Eficácia de um programa de educação em saúde para escolares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30930Palavras-chave:
Educação em saúde; Promoção da saúde; Helmintos; Parasitologia; Estudantes.Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia de um programa de educação em saúde em escolares direcionado à prevenção de doenças helmínticas sob a perspectiva de um processo de educação em saúde com conhecimentos e habilidades que favoreceram as mudanças e melhorias da qualidade de vida. Método: Trata-se de uma pesquisa com delineamento epidemiológico de intervenção do tipo ensaio clínico profilático. Resultados: O estudo foi realizado em uma escola da rede pública do município de João Pessoa/Paraíba, sendo incluídas na coleta de dados adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, matriculadas nos 6º e 7º ano do Ensino Fundamental II. Os resultados apontam que após a realização de uma intervenção de educação em saúde o número de acertos relacionados à transmissão das doenças foi: Ascaridíase (86,7%) e Ancilostomíase (87,4%). Após um ano da intervenção educativa os resultados se mantiveram positivos para Ascaridíase e Ancilostomíase (74,1%) com significância estatística. A utilização de diversas metodologias ativas na comunicação com o público-alvo se apresentou como significativa para apreender a atenção e construir os espaços de interação para potencializar o compartilhamento de conhecimentos. Conclusão: Os resultados apontam que o modelo proposto de intervenção em educação em saúde mostrou-se efetivo nos momentos após a intervenção e um ano de sua realização. O baixo custo para realização das intervenções propostas fortalece a indicação de sua utilização, tendo em vista a fragilidade de acesso a materiais que algumas escolas públicas encontram. Assim, a utilização de metodologias ativas pode ser recomendada para intervenções em educação em saúde para escolares nessa faixa etária.
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