paulo. CCA – Departamento de Comunicações e Artes – ECA-USP. Licenciatura em Educomunicação. http://www.cca.eca.usp.br/educom.
Unesco. (1998) Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, 1990. http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002331/233137POR.pdf
Unesco. (2001) Educação para todos: o compromisso de Dakar. Texto adotado pelo Fórum Mundial de Educação de Dakar – Senegal, 26 a 28 de abril de 2000. Brasília: UNESCO, CONSED, Ação Educativa http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002331/233137POR.pdf.
Unesco. (2014) Fórum Mundial de Educação de Incheon na Coréia do Sul. Declaração de Incheon Educação. Maio http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002331/233137POR.pdf.
Volp (2021) Educomunicação. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, (6a ed.), https://www.academia.org.br/nossa-lingua/nova-palavra/educomunicacao.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Joseane Maria Vieira da Silva; Taís Steffenello Ghisleni; Janaína Pereira Pretto Carlesso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.